um bebé.» Como é que sabe que dormiu como um bebé? Sabe-o porque a Consciência estava consciente e presente enquanto você dormia.
Quando se pergunta «Sou consciente?», percebe de imediato a Consciência. Não apareceu; já aí estava, presente. Simplesmente desviou a sua atenção do pensar e depositou-a na Consciência, tornando-se assim manifestamente consciente.
Tudo o que não é Consciência acaba ou morre com o tempo. Todas as coisas terrenas, sem exceção, vêm e vão, aparecem e desaparecem. Tudo o que há na Terra — os corpos, as cidades, os países, os oceanos — aparece e, com o tempo, acaba por desaparecer. Se parar um momento para pensar, verá que nada perdura. Tudo é temporário, até o próprio planeta Terra, o Sol, o Sistema Solar, inclusive o Universo. Nada é para sempre, salvo uma coisa: a Consciência. Você, a Consciência, estão aqui para sempre!
Os nossos corpos envelhecem e, contudo, à medida que as pessoas vão ficando mais velhas, costumam dizer que não sentem que tenham envelhecido; que se sentem como sempre. Notam que o corpo tem mais anos, sim, mas esse ser que sentem no foro interno, esse não parece ter envelhecido minimamente. Sem darem por isso, estão a perceber a Consciência intemporal que realmente são.
«Quando relembra o seu passado, a sua infância, quem é quem relembra? Eu relembro. O "Eu" é que conhece a experiência, que relembra a experiência.»
Dr. Deepak Chopra™
O «Eu» pelo qual nos denominamos quando temos cinco, quinze, trinta ou sessenta anos, é a Consciência intemporal que foi testemunha de toda a nossa existência.
Aos cinco anos: «Eu… vou para a escola em breve».
Aos quinze anos: «Eu… estou desejoso de acabar a escola».
Aos trinta anos: «Eu… vou casar».
Aos sessenta anos: «Eu… ainda não estou pronto para me reformar».
«Autorrealizar-se é compreender que os aspetos em constante mudança da superfície da vida se dão dentro da Consciência permanente e imutável que cada um foi e é desde sempre, autenticamente.»
David Bingham, em Conscious TV
«Isto não é um conto de fadas. É uma possibilidade tão real como uma árvore, tão real como a política, como as raízes que seguram a árvore à Terra, tão real como os jornais e as suas notícias. É tão real como a equipa de beisebol dos Red Sox, como o preço da gasolina, como uma discussão com os seus cunhados, como as propinas da universidade… de facto, é mais real do que essas coisas todas, contudo, mal se vê, mal se sente, e muito menos se conhece diretamente.»
Jan Frazier, em Opening the Door
«Não há nenhum de nós que não esteja em contacto direto e na posse desse Ser Infinito que é absolutamente perfeito, presente, feliz e eterno. Não há ninguém que não esteja em contacto direto com Isso neste preciso instante! Mas, devido a uma aprendizagem errada, devido ao facto de termos assumido noções limitadoras e de termos feito questão de olhar para fora, a nossa visão está ofuscada. Ocultámos esse Ser Infinito que somos envolvendo-o em enunciados como "Sou este corpo físico" ou "Sou esta mente", ou "Com este corpo físico e esta mente, tenho uma imensidão de problemas e preocupações".»
Lester Levenson, em Happiness Is Free, volumes 1-5
«Trata-se do mesmo estado a que quase todas as religiões chamam "libertação" ou "salvação", porque só nesse estado de verdadeiro autoconhecimento somos livres e nos escapulimos da escravatura implícita no facto de nos confundirmos com indivíduos separados, com uma consciência confinada dentro dos limites de um corpo físico.»
Michael James, em Happiness and the Art of Being
Nalgumas religiões, a Consciência ou a Perceção também são chamadas presença de Deus. Quando uma pessoa tem uma experiência mística — uma vivência na qual sente que foi tocado por Deus —, a mente individual e o ego esfumam-se e permitem que a Consciência, ou a presença de Deus, se revelem. Dá-se um sentimento de amor puro, de paz infinita, de beleza, felicidade e prazer que só pode equiparar-se com a divindade.
«Na realidade, somos o Ser Infinito, mais do que o ser humano. Somos o Ser Infinito a ter uma experiência humana.»
David Bingham
Em muitos sentidos, a verdade da vida e do nosso próprio ser é, de facto, o contrário daquilo que nos ensinaram. Em vez de olharmos para fora, para o mundo, à procura de felicidade, plenitude, respostas e verdades, precisamos de olhar para dentro, porque só assim encontraremos aquilo de que andamos à procura. O nosso belíssimo mundo, com tudo o que contém, está feito para ser usufruído ao máximo, mas a felicidade, o prazer, o amor, a paz, a inteligência e a liberdade que constituem a Consciência — a sua autêntica natureza — só podem ser encontrados dentro de si.
CAPÍTULO 2 Resumo
• Uma única convicção impede-nos de fazer a maior das descobertas: a crença de que somos um corpo e uma mente.
• Você não é o seu corpo; o seu corpo é um veículo que utiliza para experimentar a realidade. O seu corpo não é consciente.
• Acreditar que é o seu corpo desencadeia o maior medo do ser humano: o medo da morte.
• Aquilo que você realmente é nunca morre.
• Você não é a sua mente; a mente é só pensamento. Sem pensamentos, a mente não existe.
• Você não é uma ideia, uma sensação nem um sentimento, porque, se assim fosse, o fim dos mesmos seria o seu fim.
• O corpo e a mente, juntos, formam aquilo a que chamamos «pessoa»: o eu imaginário
• Uma pessoa é aquilo que experiencia, não aquilo que é.
• Nunca poderemos gozar de uma felicidade autêntica e duradoura enquanto nos agarrarmos à crença de que não passamos de uma pessoa.
• Está a experienciar um corpo, a experienciar uma mente, e a ter a experiência de ser uma pessoa, mas não é isso que é.
• Fingimos ser pessoas insignificantes e limitadas através de pensamentos de limitação constantes.
• Quem você é verdadeiramente é ilimitado, o que significa que absolutamente nada tem poder sobre si.
• Tem sido consciente toda a sua vida. A Consciência foi e continua a ser a única constante da sua vida.
• Essa Consciência é o que você realmente é. Você é Consciência.
• Sem Consciência, não poderia conhecer nem experienciar a vida.
• Não são a mente nem o corpo que são conscientes da vida. A Consciência é que é consciente de cada experiência de vida que você tem.
• Imagine que não tem corpo nem mente, nome, história, passado, memória, crenças nem ideias. O que resta é a Consciência.
• Normalmente só prestamos atenção às nossas ideias e perceções, e assim ignoramos o que está sempre presente: a Consciência.
• A Consciência está presente mesmo quando está a dormir.
• Quando se pergunta «Sou consciente?», percebe de imediato a Consciência. Não apareceu; sempre aí esteve.
• Tudo o que não é Consciência, acaba ou morre com o tempo.
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