Como podia dizer que a amava se nem sequer tentava entendê-la? Restituir os cem mil dólares era importante tanto para recuperar o seu fideicomisso como para demonstrar-lhes que era capaz de fazer algo bem.
– Vou conseguir esse dinheiro.
Nathan encolheu os ombros.
– Achas que o podes conseguir em cinco semanas?
Falava como o seu pai. Quando olhava para ela, só via o fracasso. Teria uma surpresa quando visse que era uma pessoa capaz de trabalhar para viver.
– Vou apresentar as minhas joias numa exposição e, com um pouco de sorte, vendo-as todas.
Naturalmente, não lhe contou que não tinha suficientes peças e que para comprar materiais teria de utilizar o dinheiro que tinha no banco. Para que é que lhe ia contar isso?
– Tenho a certeza que fazes joias muito bonitas – disse Nathan, com um tom condescendente que a fez apertar os punhos. – Mas não pensarás ganhar trinta e cinco mil dólares numa feira.
– Posso fazê-lo – afirmou Emma. – Vais ver.
– Muito bem, o que tu disseres. Mas podes mudar-te para minha casa enquanto te arranjam a casa de banho.
– Mudar-me para tua casa? Não, nada disso.
– Não vou deixar que fiques – disse ele, impaciente. – Vou procurar alguém que venha tirar o mofo e pôr um chuveiro. Não acredito que demore mais do que duas semanas. Entretanto, podes ficar na minha casa.
– Agradeço a tua ajuda, mas não penso alojar-me na tua casa.
– Porquê? Tens medo de gostar demasiado?
A pergunta despertou-lhe lembranças da passagem de ano, lembrando-lhe como era fácil sucumbir outra vez.
– Não tenho medo nenhum – disse, cruzando os braços.
Mas tinha pois.
Desejava que voltasse a beijá-la, que lhe roubasse a compostura, como fazia sempre. Como seria ficar a dormir entre os seus braços? Perguntou-se. E acordar de manhã apertada contra o seu corpo?
Só de pensar nisso ficava a tremer. Se caísse na armadilha, nunca seria capaz de escapar…
– Eu acho que sim – Nathan esboçou um sorriso irónico. – Que tentas demonstrar, Emma? Ambos sabemos que não és uma rapariga independente. Serás mais feliz quando fores casada e tiveres alguém a cuidar de ti. O teu pai também o sabe, por isso está tão decidido a que assentes a cabeça.
Emma voltou a apertar os punhos. Quando era pequena e brincava com as suas bonecas, imaginava que se apaixonavam e viviam felizes para sempre. Aos dezoito anos tinha toda a sua vida planeada: quando terminasse o curso ia casar-se com um homem que estaria louco por ela e teria o seu primeiro filho três anos depois. Entre sair com os amigos, organizar jantares e acudir a eventos benéficos, seria absolutamente feliz. Mas o seu ex-noivo, Jackson, tinha destruído esse inocente sonho.
Ter de mostrar-se precavida para não voltar a cometer esse erro enquanto, ao mesmo tempo, desejava lançar-se de cabeça era uma guerra esgotante. Quanto mais lutava, mais convencida estava de que devia ser sensata. Deixar-se levar pelas emoções era coisa do passado. Até que Nathan Case apareceu na sua vida.
– Pensei que entendias que não vou casar-me contigo por teres feito um acordo com o meu pai – disse-lhe, deixando a tigela no lava-loiça. – Casar-me-ei algum dia, imagino, mas quando quiser e com quem quiser.
Nathan deu um passo em frente para lhe agarrar a cara com as mãos e, ao tocar-lhe, Emma sentiu que se derretia.
– Casa comigo – disse. – Não o lamentarás.
Emma agarrou-se à camisola dele, sem saber se devia agarrar-se a ele ou empurrá-lo.
– Nathan… – não sabia se queria que continuasse ou que parasse.
E ele, aproveitando esse momento de indecisão, inclinou a cabeça para roçar os seus lábios. Emma perdeu-se na carícia, deixando escapar um suspiro.
Apertava-a com tal força contra o seu peito que os seus corações praticamente batiam em uníssono e Emma enterrou os dedos no seu cabelo enquanto ele deslizava as mãos pelas suas costas, fazendo com que estremecesse dos pés à cabeça.
Mais ninguém conseguia fazê-la sentir-se assim.
Era como se a terra se afastasse. Proteger-se a si mesma no porto seria o mais sensato, mas era demasiado tarde porque estava perdida num mar de paixão. Esperava que Nathan a guiasse de volta a casa.
Esquecendo-se das promessas que tinha feito a si mesma, abraçou-o e rendeu-se à força da paixão.
Apertando-se contra ela, Nathan fê-la ver quão excitado estava, despertando uma ânsia que só podia ser saciada por ele.
– Emma… – sussurrou Nathan. – Olha para mim.
Perder-se nas sensações era mais fácil com os olhos fechados, assim podia acreditar que a acariciava com emoção além de desejo.
– Não acho que seja uma boa ideia.
– Não podes fugir disto.
Não, mas podia esconder-se.
Emma suspirou enquanto abria os olhos, por fim. A expressão que viu nos olhos de Nathan deixava claro que a queria devorar.
– Não vou a lado nenhum.
Não o podia fazer. O seu desejo por ele fazia-a sentir-se como se estivesse numa jaula.
– Ainda bem.
Quando se inclinou para beijar o seu peito, Emma inclinou a cabeça para trás, tão excitada com a carícia como por ver o que lhe estava a fazer.
Nathan meteu a mão sob o elástico das calças do pijama e ela deixou escapar um gemido, movendo as ancas para que ele soubesse o que ela queria.
– Toca-me – suplicou. O orgulho e as dúvidas voavam pela janela de cada vez que aquele homem a tocava e tremeu quando os seus dedos deslizaram dentro dela.
– Sim, querida, assim – sussurrou Nathan, procurando a sua boca. – Deixa-te ir.
Emma movia-se contra a sua mão, procurando um prazer que estava ao seu alcance, todos os seus sentidos centrados no homem que lhe dava prazer. Chegava-lhe o aroma da sua colónia masculina e sabia a canja e a cidreira, pensou enquanto ele murmurava eróticas palavras ao seu ouvido.
Ah, o prazer, o indescritível prazer que ameaçava arrancar-lhe a cabeça quando estalasse. Emma estava ofegante, murmurando o seu nome enquanto chegava ao clímax, com Nathan a beijá-la ao mesmo tempo, levando o seu fôlego, capturando o seu prazer.
Quando a neblina desapareceu do seu cérebro, Emma levantou-lhe a camisola para tocar na sua pele e ele ajudou-a a tirá-la de uma só vez. Sem dizer nada, explorou a masculina textura do seu tronco, suspirando. Desejava sentir esse tronco sobre os seus peitos…
Nathan devia pensar o mesmo porque murmurou:
– Nua, preciso de ti toda nua.
– Sim, sim…
Algo brilhou nos olhos de Nathan naquele momento. Satisfação? Triunfo?
– Não podemos ir tão rápido – disse, com voz rouca. – Queres que o façamos aqui ou na cama?
– Na cama – sussurrou Emma. Mas quando tentou ir ao quarto descobriu que as suas pernas mal se aguentavam de pé.
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