e, sem me dar conta, depois de sonhar acordei, e agora já sei, ela é quem me encontra.
Sem fazer preço ela é o endereço da tristeza, da alegria, não sei se mereço roubar dela o começo do meu dia a dia.
Está-se a sonhar com um mundo melhor? Sem ligar pro pior, que está pra chegar, se vá preparando um lenço e chorando, depois enxugando teu triste olhar.
UMA LUZ DE SAUDADES DE TODOS OS MEUS AMORES
Diante da escuridão da noite me vi tão sozinho em busca de tua luz. Perdi um fio de luz na fumaça invisível das nuvens, no azul imenso dos Céus. Longe de ti não suportarei tamanho peso das nuvens, pesadas e cansadas, querendo em meus ombros pairarem.
Por mais colossal que seja o gigante do tempo não irá os meus lamentos se renderem aos usurpadores de meu querer. É com tua ausência eu sei que minha lembrança amarrar-se-á a distância que nos persegue. Entendo que a mais acessível das formas de trazer-te, do longe a mim, seja a saudade que guia um passado tão faltoso em meu presente.
A tua distancia me traz a saudade, mas nunca o esquecimento, pois a lembrança é o meio de trazer ao momento o que está distante, no passado cada vez mais longo.
TROCA DE SINÔNIMOS
Se da tristeza fosse feito o bem, e dado ao louco o juízo certo, ao pouco o todo, porém, como de longe ver o perto, nas selvas quebrar o ruído, ao clarão da inconsciência, pelo mais confiado ser traído.
Fazer do inativo o competitivo, do imaturo a experiência, se na vaidade ao fazer queres brilhar de cima por eficiência. Bater em teu rumo do destino o martelo, querendo na linda, os cabelos agitarem.
Quero passear no inquieto segredo teu, em teu leito fazer minha casa, em minha alma te fazer perfeita, de um propósito o sonho já buscado, de uma menina já feita mulher, não por desordem, por idade, um pouco de necessidade, e na hora de querer de novo, não seus a toda prova.
Debruço meu corpo sobre o teu, molhado, como uma sombra a esconder o sol, pois nas águas a imagem falha, o teu mundo minha seta talha, sobre dois corpos unidos, gira o sol.
O HOMEM OBJETO
O espelho nos revela em duas dimensões, umas tristes e valentes, outras, preocupações, isso tudo uma novela pra diversas deduções, é como ver a Mangueira desfilando de Portela, a namorada de falsas declarações.
A noiva que não chegou à capela é um Brasil de contraste, que tu trajaste para a festa, do amanhã que não foi hoje, do que houve ontem, e, assim, mudaremos muito.
Não buscaremos água em deserto de árabe, comida em terra de europeu, ouro em vitrine de pobre, consciência e vergonha em cabeça de nobre, não buscaremos.
Queremos a pureza das crianças, o respeito do fiel cabelo branco, a força do rosto negro, a magia do João de Barro, a emoção do improviso, do bom senso, a saudade do índio, derrubado do carro.
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