Caitlin Crews

Unidos pela paixão


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entanto, Susannah não conseguia pensar em nada daquilo porque Leonidas estava a tocar nela. Usava a boca e as mãos. Procurou os seios e cobriu-os com as palmas. Depois, inclinou a cabeça para brincar primeiro com um mamilo e, depois, com o outro. Através do tecido do sutiã, Susannah sentiu a sua boca quente, tão chocante que se arqueou na cama. Não soube se para se afastar dele ou para se aproximar mais.

      Leonidas tirou-lhe o sutiã e, depois, repetiu o mesmo gesto, mas, daquela vez, sem que houvesse tecido entre a sucção da sua boca e a pele. Susannah nunca sentira algo parecido. Sentia-se… aberta, exposta e quente com o excesso de sensações.

      Abanou a cabeça no colchão que tinha por baixo. Agarrou-o onde conseguia, puxando a túnica branca que flutuava e sem se importar de emitir gemidos e suspiros.

      Então, Leonidas deslizou mais. Lambeu-lhe o umbigo com a língua e rodeou-lhe as ancas com as mãos grandes. E não perguntou. Nem sequer lhe tirou as cuecas. Leonidas inclinou a cabeça e deleitou-se com a boca no ponto onde mais desejo ardia nela.

      Susannah achou que ia explodir. Cada sucção que fazia entre as pernas fazia com que se sentisse como se se quebrasse e, depois, voltasse a unir-se.

      Sentiu um puxão leve na anca, ouviu um barulho e entendeu vagamente que estava a arrancar-lhe as cuecas do corpo. E, quando Leonidas voltou a baixar a cabeça, tudo mudou. Se o de antes fora uma loucura, aquilo era magia.

      Leonidas lambeu-a por dentro, saboreando-a. E, depois, Susannah sentiu os seus dedos a percorrer o calor dentro dela, compridos, duros e decididamente masculinos.

      – Meu Deus… – sussurrou Susannah, deitando a cabeça para trás com os olhos bem fechados. Pensou que ia morrer devido ao excesso da sensação. Era demasiado. Partiu-se em pedaços, mas a onda continuou.

      E continuava a dar voltas quando Leonidas se afastou dela. Conseguiu abrir os olhos e fixá-los nele, observando, enjoada, como tirava finalmente aquela camisa branca. Susannah não pôde evitar suster a respiração quando finalmente o viu.

      Tinha os músculos suaves e fortes e o corpo coberto de cicatrizes. Cobriam-lhe o peito e chegavam mais abaixo da cintura.

      – Tens muitas cicatrizes.

      Leonidas ficou paralisado. E ela não conseguiu suportá-lo. Esticou o braço e percorreu as cicatrizes a que chegava com os dedos. No peito plano. Na barriga gloriosa. Por um lado, era um espécime perfeito de macho, magro e forte. Por outro, tinha consigo a prova daquele acidente de avioneta a que todos diziam que era impossível que tivesse sobrevivido.

      Leonidas respirou fundo.

      – As cicatrizes transformam-me num monstro? – perguntou, num tom rouco.

      Susannah abriu a boca para o negar… Mas, então, viu como lhe brilhavam os olhos. E recordou. Aquele era o homem que se considerava uma espécie de deus, mesmo antes de sofrer um acidente aéreo no meio das Montanhas Rochosas e de encontrar uns seguidores que estavam de acordo com aquela ideia.

      Não pensava que fosse um monstro. E tinha a certeza de que ele também não. Susannah franziu o nariz.

      – E se for assim? Não gostarias de te gabar de ser um monstro, para além de um homem?

      E ele riu-se. Deitou a cabeça para trás e riu-se sem parar. Algo atravessou Susannah, medo e reconhecimento. E algo mais que não foi capaz de identificar.

      Pensou que se devia a ser muito bonito. Isso não podia negar-se. Com aquele cabelo preto espesso com algum reflexo dourado e muito mais comprido do que antes. Aqueles olhos escuros e leoninos que ardiam e derretiam ao mesmo tempo. A sua altura e a sua força, que eram evidentes em tudo o que fazia, mesmo estando sentado num trono caseiro numa sala branca.

      Mas havia algo mais, algo relacionado com a perfeição sensual do seu rosto. O modo como as suas feições pareciam esculpidas com precisão, unidas como uma amálgama. A mãe grega. O pai espanhol. Os avós brasileiros por um lado e franceses e persas por outro.

      Parecia um deus. E, quando se riu, Susannah sentiu-se tentada a acreditar.

      – Tens toda a razão – concedeu Leonidas, depois de um longo instante. – Não me importo nada. Monstro, deus, homem. Para mim, é tudo igual.

      E, dessa vez, quando se inclinou sobre ela, Susannah já estava a tremer. Era um tremor interno e profundo, como se uma alegria terrível estivesse a destruí-la de dentro para fora. Uma parte de Susannah queria aquilo, mesmo que tivesse medo, portanto, precipitou-se para os seus braços.

      Leonidas mexeu-se. Tirou as calças e, depois, pôs-se entre as suas pernas. Puxou-lhe as pernas para as ancas enquanto Susannah tentava acalmar o redemoinho da mente o suficiente para se acomodar a ele.

      E, depois, já não importou porque Leonidas a beijou. Beijou-a várias vezes até se sentir marcada. Possuída, finalmente. Não pôde evitar questionar-se como sobrevivera durante todo aquele tempo sem ele. Sem aquilo. Em algum canto do seu cérebro, soube que devia dizer-lhe.

      Podia dizer: «Sou virgem. Aviso, o nosso casamento foi realmente branco.» Talvez se risse outra vez ao saber que uma mulher da sua idade continuava a ser pura. Independentemente do que fizesse, acreditasse ou não, tinha de saber. Mas Susannah não se sentiu capaz de pronunciar aquelas palavras.

      E, além disso, esqueceu o assunto quando as mãos de Leonidas voltaram a agarrar as suas ancas e lhe puseram o corpo por baixo do dele de um modo ainda mais incisivo, como se quisesse tomar as rédeas da situação e fazê-lo à sua maneira.

      Talvez isso bastasse. Tinha de bastar porque, então, sentiu-o. Forte e duro naquela parte dela em que nenhuma pessoa tocara antes.

      Então, sentiu um calafrio diferente. Como um pressentimento. Ou um desejo selvagem que nunca experimentara, apertando-a como se estivesse presa num punho gigante. Abriu a boca novamente para dizer o que não queria dizer, para se certificar de que ele não…

      Mas Leonidas penetrou-a com profundidade e segurança.

      Susannah não pôde controlar a resposta. Não pôde fingir. Era uma dor profunda, como um rasgo que queimava, e o seu corpo tomou o controlo e agitou-se contra ele como se as suas ancas tentassem livrar-se dele por vontade própria. Não pôde controlar o pequeno grito que surgiu da sua garganta, carregado de dor e de um impacto que não conseguiu esconder.

      Contudo, no momento em que lhe escapou, lamentou não se ter contido. Leonidas ficou muito quieto em cima dela. Com os olhos fixos nela. E, mesmo assim, conseguia senti-lo ainda, no mais profundo do seu interior, enchendo-a e esticando-a, fazendo-a sentir em lugares que nunca pensara que faziam parte do seu próprio corpo. Estava com falta de ar.

      – Passou muito tempo, garanto-te – disse Leonidas, num tom tenso. E talvez um pouco furioso ao mesmo tempo. – Mas não devia doer.

      – Não dói – mentiu ela.

      Leonidas observou-a durante um bom bocado. E, depois, sem mudar a intensidade do seu olhar, levantou a mão e limpou, com suavidade, uma pequena lágrima que lhe escapara sem que se apercebesse.

      – Volta a tentar.

      Susannah não queria mexer-se, mas estava a passar-se alguma coisa que não conseguia entender. Uma espécie de pulsação entre as pernas que não conseguia controlar. Voltou a experimentar o movimento das ancas contra as suas, mordendo o lábio inferior enquanto se esfregava.

      – É delicioso.

      – Estou a ver. As lágrimas sugerem-no. E o facto de estares a franzir o sobrolho não deixa lugar para dúvidas.

      Era verdade que Susannah tinha o sobrolho franzido, mas não se apercebera.

      – Tenho uma notícia para ti – conseguiu dizer. – O facto de as pessoas beijarem literalmente o chão em que pisas não significa que saibas ler o pensamento. E muito menos o meu.

      – Podes contar a ti própria o que quiseres, pequena – murmurou ele.

      E aquilo devia tê-la zangado, mas não foi assim. De qualquer