Amy Blankenship

Corações Em Fúria


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deu um passo na frente de Suki protetoramente.

      - Isso não é Toya. - assobrou ele enquanto segurava a sua arma com tanta força que seus dedos ficaram brancos. Ele precisava encontrar uma maneira de tirar Toya do seu estado de espírito atual antes que as coisas fossem longe demais.

      - Não tenho medo do lado demoníaco de Toya. - disse Kamui e franziu a testa e começou a fazê- lo com toda a intenção de tirar Kyoko do seu irmão. Ele foi parado quando Suki agarrou um braço e Shinbe agarrou seu outro.

      - Não, Kamui! - gritaram em uníssono.

      O coração de Suki batia rápido por medo de ambos os amigos.

      - Maldito Hyakuhei e as suas maldições! - Ela tentou mais uma vez fazê- lo entender. - Toya, ela vai odiar se a levares enquanto ela não sabe o que ela está a fazer. Por favor, controla- te.

      O olhar de Toya voltou- se contra Suki com raiva enquanto as palavras lentamente alcançavam através da neblina do desejo e penetravam o seu subconsciente. A cor perigosa recuou dos seus olhos, voltando- os para o ouro líquido.

      Ele relutantemente retornou a sua atenção para Kyoko com o coração despedaçado. Ele quase perdeu de novo quando ela se pressionou para baixo, aquecendo o calor através da sua ereção dura como uma rocha.

      Os olhos de Kyoko estavam vidrados com paixão desenfreada e ele podia sentir o cheiro da sua necessidade. O olhar de Toya suavizou na compreensão. Ela estava à espera por dele fazer amor com ela. Ela queria tanto isso quanto ele a queria.

      Era tudo o que ele podia fazer para não agarrá- la e sair com ela. Mas com toda a força de vontade que ele tinha nele, ele entendeu a verdade das palavras de Suki. Kyoko odiá- lo- ía. Ele já a tinha beijado contra a vontade dela, e agora isso?

      Toya gentilmente empurrou- a dele e levantou- se, mas ela não tinha fechado os olhos para o olhar rejeitado que ela estava agora a dar. Kyoko não entendia por que ele a estava a deixar. Ela estendeu a mão para segurar a sua camisa, querendo que ele ficasse. Parecia que o mundo dela iria quebrar se ele a deixasse.

      - Toya, por favor, eu amo- te. - Os seus olhos da cor de neblina como ela tentou fazê- lo olhar para ela. Ela sussurrou com uma voz confusa:

      - Não me deixes.

      Toya tinha congelado no lugar, incapaz de se afastar da sua mão. Ele tentou lembrar a si mesmo que ela teria dito a mesma coisa a Hyakuhei se ele não tivesse quebrado a barreira antes que ela desaparecesse naquele vazio. As suas garras cavaram nas palmas das mãos até sangrar e ele tentou concentrar- se na dor para ajudar a estabilizar a sua força de vontade.

      Suki veio por trás de Kyoko e segurando- a, ela olhou para Toya.

      - Talvez devesses ir embora por um tempo até que o feitiço passa e ambos estão sob controlo novamente.

      Ela acenou com a cabeça em direção às árvores, esperando que ele escutasse uma vez. Toya pendurou a cabeça... o seu cabelo escuro mal escondendo a necessidade dos olhos de todos que viam. Deus, ele queria reclamá- la, queria marcá- la ali mesmo e então..., mas Suki estava certa, Kyoko não estava em si agora.

      Ela só o odiaria por isso mais tarde e ele não queria isso. Ele cerrou os dentes com a contenção. Se ele pegasse Kyoko como se fosse sua, nunca a devolveria. Ela seria dele... para a vida toda. Suki engasgou com o olhar no rosto de Toya quando ele finalmente levantou a cabeça para olhar para Kyoko.

      Era um olhar de iluminação e quase não suprimia a fome... a prata dentro dos seus olhos combinava com os destaques de prata do seu cabelo liso da cor de ébano. Ele deu um passo à frente, os seus olhos apenas para Kyoko enquanto ele se inclinava, gentilmente beijando- a nos lábios antes de sussurrar as palavras "Sinto muito" contra eles. Então, com todo o autocontrolo que ele mantinha dentro deoseu corpo, ele virou- se e desapareceu na floresta.

      Suki suspirou quando Kyoko começou a chorar. O seu pequeno corpo tremia enquanto chorava. Ela colocou a mão no ombro de Kyoko e olhou para Shinbe sem saber o que fazer.

      O seu lábio inferior tremia quando ela notou que as costas de Shinbe estavam agora voltadas para eles e os seus ombros estavam tensos. Kamui também se tinha tornado muito tranquilo; não pensando mais que era engraçado. Havia muita verdade por trás desta situação e estava a partir o seu coração.

      *****

      Kyou inalou o ar que tinha apenas um momento atrás segurado o fedor da desova do seu inimigo. O cheiro tinha mudado rapidamente quando o sol voltou e ele podia sentir o cheiro da sacerdotisa.

      O seu cheiro desprendeu- se dele, carregado pela brisa, mas ele também podia detectar o cheiro inconfundível das suas lágrimas. Seguindo o cheiro agridoce, ele procurou por ela. Ele não queria que ninguém a perturbasse e, por alguma razão, o pensamento dela chorar fez a sua raiva vir à tona.

      O que ela tinha caído para trazer lágrimas aos seus olhos de esmeralda? O seu rosto calmo não mostrou emoção, mas o seu instinto protetor veio à tona enquanto ele voava na direção de onde o cheiro de Kyoko vinha. Toya não tinha ido longe quando sentiu alguém a aproximar- se.

      Ele deu um assobio raivoso... com muita inquietação. O cheiro de Kyou ficou cada vez mais perto. Estava sem pressa e calmo quando passou por cima dele, movendo- se na direção de Kyoko.

      Com um rosnado, Toya virou- se e correu de volta para onde ele deixou Kyoko e os outros. Em poucos segundos fugazes, Kyou olhou friamente para o grupo de uma altura onde ele não seria detectado.

      A mulher-criança estava de joelhos a chorar enquanto a caçadora de demónios estava a colocar a mão no seu ombro, tentando confortá- la. Shinbe e Kamui pareciam calmos e só ficavam a observá- los à distância. Ele podia sentir o cheiro de Toya, mas não podia vê- lo em qualquer lugar. Ele também podia sentir o cheiro do desejo de Toya ainda pendurado no ar.

      Certamente, o seu irmão estúpido não tentou magoar a rapariga. Kyou silenciosamente queria que Kyoko olhasse para ele, enviando o pensamento na sua mente enquanto ele olhava para ela calmamente, sem emoção visível.

      O seu coração bateu mais rápido quando ela levantou um rosto sofrido para o seu olhar. Kyou olhou friamente para baixo para aqueles que estavam ao seu redor. Todos os olhos se voltaram para ele quando a sua voz desceu do ar.

      - Quem ousou magoar essa rapariga?

      A sua voz calma desmentia o perigo em que estavam... porque quem a tivesse magoado, pagaria.

      Capítulo 4 "Sentimentos Perigosos"

      Kyoko olhou para cima ouvindo a voz em sua mente dizendo- lhe suavemente para fazê- lo. As suas lágrimas refletiam a luz como diamantes brilhantes enquanto ela observava Kyou flutuar sobre ela e ela enviou- lhe um sorriso adorado. Suki, tenso com a pergunta mortal de Kyou, olhou para ele. Ela balançou a cabeça:

      - Não foi nenhum dos guardiões que a magoou. Foi o seu tio Hyakuhei. Ele tinha um feitiço lançado sobre ela.

      Suki ajustou os ombros, com raiva dele por acusá- los de ferir Kyoko.

      - Matamos o demónio que lançou o feitiço para que Kyoko fique bem dentro de algumas horas.

      Ela entrou na frente de Kyoko, tentando bloquear a sua amiga da vista de Kyou. Depois que Kyoko contou a ela mais cedo sobre Kyou beijá- la... Bem, ela não queria que Kyoko tivesse qualquer ideia agora. Ela a deixaria beijar Shinbe primeiro se chegasse a esse ponto, e então ela bloqueou a sua visão e cruzou os braços no seu peito como se estivesse de guarda.

      Kyou sorriu friamente para Suki, mas os seus olhos estreitaram- se, o que enviou um aviso no coração de Shinbe. Ele aproximou- se para ficar ao lado de Suki, aumentando o bloqueio da visão de Kyoko sobre o seu poderoso irmão, mas também para chamar a sua atenção de Suki e sobre ele.

      Kamui ficou silenciosamente atrás de todos eles e começou a seguir em frente para se juntar a eles, mas Kaen pisou na frente dele vindo do nada em aviso. Ele olhou para os espíritos do fogo de