Джек Марс

Infiltrado: Uma série de suspenses do espião Agente Zero — Livro nº1


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Ronnie desligou.

      Enquanto esperava, Reid percorreu o curto espaço do toldo, checando o telefone em intervalos de alguns segundos, caso perdesse a ligação. Parecia que uma hora havia passado antes que o telefone tocasse de novo, embora tivessem apenas decorrido seis minutos.

      "Estou?" ele atendeu a chamada do Skype no primeiro toque. "Ronnie?"

      "Reid, é você?" disse uma voz frenética de mulher.

      "Linda!" Reid disse sem fôlego. "Estou tão feliz por falar com você. Ouça, eu preciso saber..."

      "Reid, o que aconteceu? Onde você está?" quis saber.

      "As meninas estão..."

      "O que aconteceu?" Linda interrompeu. "As meninas acordaram esta manhã, assustadas porque você não estava em casa, então me ligaram e eu vim correndo..."

      "Linda, por favor", tentou interromper, "onde elas estão?"

      Ela começou a falar por cima da voz dele, claramente perturbada. Linda era boa em um monte de coisas, mas não era equilibrada em uma situação de crise. "Maya disse que, às vezes, você sai para passear de manhã, mas tanto a porta da frente quanto a de trás estavam abertas, e ela queria ligar para a polícia porque disse que você nunca deixa o telefone em casa, e agora esse garoto aparece. E me dá um telefone...?"

      "Linda!" Reid disse bruscamente. Dois homens idosos que passavam olharam para ele. "Onde estão as garotas?"

      "Elas estão aqui", ofegou. "Estão ambas aqui em casa comigo."

      "Elas estão seguras?"

      "Sim, claro. Reid, o que está acontecendo?"

      "Você ligou para a polícia?"

      "Ainda não, não… Na TV eles sempre dizem que você tem que esperar vinte e quatro horas para relatar o sumiço de alguém… Você corre algum risco? De onde você está me ligando? De quem é essa conta?"

      "Eu não posso te dizer isso. Apenas me escute. Peça às meninas que arrumem uma mala e leve-as para um hotel. Não para perto; saia da cidade. Talvez para Jersey..."

      "Reid, o quê?"

      "Minha carteira está na minha mesa no escritório. Não use o cartão de crédito diretamente. Saque dinheiro em qualquer cartão e use esse dinheiro para pagar a estadia."

      "Reid! Eu não vou fazer nada até que você me diga o que... Espere um segundo."a voz de Linda ficou abafada e distante. "Sim, é ele. Ele está bem. Eu acho. Espere Maya!"

      "Papai? Papai, é você?" uma nova voz na linha. "O que aconteceu? Onde está você?"

      "Maya! Eu tive um imprevisto, uma urgência de última hora. Eu não queria acordar você..."

      "Você está brincando comigo?" sua voz era estridente, agitada e preocupada ao mesmo tempo. "Eu não sou idiota, pai. Diga-me a verdade."

      Ele suspirou. "Você está certa. Eu sinto muito. Eu não posso te dizer onde estou, Maya. E não deveria ficar no telefone por muito tempo. Apenas faça o que sua tia diz, ok? Você vai sair de casa por um tempo. Não vá para a escola. Não ande em nenhum lugar. Não fale de mim no telefone ou no computador. Entendeu?"

      "Não, eu não entendi! Você está metido em algum problema sério? Deveríamos chamar a polícia?"

      "Não, não faça isso", disse ele. "Ainda não. Apenas... Me dê algum tempo para resolver umas coisas."

      Ela ficou em silêncio por um longo momento. Então disse, "Prometa-me que está bem".

      Ele estremeceu.

      "Papai?"

      "Sim", disse vigorosamente. "Estou bem. Por favor, faça o que eu peço e vá com sua tia Linda. Eu amo vocês duas. Diga a Sara que eu disse isso e a abrace por mim. Entrarei em contato assim que puder..."

      "Espere, espere!" Maya disse. "Como você vai entrar em contato conosco se não souber onde estamos?"

      Ele pensou por um momento. Ele não podia pedir que Ronnie se envolvesse mais nisso. Não podia ligar diretamente para as meninas. E não podia arriscar saber onde elas estavam, porque isso poderia ser uma informação que poderia ser usada contra ele...

      "Eu configurarei uma conta falsa", disse Maya, "com outro nome. Você saberá disso. Vou usá-la apenas nos computadores do hotel. Se você precisar entrar em contato conosco, envie uma mensagem."

      Reid entendeu imediatamente. Sentiu uma onda de orgulho; ela era tão inteligente e muito mais fria sob pressão do que ele.

      "Papai?"

      "Sim", disse. "Isso é bom. Cuide da sua irmã. Eu tenho que ir…"

      "Eu também te amo", disse Maya.

      Ele terminou a ligação. Depoia fungou. Mais uma vez sobreveio o instinto pungente de correr para casa e vê-las, para mantê-las seguras, para arrumar tudo o que podiam e sair, ir para qualquer lugar...

      Ele não podia fazer isso. O que quer que estivesse acontecendo, quem quer que estivesse atrás dele, já o encontrara uma vez. Ele tinha tido muita sorte por não estarem atrás de suas filhas. Talvez não soubessem da existência das crianças. Da próxima vez, se houvesse uma próxima vez, talvez não tivesse tanta sorte.

      Reid abriu o telefone, pegou o cartão SIM e o quebrou ao meio. Largou os pedaços num esgoto. Enquanto caminhava pela rua, colocou a bateria em uma lixeira e as duas metades do telefone em outras.

      Ele sabia que estava andando na direção da Rue de Stalingrad, embora não tivesse ideia do que faria quando chegasse lá. Seu cérebro gritou para ele mudar de direção, para ir a qualquer outro lugar. Mas aquele sangue-frio em seu subconsciente o obrigou a continuar.

      Seus captores lhe perguntaram o que ele sabia dos seus "planos". Os locais sobre os quais tinham feito perguntas, Zagreb, Madrid e Teerã, tinham que estar conectados e estavam claramente ligados aos homens que o haviam capturado. Quaisquer que fossem essas visões - ele ainda se recusava a reconhecê-las -, havia conhecimento nelas sobre algo que ocorrera ou iria ocorrer. Conhecimento que ele não tinha. Quanto mais pensava sobre aquilo, mais sentia aquela sensação de urgência incomodar sua mente.

      Não, era mais que isso. Parecia uma obrigação.

      Seus captores pareciam dispostos a matá-lo lentamente pelo que ele sabia. E ele teve a sensação de que se não descobrisse o que era e o que deveria saber, mais pessoas morreriam.

      "Monsieur." Reid foi surpreendido no seu devaneio por uma mulher envergando um xale e que tocou suavemente seu braço. "Você está sangrando", Disse em inglês e apontou para sua própria testa.

      "Oh. Merci." tocou na testa com dois dedos. Um pequeno corte havia encharcado o curativo e uma gota de sangue estava descendo pelo rosto. "Eu preciso encontrar uma farmácia", murmurou em voz alta.

      Então respirou fundo quando um pensamento lhe ocorreu: havia uma farmácia dois quarteirões abaixo e outra acima. Ele nunca tinha estado lá dentro - não que se lembrasse, mas ele simplesmente sabia disso, tão facilmente quanto conhecia o caminho para o Pap's Deli.

      Um calafrio correu da base de sua espinha até a nuca. As outras visões foram viscerais e todas se manifestaram a partir de algum estímulo externo, visões e sons e até cheiros. Desta vez não houve visão. Era uma lembrança clara, da mesma maneira que ele sabia onde virar a cada placa de rua. Da mesma forma que sabia como carregar a Beretta.

      Ele tomou uma decisão antes que a luz ficasse verde. Iria a esta reunião e obteria qualquer informação que pudesse. Então decidiria o que fazer, informar as autoridades talvez e limpar seu nome em relação ao que acontecera aos quatro homens no porão. Deixar que prendessem quem devia ser preso enquanto ele ia para casa para junto de suas filhas.

      Na farmácia, comprou um tubo fino de super-cola, uma caixa de curativos com o formato de borboleta, cotonetes de algodão e uma base que quase combinava com seu tom de pele. Levou suas compras