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O
Misterioso
Tesouro
de
Roma
Juan Moisés de la Serna
Traduzido por Paula Gaudenci
Editorial Tektime
2020
“O Misterioso Tesouro de Roma”
Escrito por Juan Moisés de la Serna
Traduzido por Paula Gaudenci
1ª edição: Julho 2020
© Juan Moisés de la Serna, 2020
© Edições Tektime, 2020
Todos os direitos reservados
Distribuído por Tektime
https://www.traduzionelibri.it
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Prólogo
Se tivessem me contado, não teria acreditado. Quem diria, que uma viagem a trabalho poderia se transformar na minha maior aventura, e que graças a ela, pude salvar a vida da pessoa que tempos depois seria minha esposa por trinta felizes anos? Minha memória, às vezes, me engana, e é difícil me lembrar de lugares ou datas, portanto, vou relatar os fatos da forma mais legítima possível para que esse texto me sirva como um diário.
Na minha vida, como presumo que na de todos, tive muitos momentos bons e felizes e também momentos difíceis e tristes, mas nenhum tão relevante como o que me aconteceu naquela semana que tanto marcou minha maneira de pensar, e meu futuro.
Dedicado aos meus pais
Sumário
CAPÍTULO 1. A TÃO DESEJADA VIAGEM7
CAPÍTULO 2. A PRIMEIRA SURPRESA39
CAPÍTULO 3. MINHA ESTADIA EM ROMA71
CAPÍTULO 5. BUSCANDO ENTRE AS RECORDAÇÕES125
CAPÍTULO 6. UMA SURPRESA INESPERADA145
CAPÍTULO 7. ANTES DO RETORNO157
CAPÍTULO 10. UM DIA ESTRANHO219
CAPÍTULO 1. A TÃO DESEJADA VIAGEM
Se tivessem me contado, não teria acreditado. Quem diria, que uma viagem a trabalho poderia se transformar na minha maior aventura, e que graças a ela, pude salvar a vida da pessoa que tempos depois seria minha esposa por trinta felizes anos? Minha memória, às vezes, me engana, e é difícil me lembrar de lugares ou datas, portanto, vou relatar os fatos da forma mais legítima possível para que esse texto me sirva como um diário.
Na minha vida, como presumo que na de todos, tive muitos momentos bons e felizes e também momentos difíceis e tristes, mas nenhum tão relevante como o que me aconteceu naquela semana que tanto marcou minha maneira de pensar, e meu futuro.
Um amigo, há um tempo, me convenceu de deixar minhas memórias por escrito, mas somente nesses últimos dias decidi fazê-lo, talvez não tenha feito antes por preguiça ou porque acreditava que ainda teria muitos anos pela frente, mas agora é diferente…
Ninguém me disse como fazê-lo e não tenho certeza de que tudo vá dar certo, talvez omita muitos detalhes, pode até ser que confunda os nomes, mas tenho clareza sobre os eventos que aconteceram comigo.
Com meus oitenta anos recém-completados, me dou conta de que grande parte da emoção vivida naquela data foi resultado mais da minha inexperiência e desconhecimento das coisas, que pouco a pouco fui aprendendo e compreendendo em minhas descobertas e viagens posteriormente vividas.
Meu quarto repleto de fotos e recordações como estátuas e monumentos em miniatura, tapetes bordados com temas locais, me remete a algum dos muitos lugares que vivi.
Se me perguntassem de onde sou, não poderia responder com firmeza, sei o lugar e o dia em que vi a luz pela primeira vez, tal como aparece no meu passaporte, mas… vivi em tantos lugares e continentes, às vezes com permanência de três meses, outras de anos, e em todas tentei ajudar e colaborar no que pude.
Por isso, no decorrer do tempo, fui merecedor de algumas medalhas e outros reconhecimentos, apesar de que para mim, o melhor agradecimento ao meu trabalho via no dia-a-dia, na cara dos meus alunos, na felicidade de seus rostos que refletiam pelo mesmo anseio, desejo e esperança.
Meus queridos alunos…! Sempre foram minha grande fonte de inspiração, embora em várias ocasiões eu tenha comentado sobre isso, acho que eles nunca acreditaram totalmente em mim, mas aprendi mais com eles do que eles foram capazes de tirar de mim.
Bem, assim me distraio, cada coisa no seu tempo, porque não pretendo contar toda a minha vida, mas apenas registrar, quase como um manifesto, o que foi, sem dúvida, o período mais intenso e importante de todos os meus anos vividos.
Era no amanhecer, um dia de verão… não, de primavera! Agora, lembro-me de que um dos meus companheiros de viagem ainda estava afetado, para não dizer intoxicado, pela recente celebração que agora seria chamada de festival da primavera, que reuniu muitos jovens no campus.
Apesar de nem todos sermos estudantes, sabíamos aproveitar a festa igualmente, com música e dança, compartilhando e convivendo com amigos, um momento de lazer longe da pressão dos estudos e das aulas restritivas.
Havia até quem trouxesse algo para beliscar, que a sua mãe havia preparado. Sortudo ele, que ainda podia desfrutar das delícias da cozinha da família e não como a maioria isolada no campus, comendo aqueles pratos insossos que tinham gosto de comida de hospital.
Apesar de bem cozida ou refogada, era insípida e sempre com o mesmo sabor, ainda que o menu era alterado para que pudéssemos comer bem, com um equilíbrio nutricional adequado à nossa constante atividade física e intelectual, mas por mais variedade que houvesse, era feita sem aquela pitada de amor e carinho que nossas mães acrescentam, como condimentos secretos dos grandes cozinheiros.
Mas nem todos se divertiram da mesma forma, os mais insensatos esvaziaram as cervejas, como se fosse água da fonte, que trouxeram naqueles barris, mesmo sabendo que era proibido.
O resto de nós, que éramos um pouco mais conscientes de que teríamos aulas à tarde, nos limitamos a aproveitar o momento, sem exageros.
Ao final, tive que levar um daqueles colegas que bebiam para o quarto, com um cheiro intenso de cerveja de derrubar, já