construÃdos com dez graus de distância uns dos outros e cobrindo toda a circunferência. Cada um dos vinte e três nÃveis, com quatro metros de altura, exceto para o hangar central (décimo primeiro nÃvel) que media o dobros, eram facilmente acessÃveis graças à s "paradas" que cada conduta tinha em cada andar. Na prática, para ir dos dois pontos mais distantes do navio, pode-se empregar um máximo de quinze segundos.
A freagem foi quase imperceptÃvel. A porta se abriu com um leve chiado e atrás dela apareceu Petri, parado com as pernas abertas e os braços cruzados.
"São horas que espero", disse com tom decididamente pouco convindo. "Você já terminou com os filtros de ar entupindo eles com aquela porcaria fedorenta que você sempre carrega?" A alusão ao charuto era ligeiramente velada.
Indiferente a provocação, com um sorriso, Azakis pega do cinto o analisador portátil e o ativa com um gesto do polegar.
"Segure isso e vamos logo", disse, passando o aparelho com uma das mãos, enquanto com a outra tentava colocar o sensor dentro da junta a sua direita. "Chegada prevista em aproximadamente 58 horas e estou um tantinho preocupado."
"Por quê?" Petri perguntou ingenuamente.
"Não sei. Tenho a sensação de que vamos ter uma grande surpresa desagradável. "
A ferramenta que Petri tinha em mão começou a emitir uma série de sons em diferentes frequências. Ele olhava o aparelho em ter ideia do que estivesse indicando. Olhou em direção ao amigo à procura de algum sinal, mas não viu nenhum. Azakis, movendo-se com muito cuidado, apontou o sensor na outra união. Uma nova série de sons ininteligÃveis saiu do analisador. Depois, silêncio. Azakis pegou o instrumento da mão do seu companheiro, olhou atentamente para os resultados, em seguida, sorriu.
"Tudo bem. Podemos prosseguir. "
Só então Petri percebeu que prendia a respiração. Jogou fora todo o ar e imediatamente sentiu uma sensação de relaxamento. Uma falha, por menor que seja, de uma dessas articulações poderia acabar com a missão, obrigando-os a voltar o mais rápido possÃvel. Seria a última coisa que desejaria. Estavam tão perto.
"Vou tomar um banho", disse Petri tentando sacudir um pouco da poeira. "A visita a um conduto é sempre assim...", e acrescentou, franzindo o lábio superior "instrutiva!"
Azakis sorriu. "Vejo você no ponte de comando."
Petri chamou o módulo e, um segundo depois, se foi.
O Sistema Central anunciou que a órbita de Júpiter tinha sido superada sem problemas e que eles estavam indo sem problemas em direção à Terra. Com um leve mas rápido movimento dos olhos para a direita, Azakis pediu ao seu O ^ OCM mostrar a rota novamente. O ponto azul que se movia na linha vermelha, agora tinha se movido um pouco mais perto da órbita de Marte. A contagem regressiva, Indicava o tempo estimado de chegada em 58 horas exatas e a velocidade da nave em 3.000 km / s. Estava cada vez mais nervoso. Por outro lado, aquela em que estava viajando, era a primeira astronave equipada com os novos motores Bousen, Completamente diferentes das concepções anteriores. Os projetistas afirmavam que seriam capazes de impulsionar a aeronave a uma velocidade perto da um décimo daquela da luz. Ele ainda não se atrevia a ir tão longe. Para o momento, 3.000 km/s, pareciam mais do que suficiente para uma viagem inaugural.
Dos cinquenta e seis membros da tripulação que normalmente teriam de ser acomodados a bordo da Theos nessa primeira missão, tinha sido selecionados somente oito, incluindo Petri e Azakis. As razões dadas pelos Anciões não foram muito exaustivas. Limitaram as explicações com a sentença, que dada a natureza da viagem e o destino, poderiam encontrar muitas dificuldades e que, portanto, seria melhor não colocar em risco muitas vidas desnecessariamente.
Então nós seriamos sacrificáveis? Que género de conversa. Era sempre assim. Quando tinha que arriscar a pele quem ia na frente? Azakis e Petri.
Afinal de contas, a propensão deles para a aventura e também a notável capacidade de resolver situações "complicadas", resultaram em uma série de benefÃcios nada maus.
Azakis vivia em uma casa enorme na linda cidade de Saaran localizada ao sul do continente, que tinha sido usada até recentemente, como um depósito pelos artesãos da cidade. Ele, graças aos "benefÃcios", tinha conseguido a posse e a permissão para alterá-lo à vontade.
A parede sul tinha sido completamente substituÃda por um campo de força semelhante ao utilizado na sua nave espacial, de modo a permitir-lhe ver, diretamente da sua inseparável poltrona auto maleável, a maravilhosa baÃa. Em caso de necessidade toda a parede poderia ser transformada num sistema tridimensional gigante, onde poder ser exibidos simultaneamente até doze transmissões simultâneas da rede. Mais de uma vez, este sofisticado sistema de controle e gestão, tinha lhe permitido obter informações decisivas muito em antecipo, permitindo-lhes assim resolver com sucesso até crises de grande importância. Ele não saberia renunciar.
Uma parte do ex-depósito estava reservada para a sua coleção de souvenir recuperados em todas as suas missões, realizadas nos anos por todo o espaço. Cada um deles lembrava de algo especial e cada vez que ele estava no meio daquela confusão absurda de objetos estranhos, não poderia deixar de agradecer a sua boa sorte, e acima de tudo, seu fiel amigo, que, mais de uma vez, tinha salvado a sua vida.
Petri ao contrário, embora sempre se destacasse brilhantemente em seus estudos, não era um amante da tecnologia de punta. Embora fosse capaz de dirigir com facilidade praticamente todos os tipos de veÃculos em circulação, conhecer perfeitamente a cada modelo de arma e todos os sistemas de comunicação locais e interplanetária, preferia, muitas vezes, confiar em seus instintos e nas suas habilidades manuais para resolver os problemas que apresentavam. Mais de uma vez, diante de seus olhos, viu ele transformar em pouquÃssimo tempo, um amontoado informe de sucata de metal em um meio de transporte ou uma incrÃvel arma de defesa. Poderia construir qualquer coisa que precisasse. Certamente em parte era devido à hereditariedade transmitida pelo seu pai, um hábil artesão, mas acima de tudo, à sua grande paixão pelas artes. Desde jovem, na verdade, se encantava com as habilidades manuais dos artesãos que conseguiam transformar a matéria impotente em algo de muito útil e tecnológico, deixando intacta dentro deles "a beleza".
Um som desagradável, intermitente e alto, o surpreendeu, trazendo-o de volta à realidade imediatamente. O alarme de proximidade automática soou de repente.
NassÃria - O Hotel
O hotel não era certamente um 'cinco estrelas', mas para ela que estava acostumada a passar semanas em uma tenda no deserto, até mesmo o chuveiro poderia ser considerado um luxo. Elisa deixou a água quente e regeneradora cair massageando pescoço e ombros. Seu corpo parecia gostar muito, porque toda uma série de agradáveis arrepios passou várias vezes pela suas costas.
Você só percebe o quão importante algumas coisas são, quando as perde.
Somente dez minutos mais tarde, ela decidiu sair do chuveiro. O vapor tinha embaçado o espelho que estava pendurado visivelmente torto. Tentou endireitá-lo, mas assim que ela soltava, voltava à sua posição original desequilibrada. Preferiu ignorá-lo. Com uma aba da toalha secou uma gota d'agua que permanecia sobre ele e se admirou. Quando mais jovem, que tinha sido repetidamente contactada para trabalhar como modelo e até mesmo como atriz. Talvez agora poderia ser uma estrela de cinema ou a esposa de um rico jogador de futebol, mas o dinheiro nunca a tinha atraÃdo muito. Preferia suar, comer poeira, estudar textos antigos e visitar lugares remotos. A aventura sempre esteve no seu sangue e a emoção que sentia ao descobrir um artefato antigo, o desenterrar dos restos de milhares de anos, não poderia ser comparado a nenhuma outra