de jóias, carpinteiros, todos presenteavam Josephine com as suas mercadorias, na esperança de que outras mulheres, talvez ansiosas para a imitar, os procurassem para adquirir mercadorias semelhantes. Por mais que se divertisse, no entanto, a observar as negociações entre Josephine e aqueles bajuladores, a dor no pé estava a tornar-se insuportável.
– Vou subir para trocar de roupa – anunciou. – Jean Luc e os outros estarão aqui em breve – Ele virou-se para Chalfront. – Amanhã, reveremos a contabilidade.
Etienne estudou atentamente o rosto do meirinho, para lhe julgar a reacção, e ficou satisfeito ao detectar apenas interesse, e não culpa. Ele devia ser honesto, reflectiu; se tivesse cometido alguma falcatrua, não reagiria com tamanha tranquilidade.
– Precisas de ajuda? – perguntou Josephine, fazendo menção de se levantar.
A atenção de Etienne ainda estava concentrada em Chalfront, e por isso ele teve a oportunidade de vislumbrar alguma coisa nos olhos do outro homem; uma emoção, sem dúvida... algo forte, intenso. O que seria?... Inveja, talvez? Ciúme?
– Não te preocupes – respondeu, seco, olhando para todos e para ninguém em especial. – Fica aqui e compra o que quiseres. Chalfront dar-te-á o dinheiro necessário.
O largo sorriso do mercador teria divertido Etienne, noutra ocasião; naquele momento, contudo, ele tinha coisas mais importantes com o que se preocupar.
Etienne tinha a certeza que acontecera alguma coisa durante a sua ausência. Aparentemente, Chalfront desiludira-se com as negativas de Gabriella e transferira a sua afeição para Josephine. A primeira reacção de Etienne foi a tentação de explodir numa gargalhada. Chalfront e Josephine?! Era ridículo! Um verdadeiro disparate. Além do mais, Josephine era inteligente demais para tentar enganá-lo; com o seu bom senso, sabia que ganharia muito mais agradando-o do que traindo-o.
No entanto, ela olhava na direcção de Chalfront com mais frequência do que Etienne gostaria de reconhecer.
Enquanto caminhava em direcção à escada, Etienne olhou sobre o ombro, no momento em que Gabriella saía da cozinha, carregando um jarro e dois cálices. Ao vê-la, ele esqueceu-se de tudo o mais que se passava no salão; apesar da sua resolução em manter-se indiferente àquela jovem, uma forte emoção dominou-o.
Ela parecia pálida e abatida. Estaria doente? Se não estivesse bem, ele dispensá-la-ia dos seus deveres até que se recuperasse.
O olhar de Gabriella encontrou o de Etienne por um breve momento, e ele teve a impressão de a ver enrubescer. Em seguida, ela desviou o olhar, obviamente contrafeita.
– Leva uma bacia com água quente para o meu quarto – ordenou Etienne, virando-se em seguida e abrindo caminho por entre as mercadorias da chapeleira, para subir a escada.
Josephine pôs-se de pé, com uma expressão ansiosa.
– Eu levo-te a água.
– Não, tu estás ocupada. A Gabriella pode levar.
Etienne não se preocupou em observar a reacção de Josephine; não lhe interessava saber se ela ficara aborrecida, ou não. Com uma expressão impassível, subiu a escada, em direcção ao quarto.
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