N.J. Nielsen

Conexões Familiares


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encontro que ele deveria estar curtindo. Angus era um homem muito interessante—um homem muito atraente. E Ray queria saber mais—realmente queria. O que o impediu de conhecê-lo melhor foi que ele sentiu Viv os obsevando, o que deixou Ray confuso e frustrado. Mas provavelmente foi culpa dele ter o encontro no local de trabalho de Viv. Por alguma razão desconhecida, ele sentiu que Viv estava propositalmente tentando sabotar sua noite de encontro. Girly havia sussurrado para ele que achava que Viv estava com ciúmes. Não era possível que isso fosse o que Viv estava sentindo. Enquanto ele dançava com Angus, era bom, embora não como quando dançou com Viv em casa.

      Ele não pôde deixar de olhar para Viv, perguntando-se quem era seu companheiro e se Viv estava planejando levá-lo para casa. O pensamento o perturbou e as lágrimas saiam de seus olhos. Piscando furiosamente antes que alguém percebesse, ele ignorou a vergonha em seu rosto quando percebeu que Angus sabia que ele estava chateado e provavelmente adivinhou o porquê. Seu acompanhante se virou e olhou para Viv enquanto eles voltavam para a mesa.

      No final da noite, Ray parou ao lado de seu carro e falou baixinho com Angus. Embora soubesse que Angus queria beijá-lo, não tinha certeza se poderia deixar isso acontecer, principalmente porque preferia que Angus fosse outra pessoa. Alguém que, naquele exato momento, estava sentado lá dentro, provavelmente beijando alguma garota estranha que tinha acabado de conhecer.

      A vida não é justa.

      "Você não está realmente interessado em mim, está?" Angus perguntou baixinho.

      Ele sentiu como uma febre em seu rosto. "Eu sinto muito. Você parece uma pessoa muito legal. É só isso"

      “Aquele cara, aquele que ficou olhando para você a noite toda, ele é seu namorado? Ou seu ex, talvez?"

      Ray balançou a cabeça. “Não, Viv não é meu namorado. Ele nem é gay.” Bem, ele diz que não.

      "Mas você gostaria que ele fosse?" Angus adivinhou.

      "Sim", sussurrou Ray, com vergonha em finalmente admitir em voz alta para alguém que não era da família.

      Angus acariciou suavemente o rosto de Ray. "Bem, se você esquecê-lo e achar que pode estar interessado por mim, me ligue." Ele deu um tapinha no rosto de Ray antes de entrar no carro e sair.

      Eu sou o maior idiota. Ele era bom e eu o deixei ir embora. Que diabos está errado comigo? Ele voltou para o clube. Todos estavam se perguntando o que havia de errado. Ele não iria admitir o quão patético ele era. Por que acabei de dispensar alguém que provavelmente é incrível? Por que estou ansioso por alguém que nunca vai me querer como eu preciso?

      Ignorando a mesa, ele foi guardar seu violão e começou a desligar tudo. Ele ia levar o violão com ele esta noite. O pessoal colocaria o resto de seu equipamento no depósito.

      "O que aconteceu, pai?" Girly disse enquanto o ajudava.

      Quando Ray não respondeu, ela adivinhou.

      "Viv."

      "Não quero falar sobre isso", afirmou Ray ao se levantar. A dor o percorreu quando percebeu que Viv e a mulher tinham vindo para se juntar à mesa. Suas entranhas gritaram com a necessidade de atacar e bater em alguém. Ray nem mesmo olhou na direção de Viv quando disse boa noite a todos, beijando Girly e Beth no rosto antes de ir até seu carro. Lágrimas eram como fogo em seus olhos com o desejo de it para casa, longe de Viv. De uma forma ou de outra, ele tiraria Viv de sua vida.

      "Ray, espere."

      Ray não se virou, mas acelerou o passo ao ouvir Viv chamá-lo. Tudo o que ele queria era fugir antes que ele se sentisse mais idiota ainda.

      "Ray." Viv segurou o braço de Ray para impedi-lo de entrar no carro.

      Droga!

      "O que você quer, Viv?" Ray encostou-se na Mercedes, evitando propositalmente contato visual. Se ele olhasse em seus belos olhos, sabia que imploraria a Viv que lhe desse algo—algum tipo de esperança.

      "Eu queria saber como foi o seu encontro", disse Viv.

      Ray olhou para ele sem acreditar, as lágrimas novamentetentaram sair de seus olhos. "Ta brincando né? Vou para casa sozinho, então acho que você pode descobrir por si mesmo o quão bom foi meu maldito encontro.

      "Você não gostou dele?" Viv perguntou.

      “Sim, eu gostei dele. Viv, eu realmente não acho que quero falar sobre isso com você. Estou me sentindo mal o suficiente sem ter que relembrar do que deu errado. Você deveria voltar para a sua namorada. Ela vai se sentir sozinha—disse Ray, esperando friamente que Viv fosse embora e o deixasse sozinho.

      "Ela não é minha namorada", Viv sussurrou, envergonhado enquanto falava.

      "Bem, de onde eu estava, ela com certeza parecia que era sua namorada." As lágrimas ameaçadoras finalmente começaram a rolar livremente por seu rosto, e Ray estava se culpando por mostrar o quão chateado ele realmente estava.

      "Não está com ciúmes, está?" Viv deu uma risadinha.

      Para Ray, a resposta de Viv soou estranha.

      Ray respirou fundo, enxugou as lágrimas do rosto e decidiu responder honestamente. Viv merecia muito. "Você sabe que estou. Você não é estúpido. Você sabe que tenho sentimentos por você, que me importo com você mais do que deveria. Eu te disse uma vez, nenhum de nós se beneficiaria se eu me apaixonasse por você."

      "Ray—"

      “Eu tenho que ir, Viv. Por favor, tente esquecer que eu disse alguma coisa.”

      Viv sorriu. “Não vá. Volte para dentro comigo e eu serei seu par por procuração.” Ele pegou na mão de Ray "Vamos nos divertir."

      Ray balançou a cabeça. “Isso não vai ajudar a situação. Só vou acabar me sentindo pior, e minha presença provavelmente irritará sua amiga."

      "Eu não me importo com ela", disse Viv, meio sem jeito. “E se pegarmos umas cervejas e voltarmos para minha casa para assistir a filmes?”

      "Acho que não. Acho que prefiro ir para casa.” Ele tentou soltar a mão, mas Viv não a largou.

      "Tudo bem, então eu irei com você", disse Viv, determinado.

      Ray olhou surpreso para ele. “Que parte de 'Eu não acho que estar perto de você vai ajudar no assunto' você não entendeu?”

      "Você está chateado, e eu não vou deixar você ficar sozinho assim." Viv fez carinho com as mãos no rosto de Ray, enxugando suas lágrimas.

      "Tudo bem", disse Ray. “Vamos assistir a droga desses filmes, mas vamos para minha casa.” Ele lutou contra a vontade de bater na cabeça quando Viv sorriu. Sua auto-aversão o atingiu como uma onda, pois ele não pôde evitar de se inclinar e beijá-lo antes de Viv voltar para dentro para dizer aos outros que ele estava saindo com Ray.

      Ray ficou olhando para Viv. Por que ele tem que me confundir tanto? Por que não posso dizer não a ele? Por que ele sempre age como um idiota total e depois é tão legal? Daniel me disse tantas vezes que Viv geralmente não age dessa maneira. Eu sou tão especial que mostro o lado imprudente dele? E, no entanto, estou deixando-o voltar para casa comigo de qualquer maneira. Isso não é fodido?

      * * * *

      Viv despertou em algum lugar ao amanhecer, ainda deitado no sofá com Ray. Depois de notar a maneira como ele estava meio deitado em cima do pobre rapaz, ele ficou vermelho de mortificação. O rosto de Ray estava voltado em sua direção e, antes que Viv pudesse se conter, a necessidade de cobrir suavemente a boca de Ray o fez ceder ao desejo. Ele lentamente deslizou sua língua entre os lábios de Ray para beijá-lo enquanto ele tinha chance. O leve movimento foi o suficiente para fazer Ray responder, e o beijo foi extremamente erótico e fez coisas estranhas na anatomia de Viv. Ele não conseguia parar de deslizar a mão pelo corpo de Ray para segurar o pênis semiduro de Ray, apertando suavemente através de sua calça jeans. A ereção se encaixou tão perfeitamente na palma de sua mão que ele não pôde abafar seu gemido.

      Por que isso parece tão certo? Estou tão ferrado.

      Ray dormiu durante tudo o que aconteceu,