Kate Walker

A esposa do Siciliano


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      Editado por Harlequin Ibérica.

      Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

      Núñez de Balboa, 56

      28001 Madrid

      © 2002 Kate Walker

      © 2019 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

      A esposa do siciliano, n.º 691 - setembro 2020

      Título original: The Sicilian’s Wife

      Publicado originalmente por Harlequin Enterprises, Ltd.

      Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

      Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

      ® Harlequin, Sabrina e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

      ® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

      Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.

      I.S.B.N.: 978-84-1348-546-1

      Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.

      Sumário

       Créditos

       Capítulo 1

       Capítulo 2

       Capítulo 3

       Capítulo 4

       Capítulo 5

       Capítulo 6

       Capítulo 7

       Capítulo 8

       Capítulo 9

       Capítulo 10

       Capítulo 11

       Capítulo 12

       Capítulo 13

       Se gostou deste livro…

      Capítulo 1

      Pensava dizer-lho essa noite.

      As palavras estavam claras na cabeça de Cesare. Tinha tomado uma resolução após muito tempo: seis longos anos. Demasiado tempo. A espera acabara com a sua paciência, levando-o por vezes ao limite. Mas nessa noite a espera chegara ao fim. Nessa noite, Megan seria sua.

      O som da campainha da porta sobressaltou-o. Tentou acalmar-se porque não queria parecer um polícia com uma ordem judicial; ele era o futuro amante que esperara mais do que podia aguentar pela mulher desejada.

      – Senhor Santorino!

      A voz da governanta parecia soar confusa. E tinha motivos para isso. Apesar de o convidarem com frequência por ser um colega e um amigo, normalmente, as suas visitas eram previamente marcadas. Por isso, é que não era normal chegar ali daquela maneira.

      – Não estávamos à sua espera. O senhor Ellis não nos disse…

      – Não… – interrompeu-a, erguendo a mão. – Ele não sabia. Não lhe disse que vinha a Inglaterra, nem que ia passar por aqui.

      – Mas…

      A senhora Moore recuou um passo, pensando que devia convidá-lo a entrar, mas hesitou.

      – Lamento, mas o senhor Ellis não está em casa, foi visitar uns familiares à Escócia. Só cá está a menina Megan.

      – Ah! A Megan está cá!

      Adorou o tom com o qual falara: de forma desinteressada e com um pouco de surpresa. Assim, ninguém pensaria que a sua visita tinha sido calculada. Que tinha viajado até Inglaterra sabendo que Tom estaria de viagem e que a sua única filha estaria sozinha em casa.

      – Então, quer dizer, que já regressou da universidade?

      – Sim. Já terminou o curso. Regressou no fim-de-semana… surpreendentemente sozinha.

      – Surpreendentemente?

      Não. Aquela pergunta era demasiado incisiva, mostrava demasiado interesse.

      – Sim, pensei que traria o namorado.

      Então, a governanta apercebeu-se de que deixar o amigo do seu patrão na rua não era o mais apropriado.

      – Quer entrar, senhor? – convidou, dando um passo para trás. – Tenho a certeza de que a menina Megan vai adorar cumprimentá-lo.

      Cesare duvidou que a jovem adorasse vê-lo. A forma como se tinham separado da última vez, numa festa do seu pai em Nova Iorque, dava-lhe poucas esperanças. Mas quando decidiu fazer-lhe aquela visita, tinha a certeza de que superaria qualquer resistência inicial; contudo, a menção de um namorado era uma complicação inesperada, algo que devia ter previsto.

      – Vou-lhe dizer que está aqui.

      – Não!

      «Idiota!», repreendeu-se a si mesmo ao perceber que quase se desmascarara. Aquele «não» tinha sido demasiado rápido, com um sotaque italiano demasiado forte.

      Com rapidez, desenhou um sorriso no rosto e fixou o olhar no rosto da empregada. Era um gesto calculado com o qual já conseguira derreter os corações mais duros. E nesse momento, obteve o efeito desejado.

      – Não me anuncie. Gostaria de lhe fazer uma surpresa.

      – Claro. Ela está na biblioteca.

      A senhora Moore assinalou-lhe com uma mão o fundo do vestíbulo.

      – Decerto que vai ficar feliz por vê-lo. Na minha opinião, acho que está um pouco deprimida… demasiado pálida e magra para o meu gosto.

      Ele fez um esforço por conter a sua impaciência. Seria possível que aquela mulher nunca mais desaparecesse dali?

      Por fim, a governanta dirigiu-se até à cozinha. Mas precisamente quando ele ia começar a andar, ela virou-se.

      – Deseja tomar um café ou um sumo?

      – Não, obrigado. Chamo-a se necessitarmos de alguma coisa.

      Utilizou o tom que aplicava aos empregados