Блейк Пирс

Enterrados


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a ali chegar. Mas Riley também atribuía alguma daquela frescura matinal de Jenn à sua juventude.

      Riley já fora como Jenn quando era mais nova – pronta e ansiosa para entrar em ação a qualquer momento do dia ou da noite, e capaz de se privar de descanso por longos períodos quando o trabalho assim o exigia.

      Estariam esses dias a desaparecer?

      Não era um pensamento agradável e não ajudava a melhorar a disposição já sorumbática de Riley.

      Sentado na sua secretária, Brent Meredith estava formidável como sempre, com os seus traços negros angulares e a sua permanente atitude de frontalidade.

      Riley sentou-se e Meredith não perdeu tempo a ir direto ao assunto.

      “Ocorreu um homicídio esta manhã. Sucedeu numa praia pública na Belle Terre Nature Preserve. Conhecem este lugar?”

      Jenn disse, “Estive lá algumas vezes. É um local fantástico para caminhar.”

      “Eu também já lá estive,” Disse Riley.

      Riley lembrava-se da reserva natural muito bem. Ficava na Baía de Chesapeake, a apenas duas horas de distância de Quantico. Tinha uma zona densamente arborizada e uma ampla praia pública na baía. Era uma área popular para pessoas que gostavam de atividades ao ar livre.

      Meredith tamborilou os dedos na secretária.

      “A vítima era Todd Brier, um pastor Luterano em Sattler. Foi enterrado vivo na praia.”

      Riley estremeceu.

      Enterrado vivo!

      Já tivera pesadelos com aquilo, mas nunca trabalhara num caso que envolvesse este tipo particular de crime.

      Meredith continuou, “Brier foi encontrado às sete desta manhã e parece que estava morto há apenas uma hora.”

      Jenn perguntou, “O que faz disto um caso para nós?”

      Meredith disse, “Brier não é a primeira vítima. Ontem foi encontrado outro corpo não muito longe – uma jovem chamada Courtney Wallace.”

      Riley conteve um suspiro.

      “Não me diga nada,” Disse ela. “Também foi enterrada viva.”

      “Sim,” Disse Meredith. “Foi morta num dos trilhos de caminhada na mesma reserva natural, aparentemente também de manhã. Foi descoberta mais tarde nesse mesmo dia quando uma pessoa que caminhava encontrou a terra remexida e ligou para os serviços do parque.”

      Meredith reclinou-se na sua cadeira e girou-a para trás e para a frente.

      Disse, “Até agora, a polícia local não tem quaisquer suspeitos ou testemunhas. Para além dos locais e do MO, não têm muito mais. Ambas as vítimas eram jovens e saudáveis. Ainda não houve tempo para estabelecer qualquer relação entre eles, a não ser que ambos ali estavam de manhã cedo.”

      Riley tentou compreender o que acabara de ouvir. Até ao momento, era muito pouco o que tinha para chegar a conclusões.

      Perguntou, “A polícia local delimitou a área?”

      Meredith anuiu.

      “Delimitaram a área arborizada junto ao trilho e metade da praia. Disse-lhes para não mexerem no corpo até ao meu pessoal lá chegar.”

      “E o corpo da mulher?” Perguntou Jenn.

      “Está na morgue em Sattler, a cidade mais próxima. O Médico-legista do Tidewater District está na praia neste momento. Quero que vocês as duas vão para lá o mais rapidamente possível. Levem um carro do FBI, qualquer coisa que vos dê visibilidade. Tenho a esperança de que se o FBI estiver visível na cena, pode dissuadir o assassino. Acredito que ainda não tenha terminado a sua missão.”

      Meredith olhou para Riley e Jenn.

      “Alguma pergunta?” Questionou.

      Riley tinha uma pergunta, mas não sabia se a devia colocar.

      Por fim disse, “Senhor, gostava de fazer um pedido.”

      “Então?” Disse Meredith, recostando-se novamente na sua cadeira.

      “Queria que o Agente Especial Jeffreys fosse designado para este caso.”

      Os olhos de Meredith estreitaram-se.

      “O Jeffreys está de licença,” Disse ele. “Tenho a certeza de que você e a Agente Roston conseguem lidar com este caso.”

      “Eu sei que conseguimos,” Disse Riley. “Mas… “

      Ela hesitou.

      “Mas o quê?” Perguntou Meredith.

      Riley engoliu em seco. Ela sabia que Meredith não gostava quando lhe pediam favores pessoais.

      Ela disse, “Penso que ele precisa de voltar ao trabalho. Penso que lhe faria bem.”

      Meredith olhou com desconfiança e não disse nada durante alguns instantes.

      Depois disse, “Não o vou convocar oficialmente para o caso. Mas se quer que ele trabalhe consigo numa base informal, não tenho qualquer objeção.”

      Riley agradeceu-lhe, tentando não ser demasiado efusiva com receio que mudasse de ideias. Então ela e Jenn requisitaram um SUV oficial do FBI.

      Quando Jenn começou a conduzir para sul, Riley pegou no telemóvel e enviou uma mensagem a Bill.

      Estou a trabalhar num novo caso com a Roston. O chefe diz que te podes juntar a nós. Eu quero que estejas connosco.

      Riley esperou alguns instantes. O seu coração bateu descompassadamente quando viu que a mensagem tinha sido lida.

      Então escreveu…

      Podemos contar contigo?

      Mais uma vez, a mensagem havia sido lida, mas não surgiu uma resposta.

      Riley ficou desanimada.

      Talvez não seja uma boa ideia, Pensou. Talvez ainda seja demasiado cedo.

      Gostava que Bill respondesse, mesmo que para lhe dar uma resposta negativa.

      CAPÍTULO CINCO

      Jenn conduzia o SUV para sul rumo ao seu destino e Riley continuava a olhar para as mensagens que enviara.

      Os minutos passavam e Bill teimava em não responder.

      Por fim, Riley decidiu ligar-lhe.

      Para sua frustração, a chamada foi para o voice mail.

      Ao som do beep, Riley limitou-se a dizer, “Bill, liga-me. Agora.”

      Quando Riley pousou o telemóvel no colo, Jenn olhou para ela.

      “Passa-se alguma coisa?” Perguntou Jenn.

      “Não sei,” Disse Riley. “Espero que não.”

      Durante a viagem, a sua preocupação foi crescendo. Ela lembrava-se de uma mensagem que recebera de Bill quando estava a trabalhar no último caso no Iowa…

      Só para saberes. Estou aqui sentado com uma arma apontada à boca.

      Riley estremeceu perante a memória do telefonema desesperado que se seguiu quando conseguiu convencê-lo a não se suicidar.

      Estaria a acontecer novamente?

      Se fosse esse o caso, o que poderia fazer Riley para ajudar?

      Um súbito ruído estridente sobrepôs-se a estes pensamentos. Demorou alguns segundos a perceber que Jenn ligara a sirene devido a um troço de trânsito lento com que se haviam deparado.

      Para Riley, a sirene era uma forma de se lembrar…

      Tenho