Джек Марс

Infiltrado: Uma série de suspenses do espião Agente Zero — Livro nº1


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fazia mais sentido, mesmo que a totalidade do assunto não fizesse. Então, ele se lembrou da gravidade de sua situação e esperou que não tivesse dado pistas que revelassem sua farsa.

      Ele também se inclinou para frente e disse devagar, "Sim, Yuri. O homem da CIA está morto."

      Yuri recostou-se casualmente e sorriu de novo. "Bom". Ele pegou seu copo. "E a informação? Você a tem?"

      "Ele nos deu tudo o que sabia", disse Reid. Não pôde deixar de notar que seus dedos não estavam mais tremendo sob a mesa. Era como se outra pessoa estivesse no controle agora, como se Reid Lawson estivesse em segundo plano em seu próprio cérebro. Decidiu não lutar contra isso.

      "A localização de Mustafar?" Yuri perguntou. "E tudo o que lhes disse?"

      Reid assentiu.

      Yuri piscou algumas vezes com certa expectativa. "Estou esperando."

      Uma percepção atingiu Reid assim que sua mente agrupou o pouco conhecimento que tinha. A CIA estava envolvida. Havia algum tipo de plano que mataria muitas pessoas. O sheik sabia disso e contou-lhes - contou-lhe - tudo. Esses homens precisavam saber o que o sheik sabia. Era o que Yuri queria saber. O que quer que isso fosse, parecia grande, e Reid tinha tropeçado naquilo... Embora ele sentisse que não era a primeira vez.

      Ele não falou por um longo tempo, tempo suficiente para o sorriso desvanecer dos lábios de Yuri e transformar-se em um olhar expectante. "Eu não conheço você", disse Reid. "Eu não sei quem você representa. Você espera que eu lhe dê tudo o que sei e vá embora, e confie que a informação chegue ao lugar certo?"

      "Sim", disse Yuri, "é exatamente o que eu espero, e precisamente o motivo desta reunião."

      Reid sacudiu a cabeça. "Não. Veja, Yuri, ocorre-me que esta informação é importante demais para ser repassada assim e espero que ela chegue aos ouvidos certos na hora correta. O mais importante é que, no que diz respeito a você, só existe um lugar - exatamente aqui." Ele bateu na própria têmpora esquerda. Era verdade; a informação que procuravam estava, presumivelmente, em algum lugar de sua mente, esperando para ser destrancada. "Também me ocorre", continuou, "que agora que têm essa informação, nossos planos terão que mudar. Eu cansei de ser o mensageiro. Eu quero entrar. Eu quero uma função de verdade."

      Yuri apenas ficou olhando. Então soltou uma risada aguda e ao mesmo tempo bateu na mesa com tanta força que abalou vários clientes próximos. "Você!" exclamou, abanando um dedo. "Você pode ser um expatriado, mas ainda tem essa ambição americana!" riu novamente, fazendo um som muito parecido com o de um burro. "O que é que você quer saber, Ben?"

      "Vamos começar com quem você representa nisso."

      "Como você sabe que eu represento alguém? Pelo que você sabe, eu poderia ser o chefe. O cérebro por trás do plano!" Ele ergueu as duas mãos em um gesto grandioso e riu novamente.

      Reid sorriu. "Acho que não. Acho que você está na mesma posição que eu, transportando informações, trocando segredos, tendo reuniões em bares de merda." Tática de interrogatório - relacione-se com eles no nível deles. Yuri era claramente poliglota e parecia não ter o mesmo comportamento endurecido de seus sequestradores. Mas mesmo se ele fosse de baixo nível, ainda sabia mais do que Reid. "Que tal um acordo? Diga-me o que sabe e eu lhe direi o que sei." Ele baixou a voz quase num sussurro. "E confie em mim. Você vai querer saber o que eu sei."

      Yuri acariciou o queixo pensativamente."Eu gosto de você, Ben. O que é, como dizer... conflituante, porque os americanos geralmente me deixam doente." sorriu. "Infelizmente para você, eu não posso te dizer o que não sei."

      "Então me diga quem pode." As palavras fluíram como se contornassem seu cérebro e fossem direto para sua garganta. A parte lógica dele (ou mais apropriadamente, a parte Lawson dele) gritou em protesto. O que você está fazendo?! Pegue o que puder e saia daqui!

      "Você se importaria de ir de carona comigo?" Os olhos de Yuri brilharam. "Vou levá-lo para ver meu chefe. Lá você pode dizer a ele o que sabe."

      Reid hesitou. Ele sabia que não deveria. Ele sabia que não queria. Mas havia aquele sentido bizarro de obrigação, e havia aquele pensamento inconsciente que lhe disse novamente: Relaxe. Ele tinha uma arma. Ele tinha algum tipo de habilidade. Ele chegara tão longe e, a julgar pelo que agora sabia, isso ia muito além de alguns homens iranianos em um porão parisiense. Havia um plano e o envolvimento da CIA, e de alguma forma ele sabia que o final do jogo seria um monte de gente ferida ou até sofrendo algo pior.

      Ele acenou com a cabeça uma vez, sua mandíbula se comprimindo com força.

      "Ótimo." Yuri esvaziou o copo e ficou de pé, ainda mantendo o cotovelo esquerdo dobrado. "Au revoir." Ele acenou para o barman. Então o sérvio liderou o caminho em direção às traseiras do Féline, atravessou uma pequena cozinha suja e saiu por uma porta de aço em frente a um beco de paralelepípedos.

      Reid o seguiu noite adentro, surpreso ao ver que havia ficado escuro tão rápido enquanto permanecera no bar. Na entrada do beco havia uma SUV preta, em marcha lenta, com as janelas quase tão escuras quanto a pintura. A porta traseira se abriu antes de Yuri alcançá-la e dois valentões saíram. Reid não sabia o que pensar deles; ambos tinham ombros largos, impondo-se e não fazendo nada para tentar esconder as pistolas automáticas TEC-9 balançando perto das axilas.

      "Relaxem, meus amigos", disse Yuri. "Este é o Ben. Nós o levaremos para ver Otets.”

      Otets é Russo, significa "pai". Ou, no nível mais técnico, "criador".

      "Venha", disse Yuri agradavelmente. Ele bateu a mão no ombro de Reid. "É um passeio muito bom. Vamos beber champanhe no caminho. Venha."

      As pernas de Reid não queriam se mover. Era arriscado - muito arriscado. Se ele entrasse neste carro com esses homens e eles descobrissem quem ele era ou mesmo que não era quem dissera ser, poderia morrer. Suas garotas ficariam órfãs e provavelmente nunca saberiam o que lhe acontecera.

      Mas que escolha ele tinha? Não podia agir como se tivesse mudado de ideia de repente; isso seria muito suspeito. Era provável que já tivesse dado dois passos além do ponto sem retorno simplesmente seguindo Yuri até ali. E se conseguisse manter a farsa por tempo suficiente, poderia encontrar a fonte e descobrir o que estava acontecendo em sua própria cabeça.

      Deu um passo à frente em direção ao SUV.

      "Ah! Um momento, por favor." Yuri apontou um dedo para seus acompanhantes musculosos. Um deles forçou os braços de Reid para os lados do corpo, enquanto o outro o segurava. Primeiro encontrou a Beretta, enfiada na parte de trás do jeans. Então cavou os bolsos de Reid com dois dedos e tirou o maço de euros e o telefone, e entregou os três para Yuri.

      "Isso você pode manter." O sérvio devolveu o dinheiro. "O resto, no entanto, vamos guardar. Segurança. Você entende." Yuri enfiou o telefone e a arma no bolso interno da jaqueta de camurça e, por um breve instante, Reid viu o punho marrom de uma pistola.

      "Eu entendo", disse Reid. Agora ele estava desarmado e sem qualquer forma de pedir ajuda se precisasse. Eu deveria correr, pensou. Apenas começar a correr e não olhar para trás...

      Um dos valentões forçou a cabeça dele para baixo e empurrou-o para a frente, na traseira do SUV. Os dois subiram atrás dele e Yuri seguiu, puxando a porta atrás dele. Sentou-se ao lado de Reid, enquanto os capangas encolhidos, quase ombro a ombro, sentavam-se em um assento voltado para a retaguarda diante deles, bem atrás do motorista. Uma divisória de cor escura os separava do banco da frente do carro.

      Um dos dois bateu na divisória do motorista com dois dedos. "Otets", disse rispidamente.

      Um pesado e revelador clique trancou as portas traseiras, e com isso veio uma compreensão completa do que Reid tinha feito. Ele tinha entrado em um carro com três homens armados, sem ideia de para onde estava indo e muito pouca ideia de quem deveria ser. Enganar Yuri não tinha sido tão difícil, mas agora ele estava sendo levado para algum chefão... Eles saberiam que ele não era quem dissera ser? Lutou contra a vontade de pular para a frente, abrir a porta