Medida 6. Seguimento da atenção dispensada a pessoas que tentaram se suicidar e prestação de apoio comunitário.
ReferÊncias
Capítulo 5. Erros Habituais nos Planos de Prevenção ao Suicídio na Polícia
Erro 1. Não se aplica um plano específico para a polícia
Erro 2. Não se priorizam os destinatários do plano de prevenção
Erro 3. Não realizar uma Investigação da Implantação
Erro 4. Não se segue a evolução do impacto do programa de prevenção
Erro 5. Se estabelece o objetivo de suicídios zero
Erro 6. Não é dotado de pessoal suficiente para sua eficácia
Referências
Capítulo 6. melhoras para incorporar nos planos de prevenção ao suicídio na polícia
Melhora 1. Registro de histórico na seleção
Melhora 2. Determinar a população total a prevenir
Melhora 3. Criação de Redes Privadas de Informação
Melhora 4. Atender ao gênero nos planos de prevenção
Melhora 5. Formação como eixo dos planos de prevenção
Melhora 6. Fomentar a saúde mental entre os agentes
Melhora 7. Proibir o Suicídio
Referências
Capítulo 7. propostas tecnológicas a incluir nos planos de prevenção ao suicídio na polícia
Proposta 1. Fomento da ciberterapia para a Polícia
Proposta 2. Telefones de Suicídio para a Polícia
Proposta 3. Fóruns sobre Suicídio para a Polícia
Proposta 4. Criação de Aplicativo específico para a Polícia
Proposta 5. Inteligência artificial aplicada para detectar vulnerabilidade para a Polícia
Proposta 6. Detecção automatizada dos Estados Emocionais da Polícia
Referências
Anexo 1. Plano de Prevenção do Suicídio da França
Anexo 2. O modelo de saúde mental e bem-estar da polícia de Vitória (Austrália)
Anexo 3. Plano de Prevenção do Suicídio de Nova Jersey (EUA)
Anexo 4. Medidas Propostas pela Associação Reformista Policial
Anexo 5.- Plano de Prevenção do Suicídio da Colômbia
Anexo 6. Mitos sobre o Suicídio
Capítulo 1.- DefinINDO O suicÍdio NO ÂMBITO policial
O suicídio
O suicídio em nível mundial provoca um morto a cada minuto, sendo em muitos países uma das três principais causas de falecimento entre os adolescentes de 14 a 24 anos, tendo-se produzido um aumento de 60% no índice de suicídio nos últimos 50 anos (O.M.S., 2009).
Se perguntarmos a qualquer pessoa coincidirá com a definição da Organização Mundial da Saúde sobre compreender o suicídio como aquele ato de tirar-se a vida, portanto o suicídio no âmbito policial seria o cometido por um agente de polícia contra si mesmo. Logo este ato pode ou não ir acompanhado de algumas características mais gerais, como geralmente é um ato individual, realizado em solitário, associado a sintomatologia depressiva, onde se deixa uma nota de despedida…
Estes detalhes apesar de se poder encontrar em muitos casos não estão em todos, assim pode ser um suicídio individual ou coletivo, ainda que para este segundo caso se requerem umas situações muito particulares como as que ocorreram em algumas seitas. O tema da nota de despedida ou nota de suicídio como também se conhece, é bastante frequente que o utilizem nos seriados e filmes como determinante para diferenciar se está diante de um caso de suicídio ou de assassinato. É necessário indicar que o suicidio pode ser premeditado, e portanto pode-se dar tempo para a pessoa preparar uma nota de despedida, mas também pode ser sem premeditação, e em tal caso não se encontraria nota alguma. Assim, por exemplo, na Áustria entre 1996 e 2006 somente 30,8% dos agentes da Polícia Federal deixou uma nota de suicídio (Kapusta et al., 2010).
Comento que uma ideia amplamente difundida, é que a comunidade científica apenas tem interesse no estudo do suicídio e portanto quase não existem publicações científicas; aspecto que não corresponde com a realidade, devido a que o número de estudos sobre o tema do suicídio no mundo desde o ano 2000 até 2016 foram cerca de 2.800.000 artigos utilizando as bases de dados de MEDLINE-PubMed, PsycINFO e CINAHL (Comissão de Saúde Mental do Canadá, 2018), o problema é que em ocasiões dito conhecimento científico não chega aos usuários finais para sua aplicação.
Igualmente existe a crença de associar o suicídio aos problemas mentais, ainda que isso bem poderia ser uma vantagem enquanto que, se detecta sintomatologia depressiva no agente, e se intervém precocemente, isto poderia servir para o prevenir, mas em muitos casos o conhecimento que um policial pode ter não difere do que possa saber outro trabalhador, desconhecendo os sinais de atenção em que deveria de prestar atenção para prevenir o suicídio.
Por exemplo, se perguntar a um policial ou qualquer outro trabalhador não relacionado com o âmbito da saúde mental sobre se existem populações aonde seja mais frequente um tipo de problema de saúde mental que outro, o normal é que se responda negativamente, argumentando que todos estamos igualmente expostos a sofrer estes problemas independentemente de onde se vive. Crença muito generalizada, entre aquelas pessoas que não têm viajado a outros lugares e que não têm uma formação em saúde, mas não sustentada em evidência científica.
Hoje em dia e graças ao acesso aos dados abertos é possível comprovar como a saúde mental se apresenta de forma diferente em função do lugar onde se encontra, existindo zonas aonde ocorrem mais casos de uma determinada patologia que outra. O problema é que em ocasiões os dados de saúde não são acessíveis para realizar pesquisas a respeito já que os governos costumam desconfiar muito desse tipo de informação “sensível”, a diferença de outros temas em que se permite conhecer até o último detalhe do número de semáforos, com que frequência mudam e se algum está avariado; os horários de abertura e fechamento das farmácias e incluso as camas disponíveis nos hospitais de cada região, mas quando se trata de casos de saúde mental costuma ser difícil que se possa acessar a esta informação, pelo menos de uma forma direta.
Apesar disso, às vezes, é possível extrair estes resultados de forma indireta, por exemplo, olhando para o número de óbitos, estes são registrados em várias categorias de acordo com sua causa associada, para o caso o que nos interessa são duas que incluem a saúde mental, a primeira seria a que corresponde aos transtornos mentais e de comportamento e a segunda a das enfermidades do sistema nervoso e dos órgãos dos sentidos. Enquanto a primeira categoria sobre os transtornos mentais e de comportamento abrangeria uma grande parte dos casos de saúde mental, conforme foi coletado seguindo os critérios do C.I.E. ( Classificação Internacional de Enfermidades) em sua nona versão (O.M.S., 1988), quando estes foram alterados para a décima versão (O.M.S., 2009), casos como o da doença de Alzheimer foram movidos para a segunda categoria, ou