Johannes Biermanski

A Bíblia Sagrada - Vol. I (Parte 2/2)


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relatos do passado revelam claramente a inimizade de Roma para com o sábado legítimo e seus defensores, e os meios que emprega para honrar a instituição por ela criada. A Palavra de Deus ensina que estas cenas devem repetir-se, quando os católicos romanos e protestantes se unirem para a exaltação do domingo.

      A profecia do capítulo 13 do Apocalipse declara que o poder representado pela bêsta de cornos semelhantes aos do cordeiro fará com que a "Terra e os que nela habitam" adorem o papado, ali simbolizado pela bêsta "semelhante ao leopardo." A bêsta de dois cornos dirá também "aos que habitam na Terra que façam uma imagem à bêsta;" e, ainda mais, mandará a todos, "pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos," que recebam o "sinal da bêsta." Apocalipse 13:11-16. Mostrou-se que os Estados Unidos são o poder representado pela bêsta de cornos semelhantes aos do cordeiro, e que esta profecia se cumprirá quando aquela nação impuser a observância do domingo, que Roma alega ser um reconhecimento especial de sua supremacia. Mas nesta homenagem ao papado os Estados Unidos não estarão sós. A influência de Roma nos países que uma vez já lhe reconheceram o domínio, está ainda longe de ser destruída. E a profecia prevê uma restauração de seu poder. "Vi uma de suas cabeças como ferida de morte, e a sua chaga mortal foi curada; e tôda a Terra se maravilhou após a bêsta." Apocalipse 13:3. A inflição da chaga mortal indica a queda do papado em 1798. Depois disto, diz o profeta: "A sua chaga mortal foi curada; e tôda a Terra se maravilhou após a bêsta." S. Paulo declara expressamente que o homem do pecado perdurará até ao segundo advento. (II Tessalonicenses 2:8). Até mesmo ao final do tempo prosseguirá com a sua obra de engano. E diz o escritor do Apocalipse, referindo-se também ao papado: "Adoraram-na todos os que habitam sôbre a Terra, êsses cujos nomes não estão escritos no livro da vida." Apocalipse 13:8. Tanto no Velho como no Novo Mundo o papado receberá homenagem pela honra prestada à instituição do domingo, que repousa unicamente na autoridade da Igreja de Roma.

      Durante mais de meio século, investigadores das profecias nos Estados Unidos têm apresentado ao mundo êste testemunho. Nos acontecimentos que ora estão a ocorrer, percebe-se rápido progresso no sentido do cumprimento da profecia. Com os ensinadores protestantes há a mesma pretensão de autoridade divina para a guarda do domingo, e a mesma falta de provas bíblicas, que há com os chefes papais que forjaram os milagres para suprir a falta do mandamento de Deus. A asserção de que os juízos divinos caem sôbre os homens por motivo de violarem o repouso dominical, será repetida. Já se ouvem vozes neste sentido. E o movimento para impor a observância do domingo está rapidamente ganhando terreno.

      A sagacidade e astúcia da Igreja de Roma são surpreendentes. Ela sabe ler o futuro. Aguarda o seu tempo, vendo que as igrejas protestantes lhe estão prestando homenagem com o aceitar do falso sábado, e que se preparam para impô-lo pelos mesmos meios que ela própria empregou em tempos. passados. Os que rejeitam a luz da verdade procurarão ainda o auxílio dêste poder que a si mesmo se intitula infalível, a fim de exaltarem uma instituição que com êle se originou. Quão prontamente virá êsse poder em auxílio dos protestantes nesta obra, não é difícil imaginar. Quem compreende melhor do que os dirigentes papais como tratar com os que são desobedientes à igreja?

      A Igreja Católica, Romana, com tôdas as suas ramificações pelo mundo inteiro, forma vasta organização, dirigida da sé papal, e destinada a servir aos interêsses desta. Seus milhões de adeptos, em todos os países do globo, são instruídos a se manterem sob obrigação de obedecer ao papa. Qualquer que seja a sua nacionalidade ou govêrno, devem considerar a autoridade da igreja acima de qualquer outra autoridade. Ainda que façam juramento prometendo lealdade ao Estado, por trás disto, todavia, jaz o voto de obediência a Roma, absolvendo-os de tôda obrigação contrária aos interêsses dela.

      A história testifica de seus esforços, astutos e persistentes, no sentido de insinuar-se nos negócios das nações; e, havendo conseguido pé firme, nada mais faz que favorecer seus próprios interêsses, mesmo com a ruína de príncipes e povo. No ano 1204, o papa Inocêncio III arrancou de Pedro II, rei de Aragão, o seguinte e extraordinário juramento: "Eu, Pedro, rei dos aragoneses, declaro e prometo ser sempre fiel e obediente a meu senhor, o papa Inocêncio, a seus sucessores católicos, e à Igreja Romana, e fielmente preservar meu reino em sua obediência, defendendo a fé católica, e perseguindo a corrupção herética." - História do Romanismo, de Dowling. Isso está em harmonia com as pretensões relativas ao poder do pontífice romano, de que "lhe é lícito depor imperadores," e de que "pode absolver os súditos, de sua fidelidade para com os governantes ímpios." — História Eclesiástica, de Mosheim.

      E, convém lembrar, Roma jacta-se de que nunca muda. Os princípios de Gregório VII e Inocêncio III ainda são os princípios da Igreja Católica, Romana. E tivesse ela tão sòmente o poder, pô-los-ia em prática com tanto vigor agora como nos séculos passados. Pouco sabem os protestantes do que estão fazendo ao se proporem aceitar o auxílio de Roma na obra da exaltação do domingo. Enquanto se aplicam à realização de seu propósito, Roma está visando a restabelecer o seu poder, para recuperar a supremacia perdida. Estabeleça-se nos Estados Unidos o princípio de que a igreja possa empregar ou dirigir o poder do Estado; de que as observâncias religiosas possam ser impostas pelas leis seculares; em suma, que a autoridade da igreja e do Estado devem dominar a consciência, e Roma terá assegurado o triunfo naquele país.

      A Palavra de Deus deu aviso do perigo iminente; se êste for desatendido, o mundo protestante saberá quais são realmente os propósitos de Roma, apenas quando fôr demasiado tarde para escapar da cilada. Ela está silenciosamente crescendo em poder. Suas doutrinas estão a exercer influência nas assembléias legislativas, nas igrejas e no coração dos homens. Está a erguer suas altaneiras e maciças estruturas, em cujos secretos recessos se repetirão as anteriores perseguições. Sorrateiramente, e sem despertar suspeitas, está aumentando suas fôrças para realizar seus objetivos ao chegar o tempo de dar o golpe. Tudo que deseja é a oportunidade, e esta já lhe está sendo dada. Logo veremos e sentiremos qual é o propósito do rornanismo. Quem quer que creia na Palavra de Deus e a ela obedeça, incorrerá por êsse motivo em censura e perseguição.

      de: "Ameaça à Consciência", Ellen G. White, em Pôrto Alegre, em 1935, São Paulo, Brasil, págs. 611-629

      Editor: o nome de Deus YAHWEH, sua Filho Yahshua o Messias é no texto, e o palavra: Elohim ("não correcto: Deus!")

      [...]

      "No Espírito e na Força de Elias."

      No decurso dos longos séculos passados desde o tempo de Elias, o registro da obra de sua vida trouxe inspiração e coragem àqueles chamados a interceder pela justiça em meio à degradação do credo. E, para nós, "sobre quem o fim do mundo é chegado", (1Coríntios 10:11) ela tem uma importância muito especial. A história se repete. O mundo tem hoje seus Acabes e Jezabéis. O tempo presente está tão afligido pela idolatria quanto era o tempo de Elias. Nenhum santuário externo pode ser visível; não pode haver imagem para o olho, para que se apoie nela; nem milhares seguem os deuses deste mundo, - atrás de riquezas, fama, prazer e as fábulas (mitos) atraentes que permitem às pessoas seguir as tendências do coração incorrigível (recalcitrante). As massas têm uma imagem errada de Elohim (Deus) e Suas características e, assim, realmente servem a um deus falso, como também o fizeram os adoradores de Baal. Muitos daqueles que afirmam ser cristãos se uniram a influências que são imutáveis e opostas a Elohim (Deus) e Sua verdade. Assim, eles são levados a se afastar do divino e a adorar o humano.

      O espírito dominante de nosso tempo é de descrença e da degradação do credo, - um espírito de iluminação justificada por conta de um conhecimento da verdade, mas que, em realidade, é a mais cega das presunções (arrogância). Teorias humanas são aumentadas e empregadas no lugar de Elohim (Deus) e de Sua lei. Satã quer seduzir homens e mulheres para a desobediência com a promessa de que, na desobediência, encontrarão aquela independência e liberdade que os fará como deuses. Há um espírito de resistência aí, em oposição à palavra clara de Elohim (Deus), bem como uma elevação idólatra da sabedoria humana sobre a revelação divina. As pessoas permitiram que seus pensamentos se tornassem tão obscuros e confusos através da adaptação a hábitos e influências mundanas