Морган Райс

Uma Carga de Valor


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mesmo?” Andronicus respondeu com um sorriso zombeteiro.

      Mas Gwen podia ver os lábios de Andronicus tremerem enquanto ele sorria, ela podia ver pela primeira vez, algo semelhante ao medo nos olhos dele. Ela nunca tinha pensado que veria isso. Andronicus devia conhecer bem Argon. E o que ele poderia saber sobre Argon seria suficiente para atemorizar o homem mais poderoso do mundo.

      “Você não causará mais nenhum dano à garota.” Disse Argon calmamente. “Você vai aceitar sua rendição.” Disse ele, dando um passo para mais perto, com seus olhos hipnotizantes brilhando. “Você vai deixá-la se retirar para o seu povo. E você vai permitir que o seu povo se renda, se eles desejar. Eu só vou dizer isto uma vez. Seria sábio da sua parte aceitar.”

      Andronicus encarou Argon e piscou várias vezes, como se estivesse indeciso.

      Então, finalmente, ele inclinou a cabeça para trás e deu uma gargalhada. Foi o riso mais alto e mais sinistro que Gwen tinha ouvido, ele preencheu todo o campo, parecia que havia chegado ao mais alto dos céus.

      “Os seus truques de feiticeiro não vão funcionar comigo, meu velho.” Disse Andronicus. “Eu sei bem do Grande Argon. Houve um tempo em que você era poderoso. Mais poderoso do que o homem, do que os dragões, que o próprio céu; ou pelo menos isso é o que dizem. Mas o seu tempo já passou. Agora vivemos um novo tempo. Agora estamos na era do grande Andronicus. Agora, você não passa de uma relíquia, um remanescente de outros tempos, de quando os MacGils governavam, de quando a magia era forte, de quando o Anel era imbatível. Mas seu destino está ligado ao Anel. E agora, o Anel é vulnerável. Tal como você.

      “Você é um tolo por me confrontar, velho. Agora você vai sofrer. Agora você vai conhecer a força do Grande Andronicus.”

      Andronicus fez um gesto de desprezo e levantou novamente sua espada para Gwendolyn, desta vez olhando diretamente para Argon.

      “Eu vou matar a garota lentamente, diante de seus olhos.” Disse Andronicus. “Logo depois eu vou matar o corcunda. Em seguida, eu vou mutilar você, mas vou deixá-lo vivo como um símbolo ambulante do poder da minha grandeza.”

      Gwendolyn se preparou e se encolheu quando Andronicus baixou a espada sobre a sua cabeça.

      De repente, algo aconteceu. Ela ouviu um som, semelhante ao de mil fogos cortando o ar, seguido pelo grito de Andronicus.

      Ela abriu os olhos em total descrença para ver Andronicus com o rosto contorcido de dor, soltar sua espada e ajoelhar-se no chão. Ela observou Argon dar um passo adiante e logo depois outro, enquanto mantinha a palma de sua mão voltada para cima, dela emanava uma bola de luz violeta. A bola ficava cada vez maior e envolvia Andronicus enquanto Argon continuava caminhando para a frente sem nenhuma expressão em seu rosto; ele se aproximava cada vez mais de Andronicus com a palma de sua mão estendida.

      Andronicus se enrolou em uma bola no chão, quando a luz o envolveu.

      Um suspiro irrompeu entre seus homens, mas nenhum se atreveu a aproximar. Ou eles estavam com medo, ou Argon tinha lançado-lhes algum tipo de feitiço para torná-los impotentes.

      “FAÇA COM QUE PARE!”Andronicus gritou, levando as mãos até as orelhas e cobrindo- as. “EU IMPLORO!”

      “Você não fará mais nenhum mal à jovem.” Argon disse lentamente.

      “Eu não farei mais nenhum mal à jovem!” Andronicus repetia como se estivesse em transe.

      “Você vai libertá-la agora e permitir que ela volte ao seu povo.”

      “Eu vou libertá-la agora e permitir que ela volte ao seu povo!”

      “Você dará ao povo dela a chance de se render.”

      “Eu vou dar ao seu povo uma chance de se render!” Andronicus gritou. “Por favor! Eu farei qualquer coisa!”

      Argon respirou fundo, e então, finalmente parou. A luz desapareceu de sua mão quando ele baixou lentamente o braço.

      Gwen olhou para ele em estado de choque; ela nunca tinha visto Argon em ação, ela mal podia compreender o seu poder. Era como ver os céus se abrirem.

      “Se nos encontrarmos de novo, grande Andronicus…” Disse Argon lentamente, olhando para baixo enquanto Andronicus jazia ali no chão choramingando. “… Será no seu caminho para os reinos mais escuros da morte.”

      CAPÍTULO DOIS

      Thor lutava no chão enquanto era fortemente imobilizado pelos soldados do Império. Ele assistia impotente enquanto Durs, o homem que ele uma vez havia tido como um irmão levantava sua espada para matá-lo.

      Thor fechou os olhos e se preparou, sabendo que sua hora tinha chegado. Ele estava furioso consigo mesmo por ter sido tão estúpido, tão confiante. Seus irmãos o haviam estado enganando o tempo todo, como um cordeiro levado ao matadouro. Pior ainda, como Thor era o líder, os outros rapazes tinham seguido sua orientação. Ele não tinha decepcionado apenas a si mesmo, ele tinha decepcionado todos os outros também. Sua ingenuidade e sua natureza confiante, haviam posto todos eles em perigo.

      Enquanto Thorgrin lutava, ele tentou com toda sua alma invocar seu poder, derivar de algum lugar dentro de si, apenas o poder suficiente para se libertar de suas amarras e poder defender-se.

      No entanto, por mais que ele tentasse, o poder não surgia. Sua própria força não era suficiente para ajudá-lo a se libertar de todos os soldados que o mantinham preso ao chão.

      Thor sentiu o vento acariciar seu rosto enquanto Durs baixava a espada. Ele se preparou para o impacto iminente do aço. Ele ainda não estava pronto para morrer. Em sua mente, ele viu Gwendolyn no Anel esperando por ele. Ele sentiu que a havia decepcionado também.

      Thor ouviu um barulho repentino de corpos que se chocavam entre si, ele abriu os olhos e ficou surpreso ao sentir que ainda estava vivo. O braço de Durs estava congelado ali, no ar, seu pulso estava sujeito pela mão de um enorme soldado do império, o qual superava Durs em altura, o que era bastante inusual, tomando em conta a altura de Durs. Ele segurava o pulso de Durs a apenas alguns centímetros de distância de Thor, impedindo que ele o traspassasse.

      Durs virou-se para o soldado do Império, com uma expressão de surpresa em seu rosto.

      “Nosso líder não quer vê-los mortos.” O soldado murmurou sombriamente para Durs. “Ele os quer vivos. Como prisioneiros.”

      “Ninguém nos disse isso.” Durs protestou.

      “O acordo era que teríamos de matá-los!” Dross acrescentou.

      “Os termos do acordo mudaram.” O soldado respondeu.

      “Vocês não podem fazer isso!” Drake exclamou.

      “Ah, não podemos?” Ele respondeu sombriamente, voltando-se para ele. “Nós podemos fazer o que quisermos. Na verdade, vocês agora são nossos prisioneiros, também. “O soldado sorriu. “Quanto mais membros da Legião nós tivermos para o resgate, melhor será.”

      Durs olhou para o soldado, seu rosto refletia sua indignação, um momento depois, o caos explodiu quando os três irmãos se lançaram contra dezenas de soldados do Império, os quais logo derrubaram e imobilizaram os três irmãos no chão e em seguida amarraram seus pulsos.

      Thor aproveitou o caos, virou-se e procurou Krohn. Logo ele o viu a apenas alguns metros de distância, à espreita nas sombras, Krohn permanecia, lealmente, sempre por perto.

      “Krohn, ajude-me!” Thor gritou. “AGORA!”

      Krohn entrou em ação com um grunhido, voando pelo ar e pousando suas presas na garganta do soldado do Império que estava segurando o pulso de Thor. Thor conseguiu soltar-se enquanto Krohn pulava de um soldado para outro, mordendo e arranhando-os até que Thor pudesse libertar-se e pegar sua espada. Então Thor virou-se e com um único golpe, decepou a cabeça de três deles.

      Thor correu para Reece, quem se encontrava mais próximo e apunhalou seu captor no coração, libertando-o e permitindo-lhe desembainhar sua espada e juntar-se à luta. Os dois se espalharam e correram para os seus irmãos