Daphne Clair

Tempo de esperança


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Ninguém nos ouve, tonta – tinha rido ele, apertando-a com força. Estava excitado. – Vamos para algum sítio escuro?

      – Onde?

      A festa tinha lugar no salão de uma casa histórica de Melbourne.

      – Para o jardim – sussurrou Zito, roçando o lóbulo da sua orelha com a ponta da língua.

      Roxane teve que morder os lábios para não deixar escapar um gemido, como cada vez que lhe tocava. Teve que controlar-se para não cair nos seus braços.

      Sem dizer uma palavra, Zito pegou-lhe pela cintura e abriu caminho por entre os convidados para a levar para o terraço. Havia vários casais a beberem champanhe e quando desciam as escadas que davam para o escuro jardim, Roxane ouviu uma mulher a sorrir.

      – As pessoas começarão a murmurar.

      – Que murmurem o que quiserem.

      – Zito…

      Ele deteve-se.

      – Importas-te? – perguntou, parando para a beijar nos lábios.

      – Não – confessou ela quando conseguiu falar.

      Sem dizer mais nada, Zito levou-a para os arbustos próximos da sombra de uma enorme árvore. Os troncos das árvores quase ocultavam a luz da lua.

      Então, voltou a beijá-la novamente, profundamente, abrindo os seus lábios com a língua. Depois abriu o fecho do vestido. Era o género de vestido que não permitia usar soutien e a seda deslizou até aos seus pés como uma carícia.

      Zito inclinou-se e pegou no delicado tecido para o pendurar num dos troncos.

      – Tens frio? – perguntou, acariciando-a.

      – Não.

      Roxane estava a tremer, mas a sua pele ardia.

      – Agora isto – disse ele, então.

      As suas cuecas uniram-se ao vestido no tronco da árvore. Sentindo-se ridícula com apenas os sapatos, Roxane descalçou-se e uma delgada almofada de folhas secas esfriou os seus pés nus.

      De alguma forma, isso acrescentava erotismo àquela louca fuga.

      – És incrivelmente bonita – disse Zito, sem lhe tocar.

      Roxane estava a habituar-se à escuridão, mas não podia ver a sua cara, somente o brilho dos seus olhos.

      – Não me vês. Está demasiado escuro.

      – Vejo-te à luz da lua – disse ele, acariciando as suas coxas.

      O facto de Zito estar vestido e ela completamente nua era incrivelmente excitante. Injusto, absolutamente sexy.

      – És uma ninfa. Uma princesa de um conto de fadas.

      Mas Roxane sabia que era humana. Ele devia aperceber-se que o desejava, que o seu sangue ardia afogando todos os sons excepto o da sua própria respiração entrecortada.

      Lentamente acariciou os seus seios e ela arqueou as costas para receber a carícia. O calor das mãos do homem misturava-se com a fresca brisa, fazendo com que a situação fosse incrivelmente erótica. Nua no meio de um jardim, fazendo amor com o seu marido onde qualquer pessoa podia surpreendê-los…

      Zito beijou-a profundamente, a sua língua entrava e saía da sua boca com um ritmo que não deixava dúvidas. E Roxane deu-lhe as boas vindas a essa penetração, animando-a. Zito levantou-a e apoiou-a contra a árvore. Ela abriu as pernas, deixando que a penetrasse, afogando um gemido de prazer.

      – Ama-me – sussurrou. – Oh, Zito, ama-me.

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