ainda bem que compreendi isto a tempo. Obrigado a todos pelas palavras. (Ventur)
—Por nada. Pelo pouco que conhecemos de ti, você revelou-se um amigo compreensivo e dedicado. Que bom aprender contigo. (Aldivan)
—Vocês também. É uma grande honra. (Ventur)
—Há algo importante a relatar sobre a trajetória de Crovos? (Sugeriu Uriel)
—Vós tocastes no ponto certo. Há um tempo, o planeta foi alvo de criminosos universais vindo de outra esfera. O objetivo era tomar o planeta e fazê-lo ponto estratégico de domínio. Tive que invocar a meu pai e seus anjos para que fossem expulsos em definitivo. Quem é como Deus? Tolo é aquele que anseia dominar qualquer coisa pois a soberania, a honra, a adoração e a glória pertencem unicamente ao senhor. (Ventur)
—Isto é uma lição de vida para nós e para o mundo inteiro. (Uriel)
—Quem por Javé? (Rafael)
—Nós todos! (Os outros)
A noite seguiu-se com mais conversas, brincadeiras, observação dos astros e entretenimento. A cada instante que se passava, aumentava a empatia entre os companheiros da aventura atual. Aquele grupo estava predestinado ao sucesso pela sua idoneidade, fortaleza, dedicação, esperança e fé. Especificamente o filho de Deus, encontrava-se tranquilo e confiante em seus objetivos. Tudo poderia acontecer, mas sua crença em Deus era maior do que qualquer coisa.
Ao fim da noite, os amigos decidem recolher-se nos locais designados para isso. Descansar era tudo o que queriam após uma viagem exaustiva ao longo do espaço. Provavelmente, o outro dia traria mais novidades e surpresas.
Temor de Deus
Amanhece. O vento é sul, o sol é quente aliviado por uma brisa fina e reconfortante que invadem os quartos através das brechas na parede e no oitão. Logo cedinho, nossos mais queridos personagens levantam e preparam-se para um dia corrido em Crovos.Eles tomam banho, voltam aos quartos e vestem roupas limpas. Por fim, dirigem-se ao ambiente de refeição.
Prestativo e gentil, o anfitrião já cozinhava desce cedo para suprir a necessidade de seus convidados. Ao chegarem, tudo estava posto na mesa e organizado. Só teriam o trabalho de sentar e servir-se e é o que fazem. A comida era um ensopado de cravedel, um tipo de animal silvestre. A fome deles era tão grande que nem se dão ao trabalho de perguntar sobre isso.
—Estão gostando do meu tempero? (Ventur)
—Hum.Uma Delícia, nunca provei nada igual. (O vidente)
—Sinceramente, gosto mais de sua comida do que da minha mãe adotiva. (Renato)
—Como sabes, não precisamos de comida exatamente, mas se os humanos dizem, eu assino embaixo. (Rafael)
—Nosso alimento é espiritual, a cada ato bom Deus nos alimenta. (Informou Uriel)
—Compreendo. Mesmo assim, comer não lhes fará nenhum mal. (Ventur)
—Sim, a refeição é um tipo de ritual e sempre fazemos questão de fazer parte. Isto aumenta o entrosamento do grupo o qual é muito importante para a missão. (Rafael)
—Parece galinha. Temos aves por aqui? (Indagou Renato)
—Mais ou menos. Cravedel é digamos um parente das aves humanas. A fauna e flora daqui é restrita e por isto temos poucas opções. (Ventur)
—Mesmo assim está ótimo. (Renato)
—Obrigado. (Ventur)
—Quando o desafio começará? (O filho de Deus)
—Assim quando acabarmos de comer, cuidaremos disso. Serão treze etapas no total representando os selos divinos. Se obtiveres sucesso em todos, o mistério oculto enfim será desvendado. (Ventur)
—Que requisitos são necessários?
—Confiem em mim e em si mesmo. Você já é suficientemente preparado para enfrentar cada um dos obstáculos, eu serei como diz a velha guardiã, a seta que aponta para a realização. Tenha fé! (Ventur)
—Amém.Estou confiante pois sei que ao meu lado tenho dois arcanjos poderosos, um amigo, um irmão e um Deus. Do que preciso mais?
—Absolutamente nada. (Ventur)
Terminam de comer a refeição da manhã, comem frutas de sobremesa, reúnem-se e decidem sair um pouco. Atravessando os quartos, o corredor e a sala principal, eles têm acesso ao ambiente externo. Seguindo o rumo do mestre, eles vão em direção à floresta ao fundo. O momento requeria convicções intensas e profundas por parte deles devido o desafio da própria vida. Que perigos o destino escondia?
Ainda cheio de dúvidas, eles percorrem o espaço de quinhentos metros com rapidez, leveza e graça. O nervosismo crescia cada vez mais, sufocando os lados direito e esquerdo do peito deles. Restava apenas avançar e conferir o que lhes esperava. Ao avançar na floresta negra, a sensação que tinham é que estavam sendo observados. Esta mania de perseguição era comum em quem adentrava naquele território bendito e maldito ao mesmo tempo. Mas eles buscavam algo a mais.
Ao ficar entre duas árvores gigantes, o mestre faz menção para que parem no qual é prontamente obedecido. Imediatamente, ele toma a palavra:
—Como poderiam descrever este cenário?
—Pomares, mata virgem, imponência, mistério e medo. (O vidente)
—Grandeza, arrogância, orgulho E autossuficiência. (Renato)
—Natureza, vida, esperança, recolhimento E fé. (Rafael)
—Desafio, investigação, pequenez, insondabilidade. (Uriel)
—Que bom.Escutei muitas verdades mas a maior delas não está ao nosso alcance.Eu coloco como exemplo a vossa viagem no espaço.Certamente vós tiverdes a oportunidade de conhecer um pouco da maravilha que é o universo,o qual é infinito em ambas as direções.Tudo é muito incrível,a exemplo dos buracos negros que são gigante colossais sugadores de energia.Já pararam para pensar em tudo isso?Se vós ficais maravilhado com a criação imagina com quem fez elas?Saibam que não pode haver comparação entre as duas coisas.Então a primeira grande verdade é o temor de Deus,necessário para colocar as coisas em seus devidos lugares.Reconheçamos nosso pecado e pequenez e deixemos o espírito santo agir.Tudo é permitido ao homem desde que este desejo esteja afinado com a vontade divina que deve ser sempre soberana a respeitada.Coloquem isso em vossas cabeças.Esta é a lição de Hoje.Voltemos para casa.Pretendo ainda trabalhar e me preparar para amanhã.
—Está bem. Obrigado por tudo. (O vidente)
—Muito esclarecedor. (Renato)
—Isto reforça o que foi dito aos anjos: “Que vosso poder e glória não seja causa de soberba, pois muitos já se perderam desta forma. ” (Uriel)
—Sim, somos apenas servos e é bem claro isso. Voltemos como disse o mestre. (Rafael)
O pedido mútuo de Rafael e do mestre foram acatados pelos outros e eles trataram de começar a caminhada de volta.Este pequeno exemplo apresentado reforçou a crença num filho de Deus totalmente experimentado.Valeria a pena cada segundo ao lado de um ser deste gabarito.A caminhada curta de volta serve como distração e encantamento para nossos amigos.Tudo ali era especial:A paisagem entrecortada de serras,os abismos,a floresta negra,os personagens,o desafio e o mistério de Crovos,o clima instável.
Ao retornar para casa, eles se ocupariam em tarefas domésticas, no trabalho do campo, no planejamento dos próximos passos aproveitando para refletir sobre si mesmos. A viagem demonstrara ter certo sentido a partir de agora. Continuem acompanhando, leitores.
O desafio do poder
O desafio de estar num planeta devastado ao lado do honorável descendente