sobre o chão!
Hão-de vir valquírias para os olhos-fechados!
Anda! Não pares nunca! Aliena o duvidar
E as vacilações perpetuamente!
AS SENECTUDES TREMULINAS
(tempo de minuete)
Quem são estes homens?
Maiores menores
Como é bom ser rico!
Maiores menores.
Das nossas poltronas
Maiores menores
Olhamos as estátuas
Maiores menores
Do signor Ximenes
— O grande escultor
Só admiramos os célebres
E os recomendados também!
Quem tem galeria
Terá um Bouguereau!
Assinar o Lírico?
Elegância de preceito!
Mas que paulificância
Maiores menores
O Tristão e Isolda
Maiores menores
Preferimos os coros
Dos Orientalis —
mos Convencionais!
Depois os sanchismos
(Ai! gentes, que bom!)
Da alta madrugada
No largo do Paiçandu!
Alargar as ruas...
E as instituições?
Não pode! Não pode!
Maiores menores
Mas não há quem diga
Maiores menores
Quem são esses homens
Que cantam do chão?
(a orquestra súbito emudece, depois
duma grande gargalhada de Timbales)
MINHA LOUCURA
(recitativo e balada)
Dramas da luz do luar no segredo das frestas
Perquirindo as escuridões...
A traição das mordaças!
E a paixão oriental dissolvida no mel!...
Estas marés da espuma branca
E a onipotência intransponível dos rochedos!
Intransponivelmente! Oh!...
A minha voz tem dedos muito claros
Que vão roçar nos lábios do Senhor;
Mas as minhas tranças muito negras
Emaranharam-se nas raízes do jacarandá...
Os cérebros das cascatas marulhantes
E o benefício das manhãs serenas do Brasil!
(grandes glissandos de harpa)
Estas nuvens da tempestade branca
E os telhados que não deixam à chuva batizar!
Propositadamente! Oh!...
Os meus olhos têm beijos muito verdes
Que vão cair às plantas do Senhor;
Mas as minhas mãos muito frágeis
Apoiaram-se nas faldas do Cubatão. .
Os cérebros das cascatas marulhantes
E o beneficio das manhãs solenes do Brasil
(notas longas de trompas)
Estas espigas da colheita branca
E os escalrachos roubando a uberdade!
Enredadamente! Oh!...
Os meus joelhos têm quedas muito crentes
Que vão bater no peito do Senhor;
Mas os meus suspiros muito louros
Entreteceram-se com a rama dos cafezais...
Os cérebros das cascatas marulhantes
E o benefício das manhãs gloriosas do Brasil!
(harpas, trompas, órgão)
AS SENECTUDES TREMULINAS
(iniciando uma gavota)
Quem é essa mulher!
É louca, mas louca
Pois anda no chão!
AS JUVENILIDADES AURIVERDES
(num crescendo fantástico)
Ódios, invejas, infelicidades!...
Crenças sem Deus! Patriotismos diplomáticos!
Cegar!
Desvalorização das lágrimas lustrais!
Nós não queremos mascaradas! E ainda menos
Cordões “Flor-do-abacate” das superfluidades!
Os tumultos da luz!... As lições dos maiores!...
E a integralização da vida no Universal!
As estradas correndo todas para o mesmo final!...
E a pátria simples, una, intangivelmente
Partindo para a celebração do Universal!
Ventem nossos desvarios fervorosos!
Fulgurem nossos pensamentos dadivosos!
Clangorem nossas palavras proféticas
Na grande profecia virginal! .
Somos as Juvenilidades Auriverdes!
A passiflora! o espanto! a loucura! o desejo!
Cravos! mais cravos para nossa cruz!
OS ORIENTALISMOS CONVENCIONAIS
(Tutti. O crescendo é resolvido
numa solene marcha fúnebre)
Para que escravos? Para que cruzes?
Submetei-vos à metrificação!
A verdadeira luz está nas corporações!
Aos maiores: serrote; aos menores: o salto...
E a glorificação das nossas ovações!
AS JUVENILIDADES AURIVERDES
(num clamor)
Somos as Juvenilidades Auriverdes!
A passiflora! o espanto! a loucura! o desejo!
Cravos! mais cravos para nossa cruz!
OS ORIENTALISMOS CONVENCIONAIS
(a tempo)
Para que cravos? Para que cruzes?
Submetei-vos à poda!
Para que as artes vivam e revivam
Use-se o regime do quartel!
É a riqueza! O nosso anel de matrimônio!
E as fecundidades regulares, refletidas...
E os perenementes da ligação mensal...
AS