Джек Марс

O Preço da Liberdade


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e já estão a caminho do aeroporto. No entanto, lamentamos, mas a Trudy Wellington não poderá integrar a equipa.”

      Luke torceu o nariz. “Ela não aceitou?”

      Monk fitou um bloco de notas amarelo que segurava nas mãos. Nem se deu ao trabalho de olhar para Luke. “Não sabemos porque não entrámos em contato com ela. Infelizmente, recorrer à Wellington está fora de questão.”

      Luke virou-se para Susan.

      “Susan?”

      Agora Monk ergueu o olhar. Entremeava o olhar entre Luke e Susan. Falou novamente antes de Susan ter a oportunidade de se pronunciar.

      “A Wellington não é de confiança. Era amante do Don Morris. Não há hipótese dela integrar esta operação. Ela já nem vai estar ao serviço do FBI daqui a um mês e pode ter que enfrentar uma acusação de traição até lá.”

      “Ela disse-me que não sabia de nada,” Atirou Luke.

      “E acreditou nela?”

      Luke nem se deu ao trabalho de responder àquela pergunta. Não sabia a resposta. “Quero ela,” Limitou-se a dizer.

      “Ou?”

      “Esta noite, deixei o meu filho a olhar para um robalo riscado no assador, um robalo que pescámos juntos. Posso retirar-me a partir deste preciso momento. Até que gostei ser professor. Estou ansioso para voltar às aulas. E estou ansioso por ver o meu filho a crescer.”

      Luke olhou para Monk e Susan. E eles devolveram-lhe o olhar.

      “Então?” Perguntou. “Que me dizem?”

      CAPÍTULO SETE

      11 de Junho

      02:15

      Ybor City, Tampa, Flórida

      Era um trabalho perigoso.

      Tão perigoso que ele nem sequer gostava de sair do piso onde se encontrava o laboratório.

      “Sim, sim,” Disse ao telefone. “Temos quatro pessoas neste momento. Teremos seis quando um novo turno se iniciar. Esta noite? É possível. Não quero prometer demasiado. Ligue-me por volta das 10:00 e aí já teremos uma ideia mais concreta.”

      Ouviu por um momento. “Bem, diria que uma carrinha é suficientemente grande. Esse tamanho pode facilmente encostar ao cais de carga. Estas coisas não estão ao alcance do olho humano. Até triliões não ocupam muito espaço. Se tivermos que o fazer, é possível que tudo caiba na bagageira de um carro. Mas sugeria dois carros. Um para a estrada e um para o aeroporto.”

      Desligou o telefone. O nome de código do homem era Adam. O primeiro homem porque ele era o primeiro homem a fazer aquele trabalho. Tinha completa noção dos riscos, mesmo que outros não tivessem. Só ele tinha conhecimento da total dimensão do projeto.

      Via o chão do pequeno armazém através da grande janela do escritório. Trabalhavam sem parar divididos em três turnos. As pessoas que agora ali se encontravam, três homens e uma mulher, usavam fatos brancos de laboratório, óculos, máscaras de ventilação, luvas de borracha e calçado próprio.

      Os trabalhadores tinham sido selecionados pelos seus conhecimentos básicos de microbiologia. O seu trabalho era aumentar e multiplicar um vírus através do meio de alimentação fornecido por Adam, depois liofilizar as amostras para posterior transporte e transmissão pelas vias respiratórias. Era um trabalho aborrecido mas simples. Qualquer assistente de laboratório ou estudante do segundo ano de bioquímica estaria apto para o desempenhar.

      O horário de vinte e quatro horas significava que as reservas de vírus liofilizados estavam a aumentar muito rapidamente. Adam fornecia aos seus chefes um relatório a cada seis ou oito horas, e sempre se manifestavam agradados com o ritmo a que o trabalho progredia. No dia anterior, o seu agrado começara a dar lugar a satisfação. O trabalho estaria terminado em breve, talvez ainda hoje.

      Adam sorriu ante essa perspetiva. Os seus chefes estavam muito satisfeitos e pagavam-lhe muito, muito bem.

      Sorveu café de um copo descartável e continuou a observar os seus trabalhadores. Já perdera a noção da quantidade de café que consumira nos últimos dias. Muito, com toda a certeza. Os dias começavam a distorcer-se numa amálgama comum. Quando ficava exausto, deitava-se na pequena cama do seu escritório e dormia por um bocado. Usava o mesmo equipamento de proteção dos trabalhadores que se encontravam no laboratório. Já não o tirava há dois dias e meio.

      Adam dera o seu melhor para construir um laboratório improvisado num armazém alugado. Tinha dado o seu melhor para proteger os trabalhadores e ele próprio. Tinham roupa de proteção. Havia uma sala na qual se despiam no fim de cada turno e havia chuveiros para se lavarem de quaisquer resíduos.

      Mas também havia que ter em consideração os recursos e os constrangimentos temporais. Tudo tinha que ser feito rapidamente e claro que ainda se colocava a questão da confidencialidade. Ele sabia que os equipamentos de proteção não estavam de acordo com os padrões preconizados pelos Centros Americanos de Controlo de Doenças – mesmo que tivesse um milhão de dólares e seis meses para construir o laboratório, não estariam conformes.

      A verdade é que tinha construído o laboratório em menos de duas semanas. Estava situado numa zona acidentada de velhos armazéns, bem no centro de um bairro há muito procurado pelos imigrantes cubanos e outros que se instalavam nos Estados Unidos.

      Ninguém daria qualquer atenção àquele lugar. Não havia qualquer sinalização no edifício e estava amalgamado entre tantos outros edifícios idênticos. A renda estava paga para os próximos seis meses, apesar de só necessitarem de o utilizar por um curto período. Tinha o seu próprio pequeno parque de estacionamento e os trabalhadores chegavam e iam embora como os trabalhadores de qualquer armazém e fábrica – em intervalos de oito horas.

      Os trabalhadores eram bem pagos em dinheiro e poucos falavam inglês. Os trabalhadores sabiam o que fazer com o vírus, mas não sabiam exatamente o que manuseavam ou porquê. Uma rusga policial era altamente improvável.

      Ainda assim, deixava-o nervoso estar tão próximo do vírus. Quando esta parte do trabalho terminasse ficaria aliviado, depois receberia o pagamento e evacuaria o local como se nunca ali tivesse estado. Depois disso, apanharia um voo para a costa oeste. Para Adam, este trabalho tinha duas partes. Uma ali e outra… noutro lado qualquer.

      E a primeira parte estaria em breve concluída.

      Hoje? Sim, talvez hoje mesmo.

      Decidira deixar o país por uns tempos. Depois de tudo ter terminado, tiraria umas belas férias. Parecia-lhe bem o sul de França. Com o dinheiro que ganhava podia ir para onde quisesse.

      Era simples. Uma carrinha ou um carro, ou talvez dois carros no pátio. Adam fecharia os portões para que ninguém pudesse ver o que se passava. Os trabalhadores carregariam os materiais para os veículos. Ele certificar-se-ia de que teriam cuidado, por isso talvez todo o processo demorasse vinte minutos.

      Adam sorriu. Logo depois de concluído o carregamento, estaria a caminho da costa oeste num avião. E pouco depois disso, o pesadelo começaria. E não havia nada que se pudesse fazer para o evitar.

      CAPÍTULO OITO

      05:40

      Nos céus de West Virginia

      O Learjet de seis lugares zuniu no céu matinal. O jato era azul-escuro com o símbolo dos Serviços Secretos na lateral. Atrás dele, um raio do sol nascente espreitava acima das nuvens.

      Luke e a sua equipa utilizaram os quatro lugares da frente como zona de reunião. Arrumaram as bagagens e equipamentos nos lugares lá atrás.

      A equipa estava novamente reunida. No lugar ao lado do dele, estava sentado o grande Ed Newsam, vestindo umas