limão, e nhoque com molho picante e ervas aromáticas. E aqui temos a felicidade de poder experimentar maltagliati com kimchi e guanciale, uma carne italiana curada das bochechas do porco e, para a sobremesa, podemos fechar com torta de pêssego assada em panela de ferro com sorvete de leitelho. Tudo isso não é delicioso?
O discurso inteiro soou como grego para Tess. Ela começou o seu hambúrguer e lançou um olhar de dúvida a ele.
- Se você acha, Jake...
- Tess, seu entusiasmo é como uma ducha gelada para mim. Com o tempo, eu esperava conseguir ampliar o seu repertório gastronômico.
- Já tentamos isso, Jake; eu não ligo para comida chique.
- Ãs vezes fico pensando que você gostaria de comer bife todos os dias, mesmo sabendo que ele entope as suas artérias.
- Como verduras e salada na maioria das vezes.
Jake fez um gesto teatral, pondo as mãos na cabeça.
- E eu continuo tentando seduzir minha amada com esplêndidos repastos, todavia sem o mais tênue sinal de sucesso.
Tess sorriu.
- Você me seduziu há muito tempo, mas sou capaz de mudar de ideia se continuar tentando me alimentar com coisas estranhas.
- Isso me leva ao pináculo do desespero! â exclamou Jake, imitando um ator dramático. - Eu até poderia me consolar impedindo que todo este delicioso repasto fosse parar no lixo.
- Vá com tudo, meu bem. Receio que a comida seja a fonte da incompatibilidade entre nós. Eu lhe daria um fora se você não fosse tão gostoso.
- Acolho qualquer elogio que venha de você, mesmo que seja indireto.
Jake, embevecido, saboreava seus acepipes.
Depois de algum tempo, Tess levantou-se, empurrou a cadeira de Jake sobre os rodÃzios e sentou-se no seu colo, abraçando-o pelo pescoço. Quando ela fazia isso, só poderia significar uma coisa, para deleite de Jake.
Tess o beijou.
- Hum, seu gosto não é nada mau, levando em conta o que andou comendo. Agora, será que posso tirá-lo do banquete de coisas nojentas para vir brincar comigo?
- Nem preciso pensar.
Jake rapidamente desabotoou a blusa dela e tirou-lhe o sutiã.
- Gosto muito deles. Pôs a boca sobre seu mamilo direito.
Tess suspirou. Entre lambidas, Jake não resistiu e disse:
- Há um único pecado que Deus não perdoa, que é negar o prazer a uma mulher que tem desejo.
Tess reclinou-se para trás, apreciando intensamente a brincadeira de Jake em seu peito.
- Zorba, o grego?
- Um sábio filósofo. - disse Jake em meio à s carÃcias com a lÃngua. - Ele sabia descrever exatamente como é o paraÃso.
- Vamos para a cama, Jake.
- Por que não ficamos aqui? Ouse sair da rotina, meu bem.
- Vamos para a cama.
Tess tomou Jake pela mão e tomou o rumo do quarto. No caminho, foram deixando cair suas roupas, iniciando o ato de amor.
Jake deitou-se de costas na cama. Tess se esgueirou entre as pernas dele, e começou a lamber seu obelisco intumescido. Ela adorava segurá-lo nas mãos, acariciá-lo lentamente e admirar a macheza incircuncisa de Jake. Ela sempre apreciara o belo instrumento de Jake, e lentamente o acolheu dentro da sua boca, suas carÃcias sedosas arrancando suspiros de prazer do parceiro. Ela então se afastou e lambeu o comprimento inteiro do membro, até ficar excitada também. Passou para cima dele e abraçou-o entre suas pernas. Descendo sobre ele, recebeu-o dentro de si, até que ele desapareceu dentro dela. Ficou parada um pouco, sentido frêmitos de prazer. Então ela se moveu para cima e para baixo, de olhos cerrados, sentido o prazer tomando conta de si. Repentinamente um orgasmo sacudiu seu corpo inteiro, e ela gemeu de prazer.
Jake permaneceu imóvel, contemplando a mulher a quem dera prazer. Ele adorava fitá-la, seu corpo ágil e atlético se mexendo em cima dele, sabendo que ele era o instrumento daquela felicidade.
Tess caiu dobre o peito dele e o beijou.
- Possua-me, Jake. Agora.
- Não precisa se afobar. Vamos brincar um pouco.
- Goze dentro de mim, eu quero!
Jake a ajudou a deitar-se de costas, passou para cima dela, e voltou a penetrá-la. Tess estava pronta para lhe dar o que ele queria, mas Jake ainda estava longe de chegar ao clÃmax, que nem era tanto o que ele queria. Seu desejo era quase voyeurÃstico. Ele adorava ser o instrumento do deleite de Tess. Gostava da tensão no corpo dela, de senti-la por dentro com a sua masculinidade, a ascensão gradual da sua paixão culminar em espasmos de prazer. Só então ele faria a sua parte, depois de poucos lances.
Depois, Tess manifestou sua queixa habitual.
- Por que não goza junto comigo, Jake? Por que precisa tanto esperar eu terminar?
Jake a beijou.
- Porque para mim é mais importante dar prazer a você primeiro, sentir o seu corpo tremer, saber que estou lhe dando esse prazer.
- Você não emite um único som quando goza. Ãs vezes chego a pensar que me amar é só mais uma tarefa para você.
- Queria que você parasse de dizer bobagens e me deixasse lhe dar prazer.
Pouco depois adormeceram, abraçados.
Jake acordou no meio da noite, e resolveu tomar um copo de leite. Sentado na escuridão da sala, ele se achou um homem de sorte por ter uma mulher como Tess, embora à s vezes desejasse que ela o deixasse tomar a iniciativa em muitas coisas. Tess tinha uma personalidade controladora e, de muitas formas, dominava o relacionamento. Era sempre ela quem iniciava as atividades amorosas, e fazia questão de que fosse do jeito que ela queria. No inÃcio do relacionamento, Jake tentou iniciar o ato sexual, mas Tess logo o fazia desistir, se ela não estivesse com vontade.
Para uma mulher tão bonita e em boa forma, Tess era muito inibida. Certa vez Jake a erguera na bancada de granito da cozinha, e fizera amor com ela, em pé. Ele queria ver o corpo dela diante de si enquanto lhe dava prazer. Seu momento supremo era vê-la deitada de costas enquanto ele a levava ao clÃmax. Mas o seu próprio prazer não era importante; ele apreciava mais o processo do que uma satisfação rápida, porque sabia como tudo iria terminar. Todavia Tess não gostava de se expor. Cobriu os seios com as mãos, para sinalizar que estava se sentindo vulnerável. Ela nunca mais o deixou fazer amor daquele jeito.
Embora o casal tivesse se habituado a uma rotina, Jake não se importava muito com isso. Tess se sentia suficientemente sensual, e jamais deixara de lhe dar montes de prazer. Ele não tinha muito do que se queixar, ponderou. Não tinha o menor apreço por perversões sexuais, coisas bizarras. Queria apenas se deleitar com Tess, seu verdadeiro amor. Agradá-la era a coisa mais importante do mundo, embora às vezes desejasse vê-la disposta a dialogar sobre fazer as coisas de um modo diferente.
Afugentou esse pensamento da mente, voltou para a cama, e se encaixou perto dela, para sentir aquele maravilhoso perfume e tocar sua pele macia. Depois de ter feito amor, uma boa noite de sono deixava tudo melhor.
4. FAZENDO MÃSICA
A
s ValquÃrias se reuniam no apartamento de Tess em Nova York. Tess dedilhava o piano, experimentando alguns trechos de uma música que ela e as garotas iriam tocar no próximo mês. O perfeccionismo