Vinicius Ariola

Cuatro vientos


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responder nada.

      Nesse momento que Thiago falava comigo minha mãe entrou pela porta da frente lembro de sair rápido e abraça–la e as lagrimas correndo sobre meu rosto ela me dizia o que foi meu filho nunca vi você assim, meu irmão logo respondeu sempre foi frágil mãe é débil chora por qualquer coisa, pedi para ir até o quarto de minha mãe então consegui contar a ela o que estava se passando. Sinceramente esperava outra reação que coitada! Pobre família, bom filho me dê licença preciso atender estas pessoas.

      Não sabia a quem recorrer um vazio tão grande onde nada que eu pudesse fazer para minimizar a dor da perca, foi então que Carla foi até minha casa vivíamos no mesmo bairro e me disse o corpo dela vai chegar em qualquer momento vamos, lembro de dizer eu não sei o que fazer não aguento mais chorar e tenho um ódio tão grande porque não aconteceu isso comigo, eu não faria falta pra ninguém aqui na minha casa pareço um fantasma cinto que nem existo, tantas coisas ruins me passam e quando conheço a felicidade isso foi tirado de mim, melhor dito Carol foi arrancado de raiz, e nossa história mal tinha começado e este amor tão puro onde a vida tinha sentido e agora que vai ser de minha vida, sozinho no mundo. Você sabe que pode contar sempre comigo respondeu Carla.

      Não vou dar detalhes do velório e do enterro, mais depois a vida se tornou um erro atrás do outro, comecei a sair e fazer as coisas erradas.

      Comecei a faltar a classe não tinha motivação nenhuma, conseguia brigas desnecessárias na escola, minha vida virou do avesso e pouco depois fui perdendo este contato com Carla e aos poucos me isolei num mundo tão terrível onde são muito poucos que conseguem sair.

       Conhecendo a escuridão

      Como pode os dias ser tão cinzentos e tão escuros a vida se torna sem sentido, viver porque o ar é de graça assim fico minha vida sem Carol, uma noite casual no centro de Tramandaí, verão maravilhoso e conheci umas pessoas meio difícil de lidar se você não fosse conhecido os BC, lembro de um líder que digamos da galera saiu em direção, sentindo um centro esportivo chamado Gigantinho e me disse venha fumar (um) segui nem sabia o que era que iria acontecer, acenderam e me falaram é como cigarro só que segura um pouco a fumaça.

      Nossa depois da primeira tragada lembro que fiquei num estado de paz e meu coração relaxou e tudo que me deixava triste, magoado se foi e conseguia ver as coisas mais claras e mais rápidas tendo assim uma melhor percepção isso no começo de verdade foi assim.

      Daquela noite para frente comecei a usar a maconha como meu maior refúgio, tinha meus próprios demônios e eles estavam me sufocando tinha muito ódio e um vazio imenso não preenchia com nada então consegui um refúgio sei que não foi uma melhor opção mais era o melhor que conseguiu na época.

      Todas as coisas erradas trazem consequências e algumas refletem na nossa vida e nas vidas de quem está em nosso entorno e foi assim que tive problemas com as drogas porque já não era só um tipo, então minha mãe me enviou, para casa de meus tios, para mim não terminar morto.

      Não foi nada fácil trocar a praia o verão cheio de diversão mulherada, para viver no campo praticamente um recomeço não tão bom, não conseguia ver esta troca com bons olhos.

      Foi assim que no final de fevereiro 1997 fui levado pelo meu irmão Carlos para viver na fronteira do Brasil e Argentina, não vou mentir foi a pior experiência que passei na minha vida foi um recomeço terrível odiava literalmente estar naquele lugar ainda era menor não tinha direito a escolher nada, a final todas decisões tomada até aquele momento, não tinha sido nada favorável para mim.

      Então foi assim que conheci um pouco da história da minha família e pude compreender mais claramente as coisas, o porquê de mim mãe viver em Tramandaí e ter feito um lado a sua cidade natal.

       Meus tios

      Não tenho palavras para dizer obrigado sem meus tios eu não seria ninguém foi com meu tio Aguinaldo e minha tia Rita, que aprendi sobre espiritualidade aprendi o importante que é se perdoar a si mesmo, assim recém poderíamos ajudar alguém que precise, alguns aprendizados ficaram guardados em minha memória por toda minha vida, algumas tardes, passávamos falando sobre religião já que meus tios eram de uma religião de origem africana não vejo a necessidade de dar muitas explicações referente até porque esta parte desse livro é dedicado somente para agradecer pelo seu carinho e amor que tiveram comigo, e sobre tudo confiar que eu poderia me tornar uma pessoa melhor. O autor

       Estrela

      Falar dessa pessoa em particular não é nada fácil uma mulher que criou seus filhos sem medo, sem ao menos ter um marido para sustenta–la como muitas que conheço ou conheci que vivem por aparência numa porcaria de casamento sendo maltratadas por não ter o valor de seguir em frente e se terminam se humilhando, e sofrendo diversos tipos de abusos, por parte de seu companheiro, são em situações assim que nos damos conta que nesse exato momento quantas mulheres estão sofrendo todo tipo de maus tratos e por medo não denunciam o mal feitor.

      Mais com Estrela não foi tão diferente seu ex marido do qual nem vou perder o meu tempo falando seu nome maltratava muito ela na frente de seu filho, e até chegar um dia ela fugiu de sua cidade natal para não ser morta por ele, O ciúme doentio que este homem sentia era de mais, isso poderia passar a outro nível.

      Estrela desde muito jovem tinha o que chamamos mediunidade aflorada bastante complicado falar sobre isso pois para alguns leigos no assunto diriam isso é coisa do Diabo mais não vou entrar nesse assunto.

      Em algumas oportunidades Estrela me contava que toda esta parte espiritual que aconteceu na sua vida foi muito repentina desde seus 7 anos ela podia curar as pessoas e sempre minha mãe fala que nem se lembra o que de verdade ela falava que oração ela fazia, mais isso agora não é tão importante a questão que suas habilidades de curar e ajudar espiritualmente as pessoas levaram ela trocar o pais tropical pela Argentina por Resistência– Chaco nordeste Argentino. Bom para minha mãe foi um começo muito bom já para mim um verdadeiro inferno não falava o idioma não tinha vontade de aprender era uma cultura totalmente diferente de minha realidade. Recomeçar minha vida na Argentina não foi nada bom, ter que conhecer pessoas e gerar uma convivência não foi do dia para a noite realmente foi muito complicado, já que eu não conhecia ninguém e nem entendia o que eles falavam, adquiri o (brevê), conhecimento do idioma em duas semanas porque tinha que colocar na minha mente que dependia somente de mim e de mais ninguém a integração social, sinceramente foi aos poucos e depois de começar a frequentar a escola então consegui interagir um pouco mais.

      Diariamente ia aprendendo palavras novas pessoas novas e escutava tanta estupidez como quem é melhor Pelé ou Maradona, isso chegou um ponto tão irritante que já não conseguia suportar mais isso, o pior era minha mãe conseguir os filhos das clientes dela para tentar ser meus amigos nossa pensa numas pessoas sem nada a aportar só falavam besteiras a mentalidade deles com 16 anos era a minha quando tinha 12 anos assim que em vez de ser divertido era monótono, menos mal que depois de um tempo uma colega de escola me apresentou seu irmão e foi assim que eu conheci meu amigo Mauro ele terminou sendo como um irmão pra mim saia pra jogar futebol em lugares mais insólitos.

      E foi assim que pelo menos era agora mais agradável viver num lugar onde recebi muito preconceito por ser brasileiro e principalmente ser negro, não digo para denegrir a imagem de ninguém menos o país mais sim algumas pessoas sem sentido comum de humanidade.

      Mais com o passar do tempo conheci muitas pessoas maravilhosas, que fizeram parte de momentos ímpares da minha vida na Argentina, eu aprendi a respeitar muito este país.

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