Editado por Harlequin Ibérica.
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Casamento de confiança, n.º 693 - setembro 2020
Título original: The Bridal Bargain
Publicado originalmente por Harlequin Enterprises, Ltd.
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
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I.S.B.N.: 978-84-1348-548-5
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.
Sumário
Capítulo 1
Naquela manhã Hannah O’Neill levantou-se mais cedo que o habitual, fez a sua cama na residência de estudantes, foi buscar o champô e o sabonete e apressou-se para os balneários. Tinha de preparar-se para a entrevista que lhe poderia proporcionar o emprego dos seus sonhos. Afinal, ser chefe de cozinha, a bordo de um luxuoso catamarã, a fazer viagens diárias para o recife Great Barrier, era definitivamente um óptimo emprego.
Tudo o que precisava era de uma oportunidade para provar que era tão boa quanto a sua palavra. Era o seu único grande talento, convencer as pessoas de que podia fazer qualquer coisa. Além de ser alegre, tolerante e amável, não era demasiado orgulhosa para apelar por ajuda.
A sua jornada de dois anos à descoberta da Austrália tinha-lhe garantido trabalho sempre que precisara para equilibrar a conta bancária. Agora, tinha, apenas a costa leste para explorar. Porto Douglas era o seu próximo destino. Esperava ficar por lá durante a época alta, de Maio a Novembro, desde que tivesse emprego.
Um emprego, se a sorte estivesse do seu lado.
Enquanto tomava banho, Hannah entregou-se ao prazer de recordar os dias maravilhosos que vivera em Cape Tribulation, a fazer caminhadas pela fantástica floresta Daintree, tão antiga como Kimberley Outback, e que contrastava com a praia Myall, certamente a mais bonita do mundo, com areia branca e brilhante e água azul-turquesa.
Fora triste partir, mas necessário, disse para si mesma. O seu orçamento estava a ficar demasiado apertado. Além disso, Porto Douglas e o recife Great Barrier de certeza que proporcionariam uma fantástica nova aventura. E estava na hora de contactar novamente a família, de informá-la de que estava viva…
Será que o infiel Flynn, que a deixara no altar e a trocara pela sua melhor amiga, ainda estava casado com ela?
Não tinha como apagar a mancha chamada Flynn e Jodie da sua vida, mas precisava de olhar em frente… Definitivamente, isso era o melhor a fazer. E se conseguisse o emprego no Duquesa, seria quase tão bom como ser uma duquesa de verdade.
Após limpar o corpo, vestiu umas calças de ganga e um top curto, com riscas verdes e azuis. Pintou os lábios com um batom cor-de-rosa. A roupa valorizava o bronzeado que adquirira e realçava-lhe os olhos verdes.
Os cabelos loiros, longos e encaracolados demoravam muito tempo a secar, mas a viagem para Porto Douglas demoraria toda a manhã. Teria tempo suficiente para fazer uma trança antes da entrevista, que seria às três horas da tarde. Não podia deixar os cabelos soltos se queria parecer uma profissional chefe de cozinha.
Hannah agarrou na mochila, despediu-se dos amigos da residência e dirigiu-se ao café Boardwalk. Tinha de beber um café e esperava arranjar boleia. Por ser época alta, as pessoas, quase sempre, tinham boa vontade em ajudar. Era divertido conversar sobre onde tinha estado e para onde ia.
A jovem sorriu, optimista. Fora sorte ter visto o anúncio no jornal há duas semanas atrás, e mais sorte ainda que o seu curriculum tivesse gerado uma entrevista. Se a sorte continuasse, naquela noite seria a nova chefe de cozinha do catamarã Duquesa, da King Cruzeiros.
– Telefone! É o António – anunciou Rosita, ao levar o telefone sem fio até Isabella Valeri King, que bebia o chá da manhã perto da fonte.
No dia anterior, Isabella tinha comemorado o seu octogésimo aniversário. Não se sentia com oitenta anos. Os cabelos estavam brancos e a pele muito enrugada, mas ainda se sentava com as costas direitas e os olhos escuros perdiam muito pouco do que acontecia à sua volta. Rosita, que tratava das suas necessidades há vinte anos, insistira para que descansasse naquele dia, porém a mente da velha senhora jamais dava tréguas.
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