gravitacional tão intenso.
Num instante,a gravidade puxa seus corpos completamente e ao adentrarem neste astro fantástico era como se ultrapassassem várias dimensões ao mesmo tempo.Do lado direito,luzes azuis e brancas chocam-se entre si e,do lado esquerdo,fagulhas azuis e pretas colorem o ambiente.Estar num buraco negro é parecido com a sensação de estar dentro dum liquidificador em plena ebulição.Ali,naquele local,estavam guardados todos os segredos da origem do universo e em cada pedaço daquele enorme espaço tinha uma porta dimensional para outro universo.A equipe da série o vidente caía velozmente no buraco com os anjos esforçando-se em proteger os humanos.Parecia que o buraco não tinha fim nem começo ou meio,estariam perdidos para sempre?Quem os salvaria?A agonia era tanta que nem conseguiam fixar os pensamentos.
Em dado momento, ocorre uma explosão interna severa e cheios de medo nossos amigos gritam. Aparece um orifício no centro e que tem um poder gravitacional ainda maior. Inevitavelmente, os corpos e almas deles são sugados e ao atravessar o elo entre os mundos algo fantástico acontece. Eles encontram-se do outro lado da existência.
O mundo em que eles caem amparados pelos braços fortes dos anjos tem aspectos parecidos com a terra e com Kalenquer.A diferença é que imediatamente notam a devastação de seus recursos. O que teria acontecido ali de tão grave? Sem respostas, eles sentam um pouco organizando uma reunião rápida. Rafael novamente pronuncia-se:
—Este planeta chama-se Crovos e foi para onde os Arcanjos negros pararam após sua expulsão de Kalenquer.O resultado está diante dos vossos olhos. O objetivo é agora o encontrar o último remanescente da população local.
—Meu Deus! Que Desgraça! Por que Deus permitiu isto? (Renato)
—Não blasfemes, Renato. Deus não tem nada a ver com isso. Simplesmente a punição dada aos rebeldes ocasionou este fato. Digamos que foi o destino. (Uriel)
—Destino, eu não o entendo. (Renato)
—Não perca tempo em entender. Devemos apenas aceitá-lo. Tudo nesta vida tem um porquê e se estamos aqui é porque algo a ser feito, não é companheiro Rafael? (O vidente)
—Exatamente.A resposta e os desafios encontram-se num lugar além do horizonte. Trata-se de uma chance de resgatar a nossa própria história escondida no véu do tempo. Eu e Uriel estamos aqui para aprender também. (Rafael)
—Isto.Não há ninguém tão grande que não possa aprender. Estamos no mesmo barco. (Uriel)
—Vamos indo. O tempo urge. (Arrematou Rafael)
O primeiro contato
A fala de Rafael encerrou com qualquer pretensão de solucionar dúvidas dos humanos presentes. Não era o momento adequado para isso. Tinham que se contentar com as poucas informações adquiridas. Cabia a eles buscar o estranho e misterioso ser que habitava naquele planeta quase deserto. Havia algo interiormente o qual dizia que se tratava de alguém espetacular, alguém para ser lembrado durante a existência inteira.
As vias de acesso do planeta apresentavam bastantes dificuldades de locomoção por serem terrenos com imensas crateras por toda a parte. Nas partes intransitáveis, os anjos davam uma força aos humanos e lhes ajudavam a atravessar. Sem eles, a aventura tornar-se-ia impossível.
O momento requeria fé, disposição, empenho, paciência e inteligência pois estavam num buraco no meio do nada procurando por uma pista longe do alcance. Não havia dúvida de que este era o maior desafio de todos até o presente momento.
O tempo passa rápido e nossos amigos perdem a conta de quantas horas perdem transitando de um lado para outro. No momento em que já pensavam em desistir eis que surge uma pequena edificação ao alcance da vista. Eles não demoram a dirigir-se para lá com o intuito de descansar e conseguir algo para comer.
No percurso restante,conversam entre si trocando informações.Será que estavam na pista certa?O momento de descobrir aproximava-se cada vez mais.Enquanto esperavam,brincam,distraem-se com o ambiente,imaginam muitas coisas das quais ainda não tem conhecimento.Só o fato de estarem ali fazia todo o sentido para eles,a aventura certa no momento certo para cada um deles.Com palavras de motivação,eles continuam andando chegando,cerca de vinte minutos depois,em frente a residência nada parecida com as construções humanas.Era um edifício quadrado,alto e largo na mesma proporção,uns três metros de medida de ambos os lados.Ao fundo,um pequeno pomar com árvores frutíferas,uma raridade nas condições do planeta.Do lado esquerdo e direito,serras feitas de um minério escuro e em frente um abismo sem fim já ultrapassado pelos nossos colegas.
Eles não perdem tempo e em conjunto batem na porta de entrada-saída da casa. Na terceira tentativa, escutam um barulho e ficam à espera do que iriam encontrar. A ansiedade e o nervosismo eram intensos e só se acalmariam quando tudo estivesse resolvido.
A porta abre-se. Do lado de dentro, surge uma criatura com aspecto parecido com os humanos: Cabeça, membros e postura. No rosto apresentava cicatrizes profundas oriundas do passado. Seu olhar era profundo e concentrado. Suas vestes eram limpas, de cor branca e suntuosas. No braço direito, tinha uma marca conhecida em forma de cruz. Nossos amigos quase caem no chão de susto. Diante deles estava um descendente da família divina.
—Enfim chegaram. Os arcanjos do pai celestial e meus primos distantes. Eu estava esperando-lhes há doze bilhões de anos. Eu me chamo Ventur Okter, o sobrevivente. Eu sei exatamente o que vieram fazer aqui. Minha resposta é sim, eu posso treiná-los para que possam descobrir “o buraco negro”.
—Eu me chamo Aldivan Teixeira Torres, mas também sou conhecido como vidente e Divinha.Eis que sou seu teu discípulo a partir de agora.
—Eu sou Renato, companheiro inseparável de aventuras do Divinha.Juntos somos o pilar da série “O vidente”.
—Sim, eu compreendo. Estão de parabéns. Em vindos, amigos. (Ventur)
—Eu vos trouxe os humanos como prometi. Obrigado pela recepção e pela disposição em ensinar. Se repassares pelo menos um terço do que sabes será bem construtivo para nós. (Rafael)
—Ajudarei da melhor forma para que possam por si descobrir o fio da história. É uma honra para mim. (Ventur)
—A recíproca também é verdadeira. Já tem um plano? (Uriel)
—Sim, está tudo certo. Mas entrem. Eu preparei uma sopa deliciosa feita de pedaços de Cajamar, uma ave típica deste planeta. Estejam à vontade. (Ventur)
—Vamos, pessoal. (Ordenou Rafael)
Os cinco adentram na morada. Como nas moradias humanas, o primeiro ambiente é um tipo de sala com móveis, uma lareira, quadros com pinturas e assentos milimetricamente trabalhados junto ao piso. Enquanto observam aquela maravilha de arquitetura, eles acomodam-se e o anfitrião vai buscar na cozinha o alimento. Na volta, eles são servidos e um segundo contato é feito entre eles com objetivo de conhecerem-se melhor.
—Vamos aproveitar este momento maravilhoso para conhecer-nos melhor. Fiquem à vontade para falar um pouco de vós. (Ventur)
—Eu sou Rafael, arcanjo do reino dos céus que tem como missão atual acompanhar estes humanos tão queridos pelo pai. O motivo de todo este aparato é a importância da missão de cada um deles.
—Eu sou Uriel Ikiriri, anjo especialmente designado para proteção do filho de Deus.Fui criado para ele desde o princípio. Juntos, somos a força mais importante do universo, algo que veio transformam em definitivo os mundos.
—Eu sou Renato, filho adotivo do espírito da montanha do Ororubá.Desde o princípio estou com Divinha e agora pouco soube que nossa ligação vem da origem do cosmo. Está explicado porque nos damos tão bem.
—Eu sou o filho de Deus, alguém enviado pelas forças do bem para salvar a humanidade pecadora. Através da literatura, pretendo alcançar um bom público leitor. Quero encantar e conquistar o coração de cada pessoa.
—Eu