garganta quando ela se virou para ver de quem era a mão.
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Kyou saiu da escuridão quando viu o servo de Hyakuhei do outro lado da vidraça. Ele sabia do menino enganador. O mais jovem que parecia tão inocente era muitas vezes o mais mortal.
Avançando atrás de Kyoko, seus olhos sangraram e suas presas se alongaram, deixando o fantasma do menino saber que ele não morderia essa garota sem perder sua própria vida imortal.
A mão de Kyoko se acalmou na porta sem ter certeza se queria abri-la. Algo sobre o jovem estava realmente lhe dando medo. Assim que ela começou a dar um passo para trás, uma mão pesada saiu do nada e agarrou seu ombro. Um grito aterrorizado subiu sua garganta enquanto se virava para ver quem era.
Kyoko esqueceu de respirar quando olhou para os olhos dourados. Os longos cabelos brancos moldavam o rosto e os ombros. Ele era poucos anos mais velho e seu cabelo estava perdendo a cor escura em meio às mechas prateadas, mas ele quase se parecia...
â Toya? â sussurrou Kyoko hesitantemente, sabendo que estava errada, mas o mais importante, por que o salão estava girando?
Assim que seus olhos se chocaram, Kyou sentiu-se atraÃdo por eles. Ela estava olhando para ele como se ela o conhecesse. Mas isso não era tão perturbador quanto ela sussurrar o nome de seu irmão morto. Os braços dele a envolveram, vendo-a ficar tonta sob a influência do lÃquido contaminado que ela havia consumido anteriormente.
Quando suas mãos deslizaram por sua pele nua, onde sua blusa era muito curta para cobrir, ele sentiu uma agitação dentro de seu sangue de vampiro, sussurrando para que ele a protegesse.
A visão de Kyoko não estava boa o suficiente agora. Parecia desafiar sua vontade quando o homem começou a ficar desfocado enquanto ela olhava para ele com curiosidade. Mesmo não conseguindo ver bem, ela ainda podia sentir o corpo dele apoiando-a.
Elevando os dedos para tocar no rosto dele, ela falou:
â Você não é o Toya. Quem é você? â Antes que ela pudesse obter uma resposta, Buda ou qualquer outro deus que continuasse fazendo piada com ela apagou as luzes e ela mergulhou no inconsciente.
Kyou a apertou fortemente quando o corpo dela ficou imóvel em seus braços. Ela desmaiou, mas pelo menos não foi nos braços de um inimigo. Sua cabeça caiu para trás, expondo a suave curva alva de sua garganta e Kyou lutou contra seus instintos. Ele silenciosamente se perguntou se ela não estava mesmo nos braços do inimigo. Suas presas começaram a alongar-se e ele dominou a tentação. Este era um ser muito puro para aquela escuridão.
Ele então sentiu sua cólera se acender contra a garota ingênua. Se ele não estivesse aqui para protegê-la, o que teria acontecido com ela? Ele, convenientemente, esqueceu seus próprios impulsos apenas alguns momentos antes. Se o lobo tivesse sido um protetor adequado, ele não a teria deixado. Ele olhou em volta percebendo que os amigos com quem tinha estado antes também a abandonaram.
Expandindo seus sentidos, Kyou ainda podia sentir seu próprio inimigo, Hyakuhei, dentro do prédio. Sentindo o mal vindo de algum lugar acima, ele sabia que Hyakuhei estava no segundo andar.
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Shinbe saltou do carro ainda em movimento. Uma coisa o empurrou para frente e levou-o direto para a entrada principal da boate em disparada. Ele não conseguiu tirar da cabeça a ideia de Suki e Kyoko se tornando uma dessas garotas desaparecidas e isso estava aterrorizando-o.
Toya havia contado sobre o que Kotaro lhe havia dito e, quando ele pusesse as mãos em Suki, ele não a soltaria nunca mais. Onde no corpo dela ele iria pôr a mão ele não conseguia dizer, mas ele tinha que encontrá-la primeiro.
Shinbe parou de repente quando ele avançou pelas portas da frente da Midnight Club.
No meio do corredor havia um homem segurando Kyoko e ela não parecia bem. Ela estava imóvel e muito pálida. E mais, o homem também não parecia tão normal. Pele pálida era um eufemismo para ele, o que fez Shinbe parar nervosamente quando ele percebeu que o homem o fez se lembrar de seu melhor amigo.
O cabelo prateado e os olhos dourados... os cabelos de Toya eram escuros como a meia-noite, mas dentro deles havia as mesmas marcas de prata, iguais aos do homem à sua frente. Essas eram caracterÃsticas muito incomuns e ele sabia que só Toya tinha esse tipo de combinação incomum.
Percebendo o homem se movendo para sair com Kyoko, Shinbe afastou a sensação de desconforto. Toya o mataria se ele não impedisse o sequestro de Kyoko.
â O que diabos você está fazendo com Kyoko? â Olhos de ametista brilhavam quando Shinbe gritou, sentindo que seus pés se moviam de novo sem pensar. Ela pode não ser sua namorada, mas ela era muito querida, mais do que ele admitiria e, além disto, ela era a melhor amiga de Suki. Não havia chance desse cara levar Kyoko em suas garras.
Kyou deslizou o braço sob os joelhos de Kyoko e ergueu-a sem esforço. Ele a embalou como um bebê, debruçando a cabeça dela sobre seu ombro, com cuidado para não a incomodar. No momento em que a cabeça dela tocou seu ombro, ela se aconchegou em seu abraço, suspirando suavemente.
Ele podia sentir a confiança e o contentamento sendo emitidos da aura dela enquanto se acomodava em seus braços. Esta mulher-filha o perturbava muito, e quanto mais ele a observava dormindo, mais ele queria escondê-la de todos. Ele sabia que conseguiria, se ele realmente quisesse, e a tentação era imensa. Ele nunca transformou ninguém no que ele era, mas se ele quisesse, ele conseguiria.
Seu instinto protetor para com a menina, bem como a necessidade possessiva de ficar com ela o surpreenderam e Kyou rosnou suavemente para suas ações. Como essa garota poderia afetá-lo assim? Tirando o olhar de seu rosto angélico, ele olhou para o jovem que gritava com ele. Parece que os homens que a queriam continuavam a entrar em seu caminho.
Olhos de ouro se fixaram com os olhos de ametista e Kyou sentiu uma familiaridade estranha.
â Não é decisão sua, mago â advertiu Kyou em um tom mortal e baixo.
Naquele momento ele sabia que o próprio Hyakuhei não poderia tirá-la dele. Ela pertencia a ele. Seus braços se apertaram ao redor dela, não gostando do amor que ele podia sentir crescendo em relação à menina, irradiando da poderosa aura do outro.
Desviando-se de seus pensamentos rebeldes, Kyou rosnou baixo. Ele não deixaria a menina afetá-lo, mas ele ainda não estava pronto para desistir dela. Ele tinha muitas perguntas e ela as responderia, quer ela gostasse ou não.
Confiante de que estava sob controle, Kyou decidiu que era hora de partir.
Shinbe estava a caminho de Kyoko quando o homem se mexeu. Mexeu? Essa talvez não tenha sido a palavra certa. Tremulou e desapareceu, depois reapareceu do nada, bem na frente dele.
â Mas... â Shinbe parou enquanto olhava para um rosto que tinha a morte escrita por toda parte.
Seus olhos se arregalaram em choque, parecia que seu coração simplesmente tinha parado. Tão perto assim, ele podia ver claramente que o homem tinha praticamente uma pele branca de porcelana e se parecia muito com Toya, como se isso fosse uma piada. Piscando, ele poderia ter jurado que havia presas saindo da boca do homem e um grunhido de advertência ao redor delas.
Shinbe ficou plantado quando o homem estendeu um dedo e empurrou contra o peito dele. A próxima coisa que Shinbe notou foi que estava sentado de bunda no meio do corredor. Piscando novamente, ele ficou confuso quando o homem de cabelos prateados, vestido de preto, simplesmente passou por cima dele e de repente desapareceu.
Suki chegou ao corredor apenas a tempo de ver Shinbe cair no chão, não tão gentilmente, e um homem alto de cabelos prateados desaparecendo