T. M. Bilderback

Baralho Lido - Uma Novela Da Justice Security


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numa moça morta.

      Resolvi que ele já tinha sido atormentado o suficiente. Disse para o Sam, “Vamos dar uma vista de olhos.”

      O Sam e eu passamos pelos polícias em uniforme postados à porta do Manny. O Manny seguiu-nos, por uma vez, mantendo a boca calada. Um detective jovem estava lá dentro, olhando em volta, estudando disposição do assassinato. Levantou os olhos quando entrámos.

      Dirigi-me a ele e estendi-lhe a mão. “Tenente Mickey Rooney. Este é o meu parceiro, Sam Tanner.”

      O jovem apertou-me a mão. “Detetive/Terceira Bryan McGee, senhora.” Acenou com a cabeça ao Sam, e ele retribuiu.

      “O que é que tem para mim, detetive?” Perguntei.

      “Eu olhei para a trajetória do tiro, e acredito que foi disparado do telhado do lado de lá da rua.” Mostrou-nos o sítio onde a bala tinha atravessado a janela. Curiosamente, tinha deixado só um pequeno furo, em vez de estilhaçar a janela inteira. McGee usou uma bitola para mostrar o trilho da bala. O ângulo estava aproximadamente a 35 graus. Ele continuou, “Então, se vocês notarem, entrou por ali, embateu na vitima, e instalou-se naquela parede.” Ele apontou. “Pelo que eu entendi do Sr. Salazar, e julgando pela trajetória do tiro, não acredito que a mulher fosse o alvo pretendido.” McGee fez uma pausa. “Acredito que o tiro era dirigido ao Sr. Salazar.”

      ***

      O PAI DE LIDO DEU UM pontapé em cheio na perna do Lido.

      “Acorda, garçon! Hoje vais aprender a caçar jacarés!”

      Lido sentou-se na cama, esfregando os olhos. Ainda não era de madrugada.

      “Veste-te! Temos que estar no pântano antes do sol nascer!”

      Lido vestiu-se. E foi para a cozinha.

      O pai entregou-lhe um biscoito velho de bom tamanho. “Come isso. Guarda as migalhas se quiseres le déjeuner!”

      “Sim, Papa.”

      Desceram as escadas e entraram no barco. O Pierre segurava num candeeiro de querosene para iluminar o caminho. Os residentes da fauna do pântano faziam muitos sons, enquanto os dois Bouviers começavam a viajem pelo pântano.

      “Papa?”

      “Sim?”

      “Onde é que estão as outras pessoas?”

      O Pierre resfolegou. “E para que precisas tu de outras pessoas? Tens-me a mim, e tens o pântano. Que mais precisas?”

      Lido manteve-se calado.

      Por fim, Pierre lançou um olhar ao rapaz e virou-lhe as costas. “Os outros estão do lado de fora do pântano. Não precisamos deles. Temos tudo do que precisamos aqui.” Tronou a olhar para o Lido. “Não se fala mais, ok? Estamos perto dos jacarés.”

      Lido olhou em redor, mas não viu jacarés nenhuns. Viu vários troncos a flutuar na água turva. Enquanto olhava em redor, viu uma camisa vermelha num molho de erva. Parecia-se com a que a mãe usava, da ultima vez que a viu.

      “Papa! Olha! É a camisa da Maman!” Lido apontou freneticamente.

      Com um gesto rápido, o Pierre esbofeteou o rapaz na boca. “Calme, garçon!” sibilou o Pierre. “Os jacarés – estão à nossa volta!”

      “Mas, Papa…!”

      “Sim, é a camisa da tua maman!” E o Pierre apontou para os troncos. “Ela é o isco! Estes jacarés, não vêm quando lhes assobias!”

      O Lido não poderia ter ficado mais chocado. O pai estava a usar o corpo da mãe para atrair jacarés!

      Pierre agarrou na caçadeira. “Agora, observa, garçon, e vê como se acerta num jacaré!” Começou a disparar.

      Com um horror crescente, Lido observou os jacarés a tentarem escapar, mas o pai era mais rápido que eles. A caçadeira continuava a disparar e o som era um estrondo contínuo.

      Por fim, o Pierre pousou a espingarda. Ele ria-se. “Apanhámos pelo menos dez! Vamos viver à grande por um bocado!”

      Capítulo dois

      O Manny começou a balbuciar.

      O meu telemóvel começou a tocar.

      Deixei o Manny com o Sam, e saí para o hall para atender o telefone.

      “Rooney.”

      “Olá, Mickey!”

      Demorei uns segundos a registar aquela voz. “Joey Justice! Que raio quer desta vez?”

      “Temos de falar, Mickey. Acabei de falar com o Capitão Baker. O vosso voo parte assim que vocês chegarem a O’Hare. É o avião privado da Justice Security e aqui vai o que precisam de fazer…” Ele explicou sobre o portão privado e toda a informação pertinente. “e, ouça…tragam o Manny! Ele faz parte disto!”

      “É engraçado que mencione o Manny. Estamos na…”

      O Joey interrompeu-me. “Não interessa onde vocês estão! Não numa linha aberta! E também não use o seu Carocha para ir para o aeroporto. Se um carro patrulha não vos puder levar, apanhem um táxi. Eu reembolso-vos. Mas partam agora!”

      Eu estava a ferver. “Eu quero saber…”

      O Justice tornou a interromper-me. Não era uma coisa que se fizesse. “Eu sei que quer, e sei que está furiosa, Mickey. Digamos que ouvi umas conversas e estamos todos em perigo. Quanto mais rápido chegarem aqui, melhor para todos nós.” Fez uma pausa. “Mickey, por favor. Podemos discutir quando chegar, OK? Mas, acredite quando lhe digo que é urgente! Partam agora!”

      Finalmente percebi o medo do Joey. Era quase um pânico. “Estamos a caminho, Joey.” E desliguei.

      Voltei ao escritório do Manny. “Sam! Temos que ir agora!” Apontei para o Manny. “Tu também vens! Agora!”

      “Deixa-me vestir…” começou o Manny.

      Interrompi-o. “Não. Agora.” Gesticulei para um dos polícias a guardar a porta. “Traga o seu carro patrulha. Vai levar-nos a O’Hare o mais depressa que puder. Passe luzes vermelhas, se tiver que ser!”

      ***

      NA MANHÃ SEGUINTE, o Lido acordou com um murro forte no estômago.

      “Acorda, garçon! Tu e eu, vamos apanhar mais jacarés!” O Pierre ainda estava bêbedo da celebração da noite anterior, e aparentemente nem tinha ido para a cama.

      Isto fez o Lido gelar. Isto era quando o pai se tornava mais perigoso.

      Lido vestiu-se à pressa e agarrou em duas maçãs da cozinha. Desceu a escada e entrou no barco o mais depressa que podia.

      “Agarra no remo! Vamos depressa!” disse o Pierre.

      O homem