um passeio – disse Gregory com desgosto. – Quer se juntar a nós? Harrington faz parecer categoricamente fascinante.
– Eu não fiz – disse Harrington, parecendo ofendido. – Você dá a impressão de que eu me tornei manso ou algo assim.
Asthey levantou uma sobrancelha zombeteira. – Você se tornou um velho casado agora.
Gregory riu à vontade pela primeira vez naquele dia.
– Bem, ele fez uma observação válida.
– Deixe disso – Harrington disse e olhou para os dois. – Você vem comigo ou não? É melhor eu conversar com vocês dois logo e ganhar suas opiniões. – Então ele encontrou o olhar de Gregory. – Ou você continuará sendo difícil?
Ele realmente estava cansado. Tinha sido uma noite longa e um dia ainda mais longo. Gregory odiava lidar com alguns dos membros mais idiotas do clube. Dormir seria como paraíso e, mais tarde, depois de descansar, ele pretendia passar algum tempo de qualidade com algumas de suas cortesãs favoritas. Harrington era um bom amigo, poderia ceder a ele e fazer algum exercício antes de cochilar.
– Tudo bem, eu vou acompanhá-lo – Gregory admitiu. – Tentarei ser… menos difícil, mas não estou fazendo nenhuma promessa.
Eles saíram do clube juntos como costumavam fazer, mas algumas coisas ainda eram diferentes. Gregory e Asthey eram solteiros e bem-vindos ao clube. Harrington era autorizado porque o dirigia, apesar do casamento. Asthey andava falando sobre querer encontrar uma esposa, mas Gregory não estava pronto para esse compromisso. Ele não tinha certeza do que faria quando Asthey encontrasse uma esposa. Isso mudaria muito sua vida, e ele odiava mudanças. Gregory teve a sensação de que, muito em breve, tudo com o que havia se acostumado seria destruído. O tempo diria como ele lidaria com isso.
CAPÍTULO DOIS
Uma criada trouxe uma bandeja de chá e colocou em uma mesa próxima, já cheia de bolinhos e doces. Samantha se levantou e foi até a mesa quando a criada saiu.
– Você gostaria que eu servisse? – Ela perguntou.
Marian assentiu.
– Se você faz questão. – Ela se virou para Kaitlin. – Você está pronta para o chá?
Kaitlin olhou para Samantha e depois para Marian. Eles estavam na casa de Marian há uma hora e sua prima ainda não tinha dito nada de importante. Apenas fofocas e conversas sobre o tempo, e estava ficando entediada com a conversa delas. Marian certamente lhes contaria suas boas novas em breve.
– Chá seria adorável – disse ela. Kaitlin não fez uma cena, sempre foi a mais quieta e estava bem com isso.
Samantha serviu o chá em duas xícaras e preparou cada uma como gostavam. Kaitlin gostava do dela um pouco doce e Marian preferia um pouco de leite. Depois que o chá estava pronto, ela carregou as xícaras em pires e as entregou a elas. Kaitlin segurou o pires na mão e levantou a xícara na outra. Ela tomou um gole do chá e depois fechou os olhos pelo prazer. Não havia nada como uma boa xícara de chá.
– Está perfeito.
Samantha pegou sua própria xícara e sentou-se ao lado de Kaitlin no sofá.
– Agora que estamos com nossas bebidas, talvez Marian possa parar de protelar e nos contar seu grande anúncio.
Marian estava bebendo quando Samantha fez essa declaração. Ela começou a tossir e acenou com a mão na frente do rosto. Kaitlin pegou sua xícara e colocou-a em uma mesa próxima e depois voltou para ela.
– Você está bem?
– Eu estou bem. – Ela ofegou as palavras enquanto tossia um pouco mais. – Preciso recuperar… minha… respiração.
Kaitlin franziu a testa e olhou para Samantha.
– Você não tem paciência.
– Eu nunca reivindiquei ter alguma. – Ela encolheu os ombros levemente.
Marian conseguiu controlar a respiração, levou a mão à garganta e bateu um pouco nela.
– Como você sabe? – Ela estreitou o olhar e o fixou em Samantha. – E da próxima vez, por favor, mostre alguma consideração e aguarde tempo suficiente para eu realmente engolir o gole de chá antes de fazer uma declaração tão franca.
Os lábios de Kaitlin se contraíram. Algumas coisas nunca mudavam realmente.
– Como você está claramente apta a respirar corretamente agora, não acha que pode me explicar a que Samantha está se referindo?
– Eu estou… – Ela respirou fundo e continuou: – esperando…
– Esperando o que? – Kaitlin perguntou, e então Samantha começou a rir. – Oh… Por favor, esqueça que eu perguntei isso.
Ela se sentiu um pouco ignorante por abordar o assunto. Especialmente quando suspeitava que Marian estava grávida. Ela não entendia por que ainda não havia feito um anúncio.
Marian sorriu.
– Já estávamos tentando por um tempo. – Suas bochechas ficaram rosadas enquanto ela falava. – Mas…
– Não diga mais nada. – Samantha sorriu. – Podemos deduzir disso.
– Jonas está emocionado, assim como eu – disse ela. – E um pouco assustado.
Kaitlin sentou-se no sofá. Agora que sabia que Marian ficaria bem, não via motivo para ficar por aqui. Além disso, ela não tinha ideia do que adicionar a essa conversa. Ela não esperava se casar, ninguém a notava. Por um breve momento, ela pensou que talvez o conde de Asthey pudesse cortejá-la, mas ele parou abruptamente de lhe prestar atenção. Embora ela supusesse que pudesse ter interpretado as ações dele incorretamente.
Ela não sabia nada sobre cavalheiros ou como flertar com eles. Esse era mais o forte de Samantha. Ela não tinha nenhum problema em obter a atenção de um cavalheiro. O problema de Samantha era seu irmão, o conde de Shelby. Ele assustava a maioria dos pretendentes e dificultava a procura de um marido para a amiga.
– Não se preocupe com nada – disse Samantha com um aceno de mão. – Ajudarei com o que puder.
– Sam – disse Marian com um tom chocado em sua voz. – Você é inocente. Não posso ter você perto dessa gravidez. Isto…
– Não seja idiota – disse Samantha. – Eu li muitos livros sobre o assunto e Kaitlin também.
Marian virou-se para Kaitlin. Porcaria. Por que Samantha tinha que entregá-la? Ela ficara curiosa e estudara algumas das revistas médicas de Marian. Elas eram fascinantes, e ela finalmente estava começando a entender por que Marian queria ser médica. Não que Kaitlin desejasse a mesma coisa. Algumas das coisas que aprendeu sobre o corpo humano eram… nojentas. Ela preferia não lidar com nada disso.
– Não tenho certeza de que entendo o que Samantha está implicando. – Talvez ela pudesse fingir ignorância. Ninguém, exceto as duas damas com ela na sala, a questionaria. Porque eles não a notavam.
– Não banque a esperta com a gente – Samantha a repreendeu. – Você pode ser tímida e extremamente quieta em público, mas vimos seu lado mais obsceno.
Ela torceu o nariz.
– Eu não sou obscena. Não seja ridícula, essa palavra descreve você mais do que jamais me definiria.
– Eu sempre pensei nela como uma diabinha – disse um homem com um barítono profundo e rico ao entrar na sala.
Todas elas se voltaram para o som. Três cavalheiros estavam na entrada. Um deles era lorde Harrington, marido de Marian. Os outros dois eram seus amigos mais próximos, lorde Shelby e lorde Asthey. Quem falou foi o irmão de Samantha, Shelby.
– Você não pode me censurar de maneira alguma, considerando seu próprio comportamento maroto. – Samantha olhou para o irmão.
– Bem – começou Shelby. Ele parou