que tinha atrás da cabeça agarrou-lhe suavemente a nuca, a outra deslizou pela face antes de lhe segurar a cara. Tia tinha os olhos esbugalhados e brilhavam como faróis, impulsionando-o a fazer o que ela mostrava com tanta clareza que queria que fizesse.
Anatole fechou os olhos quando a sua boca tocou na boca suave e aveludada, saboreando o vinho doce nos seus lábios e o calor da sua boca quando a entregou. Ouviu-a a emitir um gemido gutural suave e sentiu como o seu próprio coração acelerava.
Era tão suave que Anatole intensificou o beijo automaticamente, de forma instintiva, deslizando a mão pela curva do ombro e virando-a para ele, puxando-a para que Tia apoiasse a mão no muro duro do seu peito e uma perna contra a dele.
Ouviu-a a gemer novamente e aquilo acentuou a sua excitação. Anatole pronunciou o seu nome, disse-lhe como era doce e deliciosa. Se o disse em grego, não se apercebeu. Não se apercebeu de nada, exceto que tinha uma mulher que desejava entre os braços.
E que o desejava.
Porque era isso que o corpo terno e esbelto lhe dizia, o que os seus mamilos excitados mostravam. Sem saber como, Anatole acariciou-os com a mão.
Sem se aperceber do que fazia, Tia rodeou-lhe a cintura com o braço. Pôs-lhe as costas no colo e continuou a beijá-la com uma mão no seu seio até ela gemer, com os olhos fechados e uma expressão de felicidade no rosto que tinha de estar cego para não ver.
Com indolência, deslizou a mão do seio de Tia pelas costas até chegar à coxa. Lá, afastou o tecido fino de algodão até encontrar a pele nua por baixo. Acariciou-a até a ouvir a gemer novamente. Sentiu a coxa contra a dele e também sentiu a excitação do seu próprio corpo.
O desejo apoderou-se dele. Um desejo forte e impossível de resistir.
Mas devia resistir. Aquilo estava a ir demasiado depressa e era demasiado intenso. Estava a permitir que o desejo avassalador que sentia por ela o arrastasse e devia voltar atrás.
Afastou-a, com o coração acelerado.
– Tia… – Tinha um tom emocionado e levantou a mão como se quisesse contê-la também.
Viu como uma sombra de angústia atravessava o seu rosto e recebeu-o como um golpe.
– Não… não me desejas? – Havia tristeza na sua voz, que se expressou num sussurro sossegado.
Anatole resmungou.
– Isto não está bem, Tia. Não posso aproveitar-me de ti desta forma.
– Não estás a aproveitar-te! – exclamou ela, imediatamente. – Por favor, não me digas que não me desejas. Não conseguiria suportá-lo!
Anatole segurou-lhe o rosto.
– Desejo-te muito, Tia. Mas…
«Mas, neste apartamento, há mais de um quarto e, esta noite, temos de estar em quartos separados… É assim que deve ser. Porque qualquer outra coisa seria… seria…»
O rosto de Tia reacendeu-se como um farol.
– Por favor – suplicou. – Esta noite contigo foi incrível. Algo maravilhoso. E o que está a acontecer agora… é diferente de tudo o que experimentei na minha vida. Não te pareces com ninguém que tenha conhecido. E isto é… é…
Tia apontou para a divisão, suavemente iluminada, para a garrafa de champanhe vazia e para o brilho das luzes do terraço.
– Nada disto voltará a acontecer-me. – Mordeu o lábio inferior, que tremia. – Quero que aconteça. Por favor – voltou a suplicar. – Por favor, não me rejeites.
E, mais uma vez, Anatole sentiu-se perdido.
Incapaz de resistir ao que não queria resistir, puxou-a e baixou a cabeça para voltar a saborear a doçura de mel da boca dela, que se abriu imediatamente para ele.
«Ela quer isto. Quer tanto como eu. E embora tenhamos acabado de nos conhecer, o desejo que sinto por ela é avassalador. Tal como o dela, por mim. E devido a isso…»
Devido a isso, Anatole levantou-se, deslizou-lhe uma mão por baixo dos joelhos e pegou nela ao colo. E não a levou para o quarto de hóspedes, mas para o principal, onde afastou a colcha para a depositar suavemente nos lençóis frescos. Observava-o com as pupilas dilatadas, os lábios cheios e os seios apertados contra a t-shirt de algodão.
Queria tirar-lha. Queria deixá-la sem roupa e que não houvesse barreiras entre ele e aquela mulher linda que desejava tanto.
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