Aldivan Teixeira Torres

O Testamento: O Código De Deus


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a caminhar sobre o interessante e místico lugar cheio de poeira,pedras e diante de um sol escaldante.O que os esperava?Os próximos capítulos prometiam.

      Esquenta mais um pouco.Mesmo assim,o grupo segue firme em seu propósito naquela imensidão desértica.Ali,naquele momento,tudo estava em jogo e eles não podiam sequer pensar em falhar.Contudo,não estava ao alcance deles manipular os desígnios de Deus muito menos o destino que eram incontroláveis.

      Completam quinhentos metros percorridos.Neste exato momento,uma brisa fria sopra amenizando o calor que sufocava a todos.Philliphe,o mais maduro,sugere uma pausa e os outros a concedem pois o limite de cada um deveria ser respeitado.Aproveitam o intervalo para retomar a conversa.

      —Aonde exatamente querem nos levar,Uriel e Rafael?(Questiona Philliphe)

      —De encontro ao vosso destino.(Rafael)

      —Podem ser mais específicos?(O vidente)

      —Eu explico.Neste deserto,há dez cidades espirituais cada qual com um grande especialista nas diversas áreas humanas.Com a ajuda deles,podemos desvendar “O testamento” que encerra a vontade do divino em relação ao comportamento das criaturas.Acreditamos que com isso vossas pretensões fiquem satisfeitas.(Uriel)

      —Esplêndido.É exatamente isto o que procuramos!(maravilhou-se Renato)

      —Ainda está longe da primeira cidade?(Philliphe)

      —Calma.Praticamente nem começamos.(Uriel)

      —Podemos continuar?(Rafael)

      —Tudo bem por mim.(O vidente)

      —Por mim também.Já descansei o bastante.(Philliphe)

      —Vamos então!(Consentiu Renato)

      A caminhada é então retomada.A cada passo dado,se sentiam mais confiantes e convictos do que queriam mesmo que o desafio fosse gigantesco.A sorte estava lançada junto a dois misteriosos jovens que aparentavam ser de outro mundo pelo modo como agiam.Em frente sempre!

      O tempo passa um pouco.Chegamos ás catorze horas e o grupo para uma segunda vez com o intuito de almoçar.Rafael e Uriel tiram as marmitas da mochila e gentilmente distribuem entre os parceiros de viagem.Seria a única refeição do dia e só voltariam a comer na prometida cidade.

      Durante o almoço,alegremente conversam,escutam música,se hidratam e colocam protetor solar pois ainda o sol achava-se forte.Naquele exato instante,permaneciam com fé,garra e esperança apesar de um pouco ansiosos e nervosos.Mas isto já era esperado pois estavam prestes a descobrir um grande mistério e até mesmo achar um sentido para suas vidas atribuladas,especificamente no caso de Philliphe.

      Concluem a refeição em trinta minutos e já retomam a caminhada rumo a primeira cidade que ainda encontrava-se distante.Com sorte,poderiam chegar lá no final da noite.Portanto,cada minuto era importante e os guias faziam questão de destacar isto.

      Continuam firmes no percurso e os sentimentos que predominam no momento são os mesmos apesar de a cada instante o destino se aproximar mais.Além destes,a saudade de casa começa a bater forte para o trio pois estavam acostumados a comodidades que ali no deserto não encontrariam.Principalmente o vidente que ainda tinha mãe e irmãos que o ajudavam em todas as tarefas.

      Passam-se mais duas horas sem maiores novidades e sem encontrar alma viva.O cansaço pesa para todos pelo longo percurso já percorrido e pelo clima inóspito que sugava suas energias.Como que pedindo socorro,O vidente e Philliphe sugerem mais uma parada.Os outros aceitam e nos oito minutos que se seguem aproveitam para beber bastante líquido,comer alguma coisa e receberem orientações dos guias.Após,seguem em frente e prometem caminhar ininterruptamente por mais três horas.Que maratona!

      No período que se segue já citado,diminuem o ritmo mas prosseguem com as passadas regulares.Quando a luminosidade baixa de vez,os guias usam lanternas poderosas que permitem a visibilidade.Quando completam as três horas,nova parada.Desta feita,seria de aproximadamente trinta minutos.

      Além da hidratação básica, decidem sentar em círculos naquele solo empoeirado e duro.Lado o lado,a conversa surge inevitavelmente.

      —Quanto tempo ainda para chegar na cidade?(Indagou o impaciente Philliphe)

      —Calma.Aproximadamente duas horas e meia.(Rafael)

      —Como ela se chama?(Renato)

      —Familyng.(Uriel)

      —Por que este nome?( o vidente)

      —Porque se consideram uma grande família e seguem alguns preceitos básicos.Chegando lá,procuraremos Isael.

      —Beleza.Entendi.(o vidente)

      —Mais alguma informação?(Rafael)

      —Não.Já basta.(Contentou-se Philliphe)

      —Para mim está bom também.(Renato)

      Continuaram o descanso em paz e em silêncio.Passados os trinta minutos,reuniram as energias restantes e retomaram a caminhada.Agora,o destino da equipe estava próximo de se revelar.

      No percurso restante,tiveram alguns problemas:Renato fora picado por um escorpião e por sorte os guias tinham trazido o antídoto e o aplicaram de imediato.Ele melhorara.Além disto,Philliphe esgotara suas forças por conta de sua idade e tivera que ser ajudado.Ainda bem que estavam perto.No exato ponto,Rafael e Uriel pronunciaram palavras em outra língua e então o portal se abrira.Familyng mostrava-se com todo o seu esplendor e foi permitido aos visitantes adentrarem nela.

      Após ultrapassarem o portal,começaram a percorrer as ruas estreitas com suas ladeiras da pequenina Familyng com seus sete mil habitantes.Os guias os levaram até uma pousada na praça principal a fim de descansar pois já passava das 22:00 horas.Ao chegarem no estabelecimento,acertaram as bases da noitada na sala de espera e com tudo certo se dirigiram aos quartos(dois).Os guias ficaram em um e os guiados em outro.

      Imediatamente após chegar nos quartos em suas respectivas camas,os integrantes das equipes adormeceram.Tinha sido mesmo uma longa viagem para quem não estava acostumado com isso.Sonhariam com o próximo dia que prometia grandes novidades.Até o próximo capítulo,leitores!

      2.1—Valores

      Amanhece.Logo cedinho,o trio formado por Renato,Philliphe e o vidente acordam e após realizarem suas necessidades básicas como ir ao banheiro,tomar café,escovar os dentes e usar uma roupa limpa decidem acordar os guias que ainda não tinham levantado.

      Com a permissão da dona,pegam a chave e com o auxílio dela abrem a porta,aproximam-se dos dormitórios e com delicadeza sacodem com força Rafael e Uriel.A estratégia surte efeito e mesmo com o susto eles não ficam chateados.Integram-se então ao grupo,vão tomar banho e comer o desjejum.Após isto,saem da pousada e após caminhar um pouco chegam á praça e se reúnem na mesma com o convidado Isael o qual tinha sido avisado por telefone.

      Todos se cumprimentam ,abraçam-se e se acomodam nos assentos disponíveis nos bancos.Os guias tomam então a palavra:

      —Bem,pessoal,começa aqui um desafio.Iremos descobrir juntos “O testamento”,palavras de Deus para anjos e homens.Ao final,conheceremos mais este Deus invisível e saberemos que caminho seguir.De acordo?(Rafael)

      —Como será isto?(Indagou Philliphe)

      —Pediremos inspiração ao divino e promoveremos um bate papo democrático entre nós.Neste momento,Deus há de se revelar.(Explicou Uriel)

      —Quais assuntos serão abordados?(Interessou-se o vidente)

      —Serão dez blocos envolvendo as diversas áreas humanas.Começaremos com o bloco família que tem como especialista Isael.(Rafael)

      —Isto.Estou a disposição