e magro entrou na sala - um dos outros dois homens que atacaram sua casa, o mesmo que lhe perguntara seu nome. Entrou com passos largos e seu olhar hostil dirigiu-se a Reid. "Esta máquina pode ser adulterada. Nós sabemos disso."
"Haveria algum sinal", Respondeu o interrogador calmamente. "Linguagem corporal, suor, sinais vitais... Tudo aqui sugere que ele está dizendo a verdade." Reid não pôde deixar de pensar que estavam falando em inglês para seu benefício.
O homem alto virou-se e caminhou ao longo da sala de concreto, murmurando com raiva em árabe. "Pergunte a ele sobre Teerã."
"Perguntei", Respondeu o interrogador.
O homem alto girou em direção a Reid, irritado. Reid prendeu a respiração, esperando ser atingido novamente.
Em vez disso, o homem continuou a caminhar de um lado para outro. Disse algo rapidamente em árabe. O interrogador respondeu. O brutamontes olhou para Reid.
"Por favor!" Ele disse em voz alta. "Eu não sou quem vocês pensam que eu sou. Não me lembro de nada que está perguntando..."
O homem alto ficou em silêncio e seus olhos se arregalaram. Ele quase bateu na testa e depois falou animadamente para o interrogador. O homem impassível usando kufi acariciou o queixo.
"É possível", Disse em inglês. Ele se levantou e pegou a cabeça de Reid com ambas as mãos.
"O que foi? O que você está fazendo? "Reid perguntou. As pontas dos dedos do homem subiram e desceram lentamente por seu couro cabeludo.
"Calma", Dise o homem categoricamente. Ele sondou a linha do cabelo de Reid, o pescoço, as orelhas… "Ah!" Disse bruscamente. Falou com seu correlegionário, que se precipitou e violentamente puxou a cabeça de Reid para o lado.
O interrogador passou um dedo pelo mastóide esquerdo de Reid, a pequena parte do osso temporal logo atrás da orelha. Havia um caroço oblongo sob a pele, pouco maior que um grão de arroz.
O interrogador gritou alguma coisa para o homem alto e o último rapidamente saiu da sala. O pescoço de Reid doía por causa do estranho ângulo em seguravam a sua cabeça.
"O quê? O que está acontecendo? " Perguntou.
"Este caroço, aqui", Disse o interrogador, passando o dedo sobre ele novamente. "O que é isso?"
"É... é apenas uma protuberância óssea", Disse Reid. "Eu o tenho desde um acidente de carro, aos vinte anos."
O homem alto voltou rapidamente, desta vez com uma bandeja de plástico. Colocou-a no carrinho, ao lado da máquina de polígrafo. Apesar da luz fraca e do ângulo estranho de sua cabeça, Reid podia ver claramente o que havia dentro da bandeja. Seu estômago se contraiu de medo.
A bandeja tinha uma série de instrumentos afiados e prateados.
"Para que serve isso?" Sua voz em pânico. Ele se contorceu. "O que você está fazendo?"
O interrogador deu um breve comando ao brutamontes. Ele deu um passo à frente e o brilho súbito da lâmpada quase cegou Reid.
"Espere... Espere!" Gritou. "Apenas me diga o que você quer saber!"
O brutamontes agarrou a cabeça de Reid em suas mãos grandes e segurou-a com força. O interrogador escolheu uma ferramenta - um bisturi de lâmina fina.
"Por favor, não... Por favor, não..." A respiração de Reid era entrecortada. Ele estava quase hiperventilando.
"Shh", Disse o interrogador calmamente. "Você vai querer ficar parado. Eu não gostaria de cortar sua orelha. Pelo menos não por acidente."
Reid gritou quando a lâmina cortou a pele atrás da orelha, mas o brutamontes o segurou. Todos os músculos de seus membros ficaram tensos.
Um som estranho chegou aos seus ouvidos - uma melodia suave. O interrogador estava cantando uma música em árabe enquanto cortava.
Deixou cair o bisturi sangrento na bandeja enquanto Reid respirava com dificuldade. Então, o interrogador pegou um alicate de ponta fina.
"Receio que tenha sido apenas o começo", Sussurrou no ouvido de Reid. "A próxima parte vai doer."
O alicate segurava algo na cabeça de Reid - era o osso? - e o interrogador o puxou. Reid gritou em agonia quando uma dor quente atravessou seu cérebro, pulsando em terminações nervosas. Seus braços tremiam. Seus pés bateram no chão.
A dor cresceu até Reid pensar que não poderia aguentar mais. O sangue latejava em seus ouvidos e seus próprios gritos soavam como se estivessem a distância. Então a lâmpada diminuiu de intensidade e a sua visão escureceu quando ficou inconsciente.
CAPÍTULO TRÊS
Quando Reid tinha vinte e três anos, sofrera um acidente de carro. O semáforo ficou verde e ele entrou no cruzamento. Uma picape passou no sinal vermelho e bateu no lado do carona. Sua cabeça atingiu a janela. Ele ficou inconsciente por vários minutos.
Sua única lesão foi um osso temporal rachado. Sarou bem; a única evidência do acidente foi um pequeno caroço atrás da orelha. O médico disse-lhe que era uma obstrução óssea.
O curioso sobre o acidente foi que, embora se lembrasse do evento, não conseguia recordar qualquer dor - nem quando aconteceu, nem depois.
Mas sentia agora. Ao recuperar a consciência, o pequeno pedaço de osso atrás da orelha esquerda latejava de forma tortuosa. A lâmpada estava novamente brilhando em seus olhos. Ele apertou os olhos e gemeu ligeiramente. O menor movimento da cabeça afetava dolorosamente o seu pescoço.
De repente, algo lhe ocorreu. A luz brilhante não era a lâmpada.
O sol da tarde brilha contra um céu azul sem nuvens. Um Warthog A-10 voa sobre a sua cabeça, indo para a direita e mergulhando em altitude sobre os telhados planos e sem graça de Candaar.
A visão não era fluida. Surgiu em flashes, como várias fotos em sequência; como assistir a alguém dançar sob uma luz estroboscópica.
Você está no telhado bege de um prédio parcialmente destruído, um terço dele foi destruído. Você traz o suporte de apoio até o ombro, olha o telescópio e vê um homem abaixo...
Reid sacudiu a cabeça e gemeu. Ele estava na sala de concreto, sob a lâmpada que incidia sobre si. Seus dedos tremiam e seus membros estavam frios. O suor escorria por sua testa.
Estava provavelmente entrando em choque. Ele pôde ver que o ombro esquerdo de sua camisa estava encharcado de sangue.
"Protuberância óssea", disse a voz plácida do interrogador. Então ele riu sarcasticamente. Uma mão esbelta apareceu no campo de visão de Reid, segurando o alicate de ponta fina. Preso no alicate, havia algo minúsculo e prateado, mas Reid não conseguia distinguir detalhes. Sua visão estava confusa e a sala parecia estar ligeiramente inclinada. "Você sabe o que é isto?"
Reid meneou a cabeça lentamente.
"Eu admito, eu só vi isso uma vez antes", disse o interrogador. "Um chip de supressão de memória. É uma ferramenta muito útil para as pessoas em sua situação." Ele largou o alicate ensanguentado e o pequeno grão de prata na bandeja de plástico.
"Não," Reid grunhiu. "Impossível." A última palavra foi apenas um murmúrio. Supressão de memória? Isso era ficção científica. Para que funcionasse, teria que afetar todo o sistema límbico do cérebro.
O quinto andar do Ritz Madrid. Você ajusta sua gravata preta antes de saltar e chutar a porta com força logo acima da maçaneta. O homem dentro foi pego de surpresa; ele fica de pé num salto e pega uma pistola na escrivaninha. Mas antes que o homem possa apontá-la para você, você pega a arma dele fazendo um movimento para cima e para baixo. Sua força estala o pulso dele com facilidade…
Reid sacudiu a sequência confusa de seu cérebro quando o interrogador se sentou na cadeira em frente a ele.
"Você