No final, nos enfrentávamos, mas ele era muito evoluído para mim. (O vidente)
—Entendo. Talvez isto represente um sinal do destino em relação ao futuro. Basicamente, mais ação, concentração e reflexão. Em suma, energia pura. (Angel)
—Eu o farei. Não faltará dedicação e persistência de nossa parte. Quanto ao próximo desafio, como agir e quando se realizará? (O vidente)
-—Daqui a alguns instantes, depois de terminarmos o café. Iremos ao leste e trabalharemos com o dom da ciência e novamente com a co-visão pois faltam apenas dois passos para a primeira revelação. (Angel)
—Entendi. Estamos à disposição, mestre. (Renato)
—Obrigado Angel pelas informações. (O vidente)
A conversa esfria, continuamos a nos alimentar e quando terminamos, vamos nos preparar para a nova saída: Arranjamos alimento, água, e pego minha bíblia e crucifixo inseparáveis. Com tudo pronto, nos dirigimos a saída, e já fora, procuramos a trilha mais próxima que nos conduz ao nosso destino. Ao encontrarmos, iniciamos a verdadeira caminhada. O que aconteceria? Continue acompanhando, leitor.
O novo começo de caminhada produz em nós um encontro de sentimentos e expectativas opostos, como se fossem dois mundos completamente diferentes. Ao mesmo tempo em que comemoramos o cumprimento das metas atuais, nos enchemos de dúvidas e ansiedade com relação ao nosso futuro. Como conciliar estas questões? Penso um pouco e não encontro uma resposta plausível. Na dúvida, continuamos seguindo sem frente a fim de descobrir aonde chegaríamos. Nesta busca, avançamos rapidamente entre espinhos, garranchos, contestações e saudades. Mais adiante, cumprimos um quarto do percurso. No momento, este fato só representa um número.
Avançamos mais. Em dado momento, encontramos com um típico caçador sertanejo, muito simpático, chamado Roberto, conhecido de Angel. Paramos um pouco e puxamos um pouco de conversa. Ele nos fala das suas grandes aventuras e feitos naquela região, incluindo amores, grandes caças, contato com extraterrestres e espíritos. Sua história é mesmo interessante. Ficamos entusiasmados e contamos um pouco de nossa vida particular, de nós mesmos. Sendo um homem já experiente, ele aproveita para nos dar conselhos. Ouvimos tudo atentamente e prometemos pensar muito bem sobre o assunto. Angel aproveita sua presença para nos dar outras orientações. As informações dos dois se completam e nos dão uma boa base para nos guiar. Agradecemos. Quando o assunto esgota, Roberto nos abraça, deseja boa sorte e finalmente se despede. Eu, Angel e Renato retomamos a caminhada e um tempo depois ultrapassamos metade do percurso.
Um pouco mais adiante, Angel desvia da trilha principal, e dobra a direita. O acompanhamos. Ao dar o sexagésimo sexto passo, sinto um baque espiritual tão tamanho que fico de joelhos. No instante posterior, o mundo gira, o céu escurece diante de nós, e somos cercados por luz e trevas ao mesmo tempo. No centro, uma fogueira espiritual é acesa e somos empurrados de encontro a ela. Quando atingimos o fogo, somos cercados por uma legião de mutantes espirituais antigos que começam a usar seus poderes contra nós. Angel, cheio de experiência, domina completamente a situação e não é atingido pois é conhecedor da magia branca e a negra. Já eu e Renato sofremos por sermos ainda aprendizes. Somos alvo de reclamações e ataques por estes espíritos atormentados.Com a mente muito confusa, tento me concentrar e depois de muito esforço consigo liberar meu poder interior e me transformo no vidente. Já transformado, libero meu espírito ,uso minha paranormalidade e copio os poderes dos personagens mais importantes. Reajo. Uso o metal,raios,telepatia e afasto por um momento os espíritos. Aproveito a situação, dou um passo para trás e tudo finalmente muda: os espíritos se afastam, luz e trevas também, a fogueira se apaga. Retorno ao meu corpo e espero um pouco. Quando me sinto completamente bem, levanto-me e abraço meus companheiros. Angel explica:
—O tempo urge e o cerco está se fechando. Isto é um sinal de que os espíritos ancestrais dos mutantes estão inquietos e querem se manifestar o quanto antes. Temos que nos apressar.
—Quem são eles? Posso saber? (O vidente)
—Alguns são meus ex-companheiros de aventura. Infelizmente, por questões diversas, não encontraram a paz no mundo espiritual e exigem uma retratação, uma divulgação. Durante muito tempo procuraram alguém capaz mas não encontraram. Agora você foi eleito, filho de Deus. Está nas suas mãos dar paz aos mesmos. (Angel)
—Pode deixar. O que estiver ao nosso alcance, o faremos. (Afirma Renato)
—Entendi. É muita responsabilidade mas vou tentar. Vou precisar de sua ajuda,Renato. Temos que desenvolver a co-visão o quanto antes. (O vidente)
—Não só a co-visão como a sua sensibilidade tem que ser bastante aguçadas. O importante é que vocês estão bem dispostos. Continuemos a caminhada. (Recomendou o Mestre)
Retornamos a trilha principal. Continuamos a enfrentar os obstáculos naturais da mata além de feras selvagens. Apressamos o passo, analisamos cada detalhe, aprendemos com nós mesmos e com o universo que se apresenta a nossa frente. Neste exato momento, decido entregar-me completamente ao meu destino e “ser como o rio que flui”. A nova atitude aliada com a minha garra,força,persistência e coragem aumentavam em muito as chances de sucesso de minha equipe. Era isto. Agora só restava esperar e avançar. Logo depois, ultrapassamos os três quartos do percurso. O desafio se aproximava.
Continuamos seguindo em frente firme e fortes. A cada passo, aumentamos a nossa concentração, dedicação e esforço pois era o mínimo exigido de nós a fim de que pudéssemos continuar nossa aventura. O que encontraríamos ou aonde chegaríamos? Não tínhamos a mínima ideia, a ansiedade e o nervosismo eram grandiosos, mas permanecíamos no controle devido as nossas experiências anteriores e a atual. Assim avançamos gradativamente. Com um pouco mais de tempo, finalmente chegamos ao destino. Estávamos na região leste, numa planície extensa, sem vegetação, rodeado por rochas vermelhas. Aproximamo-nos do centro, da grande pedra. Antes que pudéssemos alcançá-la, Angel para e pede que façamos o mesmo. E Explica:
—Vocês devem subir na pedra e tentar novamente a co-visão. Sigam os meus conselhos anteriores e tentem evoluir. Cuidado para não ultrapassarem a linha do futuro nem tentar entendê-la.
—Está bem. (Respondemos em coro)
Dito isto, caminhamos mais alguns passos, subimos na pedra sagrada, damos as mãos e nos concentramos. Relaxamos, meditamos e quando começamos a entrar em sintonia, nossos espíritos desprendem-se da parte corpórea. Ficamos um em frente ao outro. Como da outra vez, somos separados por uma força superior e atacados simultaneamente por homens encapuzados. Da minha parte, transformo-me no vidente, e uso um pouco os meus poderes a fim de me defender. Apesar dos meus esforços, meu adversário se mostra muito hábil e perigoso. Basicamente, só me defendo. Já Renato, profere oração silenciosas que aprendera com sua mestre e mãe, a guardiã da montanha, e leva um pouco de vantagem.
A luta continua. Às vezes, consigo contragolpear,ás vezes sou atingido. Percebo que o objetivo maior dos nossos inimigos era nos separar. Então tento fugir da luta, mas sou impedido. Do outro lado, Renato finalmente consegue prender o inimigo e lançá-lo de voltas ás trevas. Uso sua motivação e sabedoria, os conselhos do hindu, e finalmente consigo derrubar meu adversário no chão. Corro para junto de Renato, tento abraçá-lo mas antes que eu o alcance, algo me atinge por trás. Afastamo-nos novamente e ao voltar para trás e tocar no inimigo, tenho a seguinte visão: Era uma vez, num reino distante localizado no sudoeste da Ásia, um rei muito rígido e poderoso. Ele se chamava Arthur. Herdeiro único do antigo rei Otacílio, dominava uma larga região com mão de ferro. No entanto, no terceiro ano de seu reinado, seu império ficou ameaçado por uma seca que provocou uma crise econômica. Os nobres (A elite) Já não tinham dinheiro para pagar seus pesados impostos e em breve provavelmente iria a ruína e talvez até perdesse sua condição de monarca. Acuado, consultou seus conselheiros mais próximos, exigiu uma solução, mas nenhuma ideia sugerida lhe pareceu boa o bastante. Contrariado, mandou enforcá-los. Ao chegar a noite, foi dormir tentando achar uma solução. Porém, depois amanhecera e nada de resultados. Então resolveu sair um pouco e foi passear no jardim. Caminhando, triste e sozinho, encontrou um de seus