Maureen Child

Apenas negócios? - O segredo de alex


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suas amigas. E depois de ter espezinhado a sua autoestima, tinha dado meia volta serenamente. No dia seguinte partira para Las Vegas e só regressara ao Texas uns meses antes.

      Emma tinha-se emocionado ao vê-lo na festa de Grant Castle, acreditando que dez anos depois tinha as armas necessárias para o conquistar. Ai, que pouco tinha aprendido.

      – Eu sou quem tu desejas neste momento.

      – Não fazes ideia – murmurou ele, beijando as suas pálpebras.

      Se deixava que saísse com a sua, quanto demoraria a ir-se embora? Podia estar com Nathan esperando que a deixasse plantada a qualquer momento? Não. Seria melhor deixar as coisas como estavam. A lembrança dessa noite, três semanas antes, teria que ser suficiente para os dois.

      – Vamos ao meu hotel – disse ele então. – Se puderes aguentar uma hora sem gritar o meu nome, não voltarei a incomodar-te nunca mais.

      Uma hora?

      Ao lembrar-se do prazer que a esperava, Emma teve de apertar os lábios.

      Tinha ganho e sabia-o. Pior, ela sabia que Nathan sabia. Estava a ponto de gritar o seu nome ali mesmo e só porque estava a acariciá-la.

      – Não me vou deitar contigo outra vez.

      – Outra vez? Da última vez não ficaste tempo suficiente para nos deitarmos. Mas estou ansioso por acordar contigo nos meus braços.

      As suas mãos eram quentes, prometedoras. Emma levantou o queixo enquanto ele a beijava no pescoço. Se soubesse quanto desejava acabar entre os seus braços nessa noite, estaria perdida.

      «Não o faças», dizia-lhe a voz da razão. «Nunca terás oportunidade de casar-te por amor se deixares que volte a seduzir-te».

      – Tens medo de deixar-te levar – murmurou ele. – Não tenhas.

      – Não tenho medo.

      Tinha fantasiado com ele durante anos, mas os seus sonhos não a tinham preparado para a excitante pressão dos seus músculos ou a urgência dos seus beijos. Ele exigia e ela rendia-se.

      Era o «depois» que a aterrorizava. A traiçoeira vontade de deixar que ele ditasse onde ia a relação e quanto tempo ia durar. Descobrir que se tornaria maleável entre as suas mãos tinha-a levado a não responder aos seus telefonemas.

      Os lábios de Nathan deixavam um rasto de fogo na sua garganta, onde o seu coração batia como um louco…

      – Prometo ir devagar.

      – Que consideração da tua parte – disse Emma, irónica. – Mas acho que te estás a enganar.

      – Sobre o quê?

      – Sobre o que eu quero.

      – E o que queres tu?

      Um homem que a amasse para sempre.

      – Três, dois, um… – ouviram uma grande algazarra do outro lado da porta.

      – Feliz ano novo – sussurrou Emma.

      Podia aproveitar a festa para a beijar, mas Nathan não o fez. Tinha uns lábios tão sensuais, em forma de arco, e um sorriso um pouco torcido…

      – Feliz ano novo – disse ele. – Tens propósitos para o ano novo?

      – Só um.

      – Qual?

      Emma abanou a cabeça, tentando quebrar o ambiente sensual que Nathan Case parecia criar com a sua presença.

      – Decidi ser mais espontânea.

      – Ah, sim? E como vai essa decisão por agora?

      – Não muito bem – respondeu ela, tentando controlar os nervos. – E tu? Tens algum propósito para o novo ano?

      – Só um – respondeu Nathan.

      Emma levantou as mãos para agarrar um rosto masculino, com uma estrutura óssea bem definida e mandíbula forte. Mesmo na escuridão do estúdio conseguia distinguir uns traços fabulosos, pensou.

      Nathan puxou pela sua gravata que deixou pendurada sobre a camisa, chamando a atenção sobre o poderoso torso, do qual parecia emanar um calor que lhe turvava o discernimento. Emma sentia um formigueiro nos dedos enquanto os músculos se retesavam sob o tecido. Aquele homem irradiava poder e vitalidade e toda essa energia contida fazia com que os seus joelhos fraquejassem.

      – Qual?

      Nathan tocou levemente na sua boca, as suas respirações misturaram-se.

      – Passar o resto da minha vida a fazer amor contigo.

      O coração de Emma bateu com força contra as suas costelas.

      – Isso é um compromisso muito sério, não achas?

      – Pelo contrário – disse-lhe Nathan ao ouvido – estou ansioso por te tornar na senhora de Nathan Case

      Capítulo Dois

      Ao ouvir a frase, o coração de Emma esteve a ponto de sair do peito. A senhora de Nathan Case?

      – Estás louco? – exclamou, levando os dedos à testa porque, de repente, sentia como se lhe estivessem a bater com um martelo na cabeça.

      – Não, de modo algum – respondeu ele.

      – Isto não é pelo que se passou na outra noite, pois não? Asseguro-te que uma noite de sexo não requer um gesto nobre da tua parte. Além do mais, eu não era virgem.

      Nathan sorriu.

      – Obviamente, não te comportavas como se o fosses.

      Emma não disse nada enquanto tentava encontrar sentido ao que acabava de propor-lhe. Infelizmente, era quase impossível pensar racionalmente quando a desprezada rapariga de dezasseis anos que havia dentro dela estava quase a saltar de alegria. Mas tentou conter o entusiasmo e concentrar-se na realidade.

      Casar-se com Nathan? Impossível. A sua capacidade para fazer com que uma mulher se sentisse especial não o tornava num bom candidato para marido.

      – O meu pai convenceu-te, não foi?

      – Foi sobre isso que falámos esta tarde – respondeu ele. – Acha que está na hora de te casares.

      – Com alguém que ele escolha, claro.

      – Estás a pensar em mais alguém?

      Emma deixou escapar um gemido de horror.

      – Eu não quero casar-me contigo. Nem com ninguém.

      Não ia casar-se sem amor, só isso.

      – O teu pai parece um homem muito decidido.

      – Nem fazes ideia – murmurou ela. – Mas não penso fazê-lo.

      Emma olhou para o enorme escritório, desejando poder sentar-se no sofá. Falar daquilo seria mais fácil se não tivesse o musculoso corpo de Nathan a um centímetro dela, apertando-a contra a porta.

      De imediato, lembrou-se do que tinha acontecido três semanas antes, colada a outra porta, o coração a bater como um louco e todos os seus sentidos alerta enquanto faziam amor. Com absoluta autoridade, tinha derrubado todas as suas defesas enquanto lhe fazia coisas que a deixavam ofegante.

      Emma tentou afastar essa lembrança e apertou as pernas quando ameaçaram dobrar-se.

      – Porque é que aceitaste casar-te comigo? – perguntou.

      – A Investimentos Case quer fazer negócios com a empresa petrolífera Montgomery.

      – E o meu pai impôs como condição que te casasses comigo.

      Um acordo comercial. Devia ter imaginado. Como podia o seu pai voltar a fazer-lhe algo assim? Não tinha aprendido nada da última vez que tentou intrometer-se