de classe média, o tamanho e o luxo dos espaços daquela propriedade tinham-na espantado.
Sarah dirigiu-se por um corredor alcatifado para ir ao quarto principal. Ao entrar no que fora a divisão de que mais gostava na casa, evitou olhar para a cama. Não queria recordar o sábado de manhã, com os lençóis manchados de óleo e o lenço azul na cabeceira. No entanto, não pôde evitar recordar, com uns arrepios de prazer, o momento em que Scott lhe atara os pulsos com o lenço e como, depois de lhe cobrir o corpo com óleo, demonstrara o seu conhecimento sobre os sonhos eróticos de algumas mulheres.
«Para de pensar na sexta-feira passada!», ordenou-se. «Agarra nas tuas coisas e vai-te embora!»
Sarah apressou os passos na alcatifa espessa e creme e entrou no closet, de onde tirou as duas malas grandes que tinham levado ao Havai na sua viagem de lua de mel.
No Havai, tinham sido felizes, muito felizes. Talvez tivesse sido apenas uma miragem, uma ilusão. Talvez os rumores sobre Scott e Cleo fossem verdadeiros.
Não, não podia ser. Recusava-se a acreditar. Não acreditara quando lhe tinham contado e não ia acreditar agora.
«Mas, se não acreditavas, porque foste a correr para a casa de banho do hotel e vomitaste depois de o investigador privado te ter dito que não tinha descoberto nenhuma prova de que o Scott e a Cleo estavam a ter relações?»
A verdade era que acreditara nos rumores. Costumava acreditar que a maioria dos maridos enganava as esposas e que estas costumavam perdoar. Não sabia o que teria feito se o investigador privado lhe tivesse apresentado provas de que Scott e Cleo tinham relações. Tê-lo-ia enfrentado? Tê-lo-ia deixado? Ia deixar Scott agora?
Evidentemente, o marido achava que lhe fora infiel e, quase com toda a certeza, quereria o divórcio. Scott via tudo a preto e branco, o que era uma das suas virtudes e um dos seus defeitos. Embora admirasse a sua retidão, honestidade e integridade, para ele, não havia ambiguidades. Scott não perdoava facilmente se achava que o tinham traído e estava convencido de que o enganara.
Sarah decidiu abandonar aqueles pensamentos inquietantes e, ao virar-se para tirar os vestidos dos cabides, viu-se refletida no espelho da parede do fundo do closet. Que horror! Tinha um aspeto terrível! O seu cabelo estava um desastre e, de repente, sentiu a necessidade urgente de o lavar e de usar o suavizante magnífico que tinha. Além disso, não havia perigo de Scott aparecer em casa e de a surpreender nua no duche.
No entanto, despachou-se, queria sair dali o mais depressa possível.
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