no ritmo da música. Elas aprenderam a dançar assim na escola primária há muito tempo.
Mergulhadas no momento de pura e inocente diversão, as meninas logo se esqueceram de seu terceiro companheiro.
Tasuki olhou para as duas amigas dançando apaixonadamente e sentiu o calor aquecer seu rosto.
â Caramba! â Seu corpo estava reagindo à cena diante de si. Sentiu como se a respiração tivesse sido arrancada de seus pulmões. Observar o corpo de Kyoko se esfregar contra o corpo de Suki enquanto as mãos delas alisavam seus corpos era quase mais do que ele podia suportar.
Decidindo que queria entrar na diversão, Tasuki obrigou seus pés a se moverem antes que ele perdesse a coragem.
Parando logo na frente de Kyoko, ele pôde ver seus olhos fechados enquanto ela se movia contra Suki. Seu olhar se fixou em Suki, ela sorriu e foi para trás de Kyoko, lentamente fazendo o caminho de volta, acariciando as coxas de sua amiga. Ela esperava que Tasuki arranjasse coragem suficiente para dançar com Kyoko assim.
â Por que não dança com a gente? à divertido para caramba! â Ela ria enquanto agarrava Tasuki pelo cós do cinto, puxando-o de encontro ao corpo de Kyoko.
Os olhos de Kyoko se arregalaram com o choque de sentir que um corpo firme, definitivamente masculino, encostou no dela de uma maneira muito Ãntima. Um rubor queimou suas bochechas quando percebeu que Tasuki estava segurando-a bem apertado.
â Ei â sorriu ela timidamente, vendo que gostava da sensação do corpo de Tasuki contra o dela. Ela sabia que poderia confiar, pois ele não passaria dos limites. Ele sempre foi um cavalheiro.
Sentindo-se um pouco ousada, Kyoko continuou a dançar com Suki movendo-se atrás dela enquanto colocava uma mão no ombro de Tasuki, silenciosamente encorajando-o.
Tasuki não precisava de mais incentivo. Segurou os quadris de Kyoko e começou a se mover com o corpo dela. Ele sentiu como se estivesse no céu, tendo a garota de seus sonhos dançando sedutoramente com ele. Sentir cada curva do corpo dela se esfregar contra o dele era uma doce tortura que ele nunca experimentara.
Seus olhos castanhos suavizaram sensualmente enquanto seu corpo inteiro parecia estar em chamas e ele queria sentir a Kyoko o máximo possÃvel. Pressionando seu corpo ainda mais ao de Kyoko, ele começou a se esfregar nela, movendo seu corpo quente com o dela como um amante perdido há muito tempo.
Kyoko olhou nos olhos de Tasuki e percebeu pela primeira vez que havia lindos flocos de ametista polvilhados em seus orbes de chocolate.
â Lindo... â foi a única palavra que veio à mente. Quanto mais ela olhava, mais ele a fazia se lembrar de Shinbe.
*****
O humor de Toya não havia melhorado nem um pouco depois de ir ao dojo da faculdade na esperança de liberar o estresse. Ele decidiu que seria melhor sair rapidamente assim que viu que havia destruÃdo o saco de pancada de quinhentos dólares. Não é culpa dele ter imaginado o rosto de Kotaro enquanto batia nele.
â Garota idiota! â rosnou ele. â Por que ela tinha que ser sempre tão difÃcil de lidar? â Ele lançou um olhar feroz para nada em particular enquanto pensou no irritante guarda de segurança com o qual Kyoko tinha saÃdo.
Ele ainda se sentia lÃvido quando ouvira a voz de Kotaro no apartamento de Kyoko mais cedo. Nada seria melhor do que arrancar a cabeça do homem e jogá-la onde o sol nunca alcançaria. Toya sempre teve um sexto sentido sobre as coisas e seus sentimentos lhe diziam que Kotaro não era o que parecia ser.
â Um lobo vestido em pele de cordeiro, isso que ele é â sorriu, depois sentiu um pouco de culpa porque ele também escondeu coisas de Kyoko. Coisas que ele mesmo não conseguia explicar.
Quando criança, ele tinha aprendido a ocultar suas habilidades incomuns dos outros, habilidades como a força e velocidade inumanas, bem como seus sentidos de olfato e visão. O único problema era que os poderes iam e vinham como queriam. Ele não conseguia invocá-los de repente e talvez isso fosse uma coisa boa.
Perdido em pensamentos, Toya sentiu a pele formigar quando viu o guarda encostado na porta do prédio de segurança.
â Falando do diabo e ele aparece â Toya fuzilou o olhar para Kotaro, quase passando por ele, e depois parou de repente. â O que diabos está fazendo aqui? â rosnou ele.
Kotaro ergueu-se a toda a altura e caminhou até onde o suposto acompanhante de Kyoko estava, grunhindo para ele. Olhando ao redor e não a vendo em lugar nenhum, seu comportamento descontraÃdo tornou-se tenso e Kotaro perfurou Toya com um olhar irritado.
â Onde está Kyoko? Pensei que ela estivesse com você esta noite.
Se tinha uma coisa que Toya odiava era ser confundido e agora ele não estava com a mÃnima vontade de o ser.
â Seu babaca! Pensei que ela tivesse saÃdo com você â falou ele sem pensar.
A paciência de Kotaro agora estava seriamente esgotada. Kyoko disse que iria sair com Toya e ela havia mentido.
â Droga!
Sem nem dar uma olhada para Toya, ele saiu na direção em que Kyoko mora, esforçando-se contra a necessidade de usar sua velocidade sobrenatural. Por que ela mentiu para ele? Se ele soubesse que ela não estava com o idiota, ele a teria seguido.
Toya sentiu um momento de pânico quando viu que a preocupação se infiltrava nos olhos de seu rival e a maneira como ele partira a uma velocidade vertiginosa não o fez se sentir melhor. Algo dentro dele confiava em Kotaro completamente, mas ele nunca lhe diria isso.
Sem sequer pensar no que estava fazendo, ele partiu depois de Kotaro para ver aonde ele estava indo. Facilmente alcançando-o, mas notando a velocidade em que ambos estavam andando, algumas das suspeitas de Toya foram confirmadas. Kotaro era mais do que parecia ser. Eles tinham o mesmo DNA ou algo assim? â rangeu os dentes, detestando esse pensamento.
Dentro de um minuto, Kotaro estava batendo na porta do apartamento de Kyoko esperando com todas as forças que ela estivesse lá. Espancando as duas palmas contra a porta inocente, ele gritou:
â Droga, Kyoko! Onde você está? â O temor e a preocupação se infiltraram em cada poro de seu ser. â Isso não é bom â resmungou.
â O que não é bom? â Toya quis ficar logo atrás de Kotaro.
A intensidade das vibrações que Kotaro estava liberando estava fazendo o peito de Toya doer. Se ele soubesse que Kyoko não estava com Kotaro, ele teria vindo apenas para estar perto dela. Ele deveria ter seguido seus instintos e ido mesmo assim. Ele teria que colocar uma maldita coleira naquela garota mais cedo ou mais tarde.
Kotaro se virou, tendo esquecido completamente de Toya devido à pressa para chegar até Kyoko. Agora, tendo alguém em quem descontar sua raiva, ele atacou:
â Pensei que ela estava com você! â Kotaro apertou o punho e guardou a raiva dentro de si antes de ir longe demais. â E como diabos você conseguiu manter meu ritmo? Não importa, não responda.
Toya olhou para ele, surpreso pelo guarda de segurança ter percebido, mas deu de ombros.
â Sou só um idiota rápido.
Acalmando sua metade dominante, Kotaro abriu os olhos azuis e penetrantes, fixando-os na pessoa que o ajudaria a encontrar "sua Kyoko". Já era ruim o suficiente Toya não ter renascido um vampiro para que pudessem descontar a raiva brigando, mas agora Toya estava recuperando suas habilidades do passado e não tinha ideia do porquê. Para piorar as coisas, o melhor amigo de Toya era Shinbe e Shinbe também não