Brenda Trim

Guerreiro Dos Sonhos


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em seu rosto. Ela precisava mudar o rumo de sua imaginação. Ele não era seu amante, e nunca seria.

      — Para você, minha doce lady E. Espero que isso traga um sorriso aos seus lábios deliciosos — prometeu Zander.

      Ela permaneceu sentada, atordoada, enquanto ele beijava novamente seu rosto. Ele hesitou, esperando que ela levantasse a cabeça. Covarde como era, ela balançou a cabeça e se manteve cabisbaixa. Ele permaneceu assim, perto dela, por mais alguns segundos antes de se endireitar e pegar um prato. Ela levantou a cabeça e observou quando ele começou a enchê-lo de comida, invejando seu apetite saudável.

      Ela encontrou o olhar questionador da irmã e deu de ombros; em seguida, voltou sua atenção para o pacote brilhante.

      — Obrigada pelo presente, mas você não deveria… — murmurou ela.

      — Bobagem. Isso não é nada. As bebidas estão prontas, mas concordo com sua irmã. Eu me sentiria melhor se você tivesse algo no estômago antes de beber. Posso pegar um pouco de comida para você?

      A decepção com a notícia ainda estava no estômago dela como uma pedra. Seu propósito na vida havia sido caçar e matar o vampiro que assassinou Dalton, mas agora tudo havia terminado.

      — Só uma bebida, por favor. Prometo comer, mas preciso de uma bebida — explicou ela, quando viu a expressão séria dele.

      Sentindo-se estranha com o pacote no colo, ela espiou dentro dele e retirou o papel de seda verde, vendo várias caixas pequenas. Uma fragrância almiscarada e amadeirada saiu da bolsa. Era o perfume masculino de Zander, e isso a deixou enlouquecida. Sua pele se retesou, enquanto um zumbido percorria seu corpo. Sua cabeça girou. Onde estava aquela bebida?

      Ela agarrou o papel, lutando contra uma onda de calor. Se não estava enganada, ele estava bastante interessado nela. Ela passou os olhos nele, e a luxúria havia retornado aos olhos dele. Aquilo a atingiu, e ela corou intensamente. Estava em território desconhecido. Ela e Dalton haviam sido namorados no colégio, e ela não sabia como lidar com a situação.

      Optando por ignorar Zander, ela pegou a primeira caixa e levantou a tampa. Todas as caixas continham chocolates gourmet. Hmmm, ela adorava doces. Antes de se permitir, ela encontrou o olhar de Zander e sentiu um aperto estranho ao ver que os olhos dele não revelavam nada. Ela se levantou com pernas trêmulas e deu três passos até parar na frente dele. Precisou esticar o pescoço para olhá-lo.

      — Você dá doces caros a todos os seus amigos? Nesse caso, estou feliz que nos tornamos amigos. Obrigada. — Ela ficou na ponta dos pés e esticou os braços, envolvendo o pescoço dele, e o abraçou. Cada músculo do corpo dele se retesou e ela se preocupou em tê-lo ofendido, até que ele relaxou e segurou suas costas. Zummm!

      Sua irmã pigarreou bem alto atrás dela. Largar Zander lhe era surpreendentemente difícil. Ela o soltou e tentou se virar, mas não conseguiu se mover. Zander ainda a segurava. Ela o olhou nos olhos e murmurou:

      — Você precisa me soltar agora.

      Uma das sobrancelhas dele se ergueu, ao mesmo tempo em que ele dava um sorriso enviesado.

      — Eu? Não estou acostumado a seguir ordens. Normalmente, sou eu quem as dá. — Ele riu, piscando para ela, e afrouxou o abraço.

      Ele pegou o prato de comida que havia colocado na mesa e ela bateu em seu braço.

      — Bem, você não é o Sr. Mandão? — provocou ela, sorrindo, e, em seguida, virou-se para a irmã e pegou a bebida que ela estava lhe entregando. — Obrigada, mana. E prometo que vou comer. Na verdade, pretendo começar com esses chocolates.

      Ela tomou um gole da bebida e pegou uma caixa. Colocou um chocolate na boca. Delicioso. Chocolate e tequila, sua combinação favorita. Ela bebeu e observou os homens interagirem com sua irmã por vários minutos.

      Orlando parou ao lado dela e pegou seu copo vazio.

      — Você gostaria que eu recarregasse isso? — Um homem que combinava com ela, e nem mesmo reclamava por ela não comer.

      Ela sorriu para ele e respondeu:

      — Sim, obrigada. — Uma agitação agradável vibrava em seu corpo graças ao estômago vazio.

      Ela pegou os chocolates e foi para a sala. Um caramelo de baunilha levemente salgado a tentava.

      — Mmmm — gemeu ela, enquanto comia, fechando os olhos e saboreando o doce. Eles se abriram quando a almofada ao lado dela afundou. Zander havia se juntado a ela no sofá-cama. Uma rápida olhada ao redor disse que Cailyn estava conversando com Santiago do outro lado da pequena sala e Orlando estava na cozinha. De repente, seu apartamento lhe pareceu ainda mais apertado.

      Distraindo-se da presença dele, ela pegou um chocolate com mel, açafrão e lavanda e deu uma mordida. Não tão bom quanto o de caramelo. Ela enfiou as pernas embaixo do corpo, sentando-se de pernas cruzadas e se virou para Zander.

      — Você mencionou que dá ordens. O que faz?

      Ele pousou o garfo e colocou o braço na parte de trás do sofá-cama.

      — Eu chefio uma grande… corporação. Lidamos com segurança e proteção. O que você faz? Na outra noite, você apenas disse ser estudante. Você também trabalha?

      Ela deu uma mordida em um chocolate com pimenta. Argh, ela colocou a porção não comida de volta na caixa. Não queria ser rude, mas tinha um gosto horrível. Onde estava sua bebida?

      — Orlando, onde está aquela bebida? — Ele lhe entregou no exato momento em que a pergunta saiu de seus lábios. Ela tomou um bom gole e a bebida dissipou o sabor. Pimenta e chocolate eram uma combinação horrível. — Sou garçonete no Earl's. É perto da Universidade de Washington, e o horário combina com minhas aulas — respondeu ela, pegando mais doces.

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      * * *

      Zander observou Elsie comer outro caramelo. A maneira como ela expressava seu prazer e fechava os olhos era enlouquecedora. Ele cerrou o punho e tomou um gole de sua margarita. Precisava se acalmar. Um banho em uma banheira de gelo poderia ajudar.

      — Você gostou deles — observou ele. Aquela mulher transformava o ato de comer doce em algo sensual. Ela o estava deixando louco.

      O que o havia dado nele para lhe trazer chocolates? Foi simples depreender dos pensamentos dela o amor que ela sentia por doces durante o último encontro, e ele foi compelido a comprar para ela o melhor que existia. Querido Destino, ele estava flertando com uma humana. Era um erro e ele precisava parar de persegui-la. Não precisava dos problemas que acompanhavam seres da espécie dela.

      — Hmmm, estes são incríveis. Meus favoritos são os caramelos de baunilha salgados. Os outros são… únicos. Mas, eu poderia viver apenas com esses caramelos — gemeu ela, em êxtase, enquanto comia outro.

      Ela tinha uma gota de caramelo no lábio que ele desejou lamber. Ele ansiava por saborear vários lugares do corpo delicioso dela também. Aquilo não estava ajudando a acalmar sua intensa ereção. Suas presas desceram pela centésima vez desde que havia entrado no apartamento dela, o que só piorava as coisas.

      Elas ansiavam por afundar na carne dela para provar o seu sangue. Era um desejo além de seu controle. Muitos meses haviam se passado desde que foi capaz de se alimentar adequadamente, e ele precisava desesperadamente de sangue. A repulsa que ele veria nos olhos dela o impedia de agir.

      — Você ganhará um pouco todos os dias então — declarou ele, ignorando seu bom senso. Verdade fosse dita, ele compraria a maldita loja só para ver a alegria no rosto dela.

      Elsie terminou sua segunda bebida e estava balançando o copo da direção de Orlando. Ela já tinha o guerreiro na palma da mão, já que ele saltou para encher o copo dela. E ela o chamava de mandão.

      — Uh, odeio dizer isso, Sr. Mandão. Mas você não pode dizer isso. E, definitivamente, não pode me comprar doces todos os dias. — Ela